E a nave pousou em terras gamenses
por Révero Frank

12 horas de rock
Praça do Cine Itapuã do Gama
4 dez. / 2010, a partir das 14h

Lamentavelmente não pude acompanhar os 12 horas de rock no Gama em sua íntegra, por ossos do ofício acabei chegando depois das 20 horas, mas o que esses olhos viram deu pra ter uma noção do evento. Após um grande hiato que a cidade não prestigiava, deu pra sentir o amadurecimento de produção, bandas, organização... Enfim, uma série de quesitos que não devemos deixar de comentar, especialmente aos Moto Clubes e Geovani e companhia.

Pelos comentários da galera, rolaram excelentes bandas cover, e em termos de cover, que vejo mais como homenagem, grupos como Back Door Band (Doors), e também bandas com música própria como Mustarjá foram bem legais de ver, e pérolas que merecem destaques especiais, como:

Quinta Essência – É impressionante o legado que Janis Joplin e banda tenham deixado para músicos jovens que parecem que ficaram congelados no tempo e volta e meia resolvem sair do freezer e mostrar a idolatria a rainha e seus discípulos, confesso a vocês que fiquei em transe pensando que estava assistindo a um DVD da “Pearl”. A troca de energia de banda e público só é entendida por quem esteve lá, e  não há palavras para descrever o acontecimento.

Patrulha do Espaço – A headliner parecia difícil acreditar que estariam aqui ao vivo no Gama, estive na turnê de despedida deles em 2006 em Taguatinga, e como eles são um grupo de altos e baixos, como se a nave vivesse voando e pousando para conserto, e às vezes esse conserto levasse um bom tempo para pegar voo novamente, foi muito, mas muito gratificante presenciar que eles estavam ali resistindo ao tempo e mostrando às 3 gerações ali presentes o que é uma verdadeira viagem de rock ‘n’ roll. Muito dos presentes, não tinham noção da importância e contribuição deles ao verdadeiro som que faz nosso cérebro ficar pipocando internamente. Herdeiros como Dr. Sin... sabem do que estou falando. Não vou comentar o set list completo da apresentação, mas só uma pincelada do que foi a magia da madrugada de 05 de dezembro, os caras simplesmente soltaram praticamente na íntegra o “Patrulha 85” (uma das melhores coisas audíveis que se tem notícia), e inenarráveis as levadas de Olho Animal e Deus Devorador, sendo esta última levada na íntegra pela nova integrante do grupo, conforme palavras de Percy??? Não cabe a nós o julgamento, da minha parte, diria que foi um contraponto a banda, e ela exala simpatia. É claro que as pedreiras como: Caminhando ou Columbia... não deixam de arrepiar qualquer amante do verdadeiro rock ‘n’ roll. O ponto negativo da Patrulha é o desconhecimento deles no meio musical, do qual não deixam nada a dever a qualquer banda mundial de hard rock, vi poucas pessoas exaltando-os, mas como é típico deles, a qualquer momento estarão aterrizando e aterrorizando em qualquer ponto do planeta, nem que seja para uma manutenção de rotina.

A edição do evento fechou com a Celebration Band (Led Cover do Marcelo Marssal), acabei indo embora na hora de No Quarter, a banda estava muito coesa, o vocalista não estava em um bom dia, talvez pelo excesso de tocar contrabaixo em algumas bandas durante o dia.

No próximo 12 horas espero estar tentando fazer uma cobertura 100%.

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