James Joyce (1882 - 1941)

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James Joyce
(1882 - 1941)

Romancista irlandês, é amplamente considerado o mais influente autor da língua inglesa no século XX. Seus anos turbulentos na escola de jesuítas são descritos em seu livro autobiográfico “Retrato do artista quando jovem”, que termina com o herói jurando escapar da Irlanda e viver “em silêncio, exilado e sabiamente”.

Joyce escapou em 1904, acompanhado por Nora Barbacle, sua mulher e companheira, que passou os 37 anos seguintes com ele em Paris, Trieste e Zurique.

Em seu épico “Ulisses”, Joyce fissionou e energizou o romance da mesma forma que Einstein e Picasso transformaram a física e a arte, fazendo com que a perspectiva definisse a forma e não o contrário. Em “Ulisses” e em “Finnegan’s wake”, Joyce personalizou, intimamente, os temas clássicos do humanismo, transmitindo um respeito pela vida e pela evolução, ao mesmo tempo despejando o ridículo na ortodoxia autoritária.

Por causa da natureza solipsista e alucinatória do pensamento de Joyce, muitos estudiosos se perguntaram se ele usava drogas alteradoras da consciência. Robert Anton Wilson encontrou várias referências a experiências farmacêuticas nas ricas ramificações da prosa joyciana. É sabido que, depois de ter contraído glaucoma em 1917, o que provocou o início de uma série de operações no olho, Joyce usou regularmente anestésicos – ópio, láudano e escopolamina (um alcalóide derivado da henbane, uma planta psicoativa pertencente à família da beladona).

 

*Timothy Leary in "Flashbacks - LSD: a experiência que abalou o sistema". Ed. Brasiliense, 1989.