TERNO ELÉTRICO LUTA PARA SAIR DA LAVANDERIA (2020)

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Terno Elétrico repassa a velha faixa da Av H Prates para participação no programa Distrito Cultural - Photo: Marco A. Gomes

TERNO ELÉTRICO LUTA PARA SAIR DA LAVANDERIA

Geralmente, a dinâmica é uma das formas de aplicar o espírito de coletividade, assim é o empreendimento do Terno Elétrico, uma encomenda que se esforça para ser entregue.

Passam por cima das medidas na busca de uma viagem interminável à procura de si mesmos? De um passado jovial quando os cabelos brancos não tingiam o 3 x4?

Nós que frequentamos as tendas e as bocas, sabemos de cor algumas músicas de Deixa o Som (Vai nos Levar), o novo lançamento digital do Terno Elétrico.

No repertório, a voz é quente e a rima é urgente. Sua experiência de musa de cabaré com um som de honk tonk: “preciso correr pra sair do lugar.”

As músicas, os rocks de boate soam como pérolas num cocar. O humor é ardente: “deixe o sol nos levar”. Um som redondo como o sol que atinge os graus celsius.

Guitarras quebradas, compassadas, negroides. Os trambiques e os batuques e agruras do trabalhador correndo atrás de assinar a carteira e dar expediente.

Canto cantado de esquinas, a poesia descompassada de bulas e embalagens dos lugares vulgares da noite. O Terno Elétrico veste o pop com ternura e sem perder a liberdade do voo livre.

Um som da batida do liquidificador e o chá bate > poesia metafísica estampada em manchetes de jornais nas entrelinhas das cruzadas: "assusta o faro dos cães indignados".

Uma mistureba cotidiana: “aviões rasgam as nuvens”, “estou ao leo.”

BSB 60