Que bipolar tudo isso!

Que bipolar tudo isso! Que fingido. E o pior é que não é proposital. Talvez o computador, seja o culpado.

Ah, por favor! Não vamos culpar um aparelho eletrônico que nem sequer comanda-se por si, que precisa de nós para ter alguma utilidade.

O que torna isso tudo tão conturbado,  são os valores colocados em prioridade. Hoje tudo se consome na velocidade da luz. A superficialidade reina entre as relações sociais que eram as da maior humanidade. As redes sociais, definitivamente são o instrumento da distância emocional nas amizades. Tão úteis para tornar mais próximo quem está longe, se tornam tão fúteis ao distanciar quem está perto. O –Eu te amo-  vira sinônimo de despedida, caindo na banalidade. Quando na realidade, ninguém é tão próximo para afirmar amar um ao outro, pois quando convivem pessoalmente, não o fazem. Ou forçam ao fazer.  O enorme vazio interior que o ser humano carrega consigo poderia ser uma explicação plausível para toda essa teia de relações construídas sem bases firmes, que dizem-se verdadeiras, quando nem ao menos há a certeza de que em tempos turvos, pode-se contar com alguém.

A impotência predomina em meu ser, e no de muitos outros. O pior é que todos sabem e ainda hipocritamente comentam contra, mas não param, pois precisam preencher o grande buraco existente em suas almas. O mesmo que acontece com questões ambientais, quantas palestras, quantas campanhas de conscientização?  Todos já sabem e continuam a insistir, na mesma monotonia confortável, acomodados.

E o que fazer quando faltar assunto, quando o distanciamento fica tão grande a ponto de ser notado? Entram em cena as más línguas. Quase que parte do ser humano, comentar  e falar sobre vidas alheias,  mal, é claro. Que graça teria, não é?

 

escrito por Nicolle : This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it.