CHARLES MANSON JAIL ROCK (2008)

zzz2228   ‘Jail rock’
  Charles Manson lança álbum na prisão
   sol.sapo.pt/

   9 abr. / 2008 - Um dos assassinos mais famosos do século XX – o infame Charles Manson, responsável pela morte de Sharon Tate, nos anos 70 – gravou um álbum na prisão e lançou-o via Web De acordo com o El Mundo, One Mind é uma obra « folk […] esquizo-soul»

   Depois dos Radiohead e dos Nine Inch Nails, Charles Manson é a mais recente estrela a distribuir álbuns na internet. De acordo com o El Mundo, One Mind é uma obra « folk […] esquizo-soul»

   O serial killer já se tinha popularizado com «Look at Your Game, Girl», que os Guns n’Roses regravam quase vinte anos depois. O polémico homicida, responsável pelo assassínio ritual de Sharon Tate, mulher do realizador Roman Polanski, que estava grávida e de mais quatro amigos, gravou One Mind na cadeia da Califórnia onde se cumpre pena perpétua.

   Manson foi ainda responsável pelo design do disco, que o El Mundo considerou «um auto-estudo antropológico sobre a loucura humana». O disco terá sido gravado na própria cela do assassino, com um gravador de mão.

   O verdadeiro ‘jail rock’!

 

   Cronologia

   Março de 2008

   É veiculado na tevê que Charles Manson pode ser responsável por outros assassinatos na mesma época e que não estavam relacionados aos cometidos pela "família"...alifórnia rejeita liberdade para Charles Manson;

   23 maio / 2007

   O estado da Califórnia novamente nega a liberdade condicional a Charles Manson que em 1969 assassinou a atriz Sharon Tate, que estava grávida, e outras seis pessoas.

   A Junta de Audiências de Liberdade Condicional divulgou uma nota afirmando que Manson, de 72 anos, "ainda representa um perigo irracional para outras pessoas e poderia prejudicar qualquer um que mantenha contato com ele".

   Pela 11ª vez, a junta negou uma solicitação de Manson. Ele está detido na Prisão Estadual da Califórnia, cerca de 250 quilômetros ao norte de Los Angeles.

   Originalmente, Manson foi condenado à morte na câmara de gás. No entanto, a condenação foi comutada por prisão perpétua com a possibilidade de sair em liberdade condicional.

   A decisão foi tomada em 1977, quando a Corte Suprema da Califórnia declarou a pena de morte inconstitucional.

   Manson poderá solicitar uma nova audiência para conseguir a liberdade condicional em 2012, segundo fontes judiciais.

   17 junho / 1996

Charles Manson, aos 63 anos cumprindo pena perpétua na Califórnia, foi novamente condenado, dessa vez por tráfico de drogas dentro da prisão.

Bandas de rock cultuam assassinos
Fábio Massari, 33, é diretor de programação da rádio 89 FM
Especial para a Folha de S. Paulo

9 mai. / 1994 – O rock sempre gostou de Charles Manson – pelo menos um certo rock sempre tratou a figura de Manson com uma reverência estranha, cúmplice, ouvindo na voz do líder da “Family” a voz de uma outra América, paradoxal, obscura, real. Sem contar o parêntese musical sixties a que Manson tentou a todo custo se associar, com destaque para os Beach Boys, um sem-número de artistas insistem em manter acesa sua chama perigosa. Henry rollins, Psychic TV, Sonic Youth, Redd Kross , Lemonheads, Guns N’ Roses, Nine Inch Nails e por aí vai.
O “caso Manson” – e essa é uma das causas definitivas do interesse que gera – representou o outro lado dos coloridos, flóridos e pacíficos (?) anos 60, revelando as feridas da América no outdoor onde para cada sinal de paz e amor havia (há?) uma compensação violenta, Vietnã, Altamont, racismo... O caso Manson é um caso Kennedy psicodélico, um ritmo de bad trip.
Nem de longe defender Manson – sua “loucura”, seu desregramento social, sua impertinência, sua violência desmedida são incontestáveis. Mas o que se pode questionar, e é isso que boa parte das bandas fazem, é onde termina o Manson indivíduo (filho de um pai que não conheceu com uma prostituta alcoólatra, violentado aos 11 anos, com boa parte dos seus 60 anos vividos em instituições de correção) e começa o Manson “mitificado pelo sistema”. Bode expiatório de uma geração, Manson foi condenado pelo assassinato de um colega de marginalia, Shorty Shea.
Não se sabe, e dificilmente saberá um dia, se Manson estava na casa em que foi assassinada a atriz Sharon Tate, idem para a casa dos La Bianca no dia seguinte. E já foi sugerido, e nunca devidamente desmentido, que a teoria do “Helter Skelter” pichada em sangue na parede da casa da atriz é um embuste. Sem contar o “alívio” na pena dos membros da “Family” que testemunharam contra Manson.
Continua difícil não se espantar com a força da sua imagem, das suas palavras: “Mr. E Mrs. América – vocês estão errados (...) Eu sou o que vocês fizeram de mim e o cachorro louco assassino é um reflexo da sua sociedade”.

Guns N' Roses mantém cover de Charles Manson

7 dez. / 1993 - Depois de alguns protestos, o Guns N' Roses anuncia que irá manter o cover do psicopata Charles Manson, Look at You Game, Girl, no álbum "The Spaghetti Incident". A decisão foi tomada, pois a banda descobriu que os direitos autorais dela seriam passados para o filho de uma das vítimas de Manson. Contendo somente regravações, "The Spaghetti Incident" estreou na quarta posição da parada norte-americana e ganhou disco de platina em janeiro do ano seguinte.

charlesmansona

  Manson ainda barbariza
   (Mário Pazcheco)

   A 22 de abril de 1992, a Justiça dos Estados Unidos negou o pedido de liberdade condicional a Charles Milles Manson. Ele continuou a cumprir pena de prisão perpétua...

   Vinte e cinco anos depois em agosto de 1994, depois de ter planejado e mandado executar o terrível assassinato em massa da atriz Sharon Tate, grávida de oito meses e meio, e de outras seis pessoas, Charles Manson ainda exerce forte influência sobre o público, as famílias das vítimas e aqueles que o puseram atrás das grades.

   Já que muitos adoradores de Satanás continuam idolatrando Mason, Stephen Kay, procurador de Los Angeles que ajudou a condenar o líder fanático de olhar desvairado e seus discípulos da “família”, revela que leva a sério as ameaças de morte que recebe de Manson.

   Um quarto de século depois do brutal assassinato, a fascinação mórbida dos Estados Unidos por Manson - talvez o criminoso mais famoso do país - continua viva e aterrorizante. As memórias podem estar hoje mais vivas do que nunca. A poucos quilômetros da mansão de Nenedict Canyon, onde a linda atriz e quatro hóspedes foram assassinados e mutilados em 9 de agosto de 1969, a ex-mulher de O. J. Simpson e seu suposto amante foram encontrados mortos em 12 de junho de 1994. Foi outro caso que abalou a América.

   Mas a história do assassinato supostamente cometido por Simpson, mesmo com a cobertura sensacionalista da imprensa e a grande repercussão por ser ele um antigo ás do futebol americano, não o transforma, como é o caso de Manson, “na encarnação pura do diabo”, diz Stephen Kay.

“As pessoas ficam fascinadas com Manson pelo mesmo motivo que assistem a filmes de terror: para sentir medo. Ele é o Freddy Krueger da vida real”, compara Kay, referindo-se ao famoso demônio de unhas compridas dos filmes "A Hora do Pesadelo".

Alguns historiadores defendem teorias de que o caso Manson fez parte de uma série de eventos explosivos - revoltas, guerras e protestos em campis universitários - com mortes que abriram espaço para a revolução anticultural dos anos 60.

Manson desejava desencadear uma guerra que ele próprio chamava de “confusão”, baseado na canção dos Beatles Helter Skelter. Levou ao extremo o estilo drogas, sexo e confusão.

Stephen Kay, que tem tomado medidas especiais para se proteger das ameaças de morte, dedicou parte da vida a manter os cinco membros da “família” Manson atrás das grades. Desde a condenação, o veterano promotor público compareceu a todas as audiências públicas - 47 no total - lutando contra a libertação dos criminosos. “Eles não devem ter outra chance de destruir a sociedade”, afirma.

Estava anoitecendo naquele 9 de agosto, há 27 anos. Quatro fanáticos do culto de Manson - todos com um X estampado na testa - invadiram a casa do cineasta Roman Polanski, marido de Tate, que estava fora da cidade.

A chacina que horrorizou o mundo foi dentro da casa. Na porta da frente os assassinos escreveram “Porco” com sangue das vítimas. Quando já estava escuro, Manson agiu novamente matando Leno e Rosemary LeBianca, donos de uma cadeia de supermercados, na casa deles na Califórnia.

Manson e seus jovens discípulos, Charles Watson, Susan Atkins, Patricia Krenninkel e Leslie Van Houtenm, foram condenados à morte. Mas quando esse tipo de pena foi suspenso na Califórnia, em 1972, a sentença foi mudada para prisão perpétua.

Manson aos 61 anos, tem uma cruz suástica cravada na testa. Continua preso numa solitária na prisão de segurança máxima de Corcoran, centro da Califórnia. Ainda recebe pilhas de cartas de fãs, a maioria “satanistas” e ocasionalmente dá entrevistas para a televisão. Seu pedido de liberdade condicional foi negado dez vezes e será reconsiderado em 2007...

Links

Rethinking John Lennon’s Assassination
The FBI’s War on Rock Stars
By Salvador Astucia Part IV: The Manson Murders

Morre Terry Melcher produtor do The Beach Boys

12 outubro / 1969

A polícia da Califórnia invade um rancho à procura de ladrões de automóveis. Depara com 26 pessoas, das quais dezessete eram mulheres, todas armadas de facas e seminuas. À primeira vista, parecia ser um grupo de simples marginais disfarçados de hippies. Contudo, o caso complicou-se. Embora o chefe, Charles Manson, fosse velho conhecido da polícia, como marginal de segunda classe, havia conseguido exercer sobre aquele grupo, através do sexo, das drogas e até do hipnotismo, um estranho domínio. O bando era conhecido como A Família, e Charles Manson era chamado “Jesus, e as mulheres, “as escravas de Satã”.

A ligação de Manson com o caso Tate foi logo estabelecida. Uma “escrava” sob o transe da droga, confessou que o grupo cometia crimes rituais. O administrador do rancho declarou que Sharon Tate tinha visitado o local várias vezes. Finalmente o próprio Manson e algumas de suas mulheres confessaram sua participação no bárbaro crime coletivo, e a polícia aproveitou para tirar uma bela casquinha. O chefe da A Família foi condenado à morte, e mais tarde, como a pena de morte tivesse sido abolida na Califórnia, à prisão perpétua.

Os contestadores amoleceram. Ficou um tremendo lengalenga que culminou com o enterro do poder da flor de vez e os hippies começaram a abandonar as cidades, cada vez mais violentas, em direção ao campo. O pacifismo, porém, ganharia corpo e culminaria no maior festival de todos os tempos...

1934

Charles Manson born in Kentucky in 1934, Manson was the unwanted bastard son of a prostitute. After an unstable upbringing in a variety of institutions and foster homes he was by 18 an experienced car thief who had also stolen money and committed homosexual rape. Arrested and then paroled in 1954 he got married, had a child, got divorced and by 1960 was back in prison. Released in 1967 he went to California where he assembled a group of cultural "felaheen" whom the media would later call "The Family". At the end of July, 1969 Manson and members of the Spahn Ranch collective, Bobby Beausoliel, Susan Atkins and Mary Brunner killed Gary Hinman and stole his car in Los Angeles. The motive for the murder may have had something to do with Manson's pique at not finding success as a rock musician. Beausoleil was arrested shortly after as a suspect in the murder. The next week, Susan Atkins, Linda Kasabian, Patricia Kerwinkel, and Tex Watson murdered seven people in the Hollywood Hills, including the actress Sharon Tate who lived in a house formerly owned by a record producer. It has been speculated that these later murders were designed to get Beausoleil out of prison. Manson thought that the Tate copy cat murders while Beausoleil was in prison would get Bobby off the hook. This theory of the crime makes more sense than Vincent Bugliosi's "helter skelter" notion that Manson attempted to ignite a race war by murdering white people and making it seem like black people did the killing.


Filmografia

Invocation of my Demon Brother - Do cineasta underground Kenneth Anger, um filme sobre Charles Manson cuja trilha sonora é assinada por Mick Jagger.