Sexo, drogas e Rolling Stones

“Andam parabenizando os Stones por estarem juntos há 112 anos. Oba! Nos anos 1980 as pessoas irão se perguntar: ‘Por que esses caras ainda estão juntos? Não conseguem se virar sozinhos? Por que precisam se cercar de uma turminha? O liderzinho teme ser esfaqueado pelas costas?’ Vão olhar para os Beatles e os Stones como se fossem relíquias. Mostrarão fotos do cara de batom rebolando a bunda e os quatro caras de maquiagem negra e diabólica nos olhos tentando parecer atrevidos. Vai ser essa a piada no futuro.”
— JOHN LENNON, Playboy, setembro de 1980.

 


"Sexo, drogas e Rolling Stones"


Autores: José Emílio Rondeau e Nelio Rodrigues
Editora: Agir
Quanto: R$ 49,90 (352 págs.) 
 


Prefácio
Os Rolling Stones são uma espécie de táxi do rock and roll. Todo mundo que entra sem assunto acaba falando do tempo. Até o lendário crítico americano Lester Bangs escreveu em 1973, quando a banda ainda era uma criança de 11 anos: “Os Stones durando 20, 30 anos – que ideia estúpida seria. Ninguém dura tanto tempo.”
Bangs não durou muito mesmo. Ele morreu de superdose acidental de medicamentos aos 33 anos, em 1982.
Pouco depois, um dos próprios Stones parecia assombrado pelo tempo. Em 1985, o guitarrista Keith Richards fez uma pergunta retórica ao jornalista inglês Nick Kent: “Faz sentido ser uma banda de rock and roll depois de 20 anos?” Graças à posteridade, nós hoje sabemos até mais, sabemos que faz sentido ser uma banda de rock and roll depois de 46 anos. Ao menos, se ela for a maior banda de rock and roll de todos os tempos.
Tempo. Desde bem antes de Einstein, tentativas de definição do tempo tiveram de lançar mão da ideia de movimento. Pense-se em Platão, para quem ele era “uma imagem móvel da eternidade”. Ou em Aristóteles, para quem era “número do movimento segundo o anterior e o posterior.” Ou, ainda, em Plotino, segundo o qual o tempo era “a vida da alma em movimento conforme ela passa de um estágio do ato ou da experiência ao outro”.
Os Stones são sobre tempo, mas também são sobre movimento. Extensão, mais que duração. Eles se aproximam do meio século de carreira porque honram o nome inspirado – de modo circunstancial mas convicto, como relembram o jornalista José Emilio Rondeau e o pesquisador Nelio Rodrigues, que também garimparam as duas declarações lá em cima – num blues de Muddy Waters. Nunca tiraram o pé da estrada.
Nunca criaram limo.
Uma biografia dos Stones, portanto, não poderia ser apenas um passado de absurdos deliciosos ou um balanço de cifras grandiosas: teria de ser um mapa de espaços reais e imaginários, de sentimentos e estados d’alma percorridos desde 1962 por Brian Jones, Keith Richards, Mick Jagger, Bill Wyman, Charlie Watts, Ian Stewart, Ron Wood, Mick Taylor. Rondeau e Rodrigues captaram perfeitamente o espírito e a carne dessa coisa maior que o rock, que a música, que a vida, captaram de uma maneira que só dois brasileiros poderiam ter captado, porque no espaço dos Stones o Brasil ocupa um lugar especial.
Nenhuma outra grande banda dos anos 60 se apresentou inteira aqui. Beatles, Led Zeppelin e Pink Floyd só nos visitaram aos (bons) bocados: Paul McCartney, Page & Plant, Roger Waters. Prometidos desde 1975, os Stones chegaram ao Brasil somente 20 anos depois, mas chegaram logo três vezes, a mais recente delas para tocar diante do maior público de sua vida (e da história do rock) em Copacabana: 1,2 milhão de pessoas.
A periódica presença de um ou outro dos seus membros em nossas praias afetou a própria qualidade de sua música. Durante as férias de 1968, por exemplo, a visita de Mick Jagger e da supergroupie Marianne Faithfull a rodas de samba e terreiros de candomblé da Bahia rendeu a inspiração poética e rítmica para “Sympathy For The Devil”, que Jagger sempre considerou o seu samba – e muitos de nós, um hino alternativo, à altura de “Satisfaction”.
Além do precioso texto em português, é este olho bom tanto para o plano geral da carreira da banda quanto para o detalhe brasileiro que distingue Sexo, Drogas e Rolling Stones das centenas de outros títulos relacionados – de biografias a cifras para guitarra, passando por guias de discos – numa busca pela Amazon.com. Rodrigues, por sinal, já havia escrito Os Rolling Stones no Brasil – Do descobrimento à conquista (1968-1999).
Essa abordagem nativa é essencial porque o fascínio pela música negra das Américas está na própria gênese do grupo londrino de rhythm’n’blues, tal qual nas suas posteriores incursões por soul, reggae, ritmos caribenhos e brasileiros. Essas forças construtivas são explicitadas por Rondeau e Rodrigues, assim como são narradas as pulsões (auto)destrutivas que pontuam a trajetória dos Stones, entre elas, o cisma quase fatal entre Jagger e Richards durante os anos 80. O que explica em parte o tom da declaração do guitarrista a Nick Kent. Richards sabia que faz sentido, só não estava num bom momento.

Arthur Dapieve


Apresentação
Perguntaram outro dia: “Quando vocês começaram a pesquisar esse livro?” Deve ter sido em 1965.
Naquele ano, cada um em seu canto, descobrimos “Satisfaction” e passamos a seguir (como fãs, e, mais tarde, profissionalmente) a banda que protagonizaria seqüências fundamentais da história do rock, sobreviveria a todos os seus contemporâneos e chegaria ao século XXI como principal praticante de um idioma quase sob risco de extinção.
Sexo, drogas e Rolling Stones sintetiza os 46 anos da banda por meio dos relatos pinçados de uma coleção volumosa de incontáveis livros e reportagens (entre elas, pérolas da primeira reação da imprensa brasileira aos “feiosos” e “sujos” Stones) e de observações em primeira mão feitas pelos autores.
Aqui estão resenhas dos primeiros dos mais de vinte shows dos Stones que vimos de 1975 para cá, e detalhes de entrevistas exclusivas e encontros informais com os Stones no Rio de Janeiro, em Los Angeles, Nova York e Toronto ao longo das últimas três décadas.
Estão no livro o dia em que Mick Jagger expulsou um de nós de sua suíte no Copacabana Palace, em 1968, um dos primeiros shows de Ron Wood como um rolling stone, a conversa com Keith Richards em Hollywood antes de ele convidar para a gravação de seu primeiro videoclipe solo, uma espiada no set do minifilme carioca de Jagger, a visita a Toronto durante os ensaios para a turnê Voodoo Lounge, e uma geral nos bastidores do palco montado em Copacabana.
Buscou-se uma ênfase nas interseções entre Stones e Brasil. Todas as passagens dos músicos da banda pelo país – a passeio ou a trabalho – são detalhadas e ilustradas com recortes e fotos raras ou inéditas.
Mas o livro cobre toda a carreira dos Stones, em ordem cronológica. Cada integrante ganha sua Fingerprint File, uma ficha biográfica individual; as principais figuras femininas da corte stoniana são perfiladas em Some Girls; e em No escurinho com os Rolling Stones aparecem os filmes estrelados pela banda e por seus integrantes.
E, assim, oferecemos uma visão privilegiada de quem está no olho do furacão com os artistas que definiram o significado do termo A Maior Banda de Rock do Mundo.

s Autores


Prólogo
A história dos Rolling Stones tem muitos começos – num vagão de trem, num banheiro de escola, nos fundos de um pub, num clubinho de blues, no quartinho fétido de um prédio condenado –, envolve um punhado de protagonistas fundamentais – o músico genial e visionário, capaz de dominar qualquer instrumento, mas não a si mesmo; o publicitário apaixonado por jazz e por ternos bem cortados; o queixudo gorducho e fã de boogie-woogie; o baixista dono de um amplificador novo, potente e, sobretudo, democrático – e coadjuvantes preciosos – o purista que acrescenta doçura e elegância à violência e à sujeira do som da banda; o divulgador ambicioso e criativo que indica o caminho para o futuro; o advogado que dá uma lição de showbiz para a vida inteira ao salvar a pele corporativa do quinteto só para passar-lhe a perna na virada da curva; o eterno “novato”, mesmo após mais de trinta anos de serviços prestados.
O provinciano Brian Jones – cara de anjo, temperamento difícil, talento impressionante, alma lotada de demônios – foi a semente, o organizador e a força motriz inicial por trás do grupo; e foi o sujeito que escolheu o nome que viraria uma das marcas mais conhecidas na ala do panteão rock reservada aos gigantes. O nome da banda que pertenceu só a ele apenas até o momento em que Brian se mostrou incapaz de compor, e sua insegurança e seu espírito autodestrutivo, turbinados pela ascensão da dupla compositora dos Stones, se encarregaram de aniquilá-lo.
No frigir dos ovos, a história dos Rolling Stones é, em boa parte, a história de amor, ódio e destino que liga Mick Jagger e Keith Richards: yin e yang. Luz e sombra.
Feitos um para o outro. Irmãos de pais diferentes.
Menos de cinco anos, se tanto: é esse o tempo que Mick Jagger e Keith Richards passaram sem um existir na vida do outro. Eles se conhecem desde algo em torno de 1947, quando ambos freqüentavam a Wentworth County Primary School, em Dartford, a 25 km de Londres. Apesar de separados temporariamente no início da adolescência – enquanto Jagger estudava na Dartford Grammar School e Keith ia para a Dartford Technical School –, os caminhos de Mick e Keith se cruzariam vez após vez. Até as vidas dos dois se entrelaçarem por completo, para sempre.
Mick, o atleta que queria ser político, até desistir da carreira ao constatar que naquele ramo demoraria muito a entrar dinheiro de verdade. Keith, o filho de operário e neto de músico, cujo mundo era basicamente circunscrito aos sons que chegavam dos Estados Unidos trazendo a música de Chuck Berry e Fats Domino.
Richards deu status de cool ao rapaz de classe média alta, aluno da prestigiosa London School of Economics, presenteou-o com a tão valiosa “credibilidade de rua”.
Em troca, Jagger transformou Keith num astro de rock.

Fingerprint File: Michael Phillip Jagger
26 de julho de 1943
Cantor, gaitista, guitarrista, compositor, ator, produtor e figura de frente dos Rolling Stones, Mick Jagger é um dos maiores performers que o rock já produziu. Se não o maior.
Mick representa a parte cerebral e menos romântica da banda, o seu lado prático. Com Keith Richards, o coração dos Stones, Jagger forma a dupla de pilares que tem sustentado a maior banda de rock do mundo por quase cinco décadas.
Nascido em Dartford, Kent, Inglaterra, o menino de classe média cresceu numa casa espaçosa e confortável ao lado dos pais, Basin e Eva, e do irmão mais novo, Chris.
Basin, respeitado professor de educação física, submetia Mick a uma rigorosa rotina diária de exercícios, imaginando que o filho pudesse seguir carreira semelhante à dele no mundo da educação ou do atletismo. Mas o garoto gostava mesmo era de cantar. E aprendia com muita rapidez as letras das canções que ouvia no rádio.
Embora, até ali, a música fosse mais um prazer do que o vislumbre de uma futura profissão. O jovem Jagger buscava alguma profissão que pudesse trazer-lhe dinheiro de verdade. A possibilidade de seguir a política rondou sua cabeça, mas não por muito tempo. Ele descobriu que como político demoraria demais para enriquecer. Se isso acontecesse.
Jagger escolheu, então, estudar economia. E, por ter sido bom aluno no ensino básico, ganhou bolsa de estudos na London School of Economics. Mas não se afastou da música.
Sua preferência era por música negra, por blues, e Mick importava seus discos diretamente do selo Chess, de Chicago, no outro lado do Atlântico. Os mesmos discos que carregava debaixo do braço e que fizeram brilhar os olhos do velho amigo da escola primária, Keith Richards, quando os dois se reencontraram casualmente numa estação de trem, depois de anos sem se ver.
Motivados pelo reencontro e pela afinidade musical, Mick, Keith e mais alguns colegas formaram a banda Little Boy Blue and The Blue Boys, cujo repertório se baseava nos temas extraídos dos discos de Muddy Waters, Bo Diddley e Chuck Berry que tanto faziam a cabeça dos dois.
Inseparáveis, Mick e Keith passaram a freqüentar o Ealing Club, em Londres, onde reinava o pioneiro bluseiro inglês Alexis Korner, acompanhado de sua banda, a Blues Incorporated.
Apesar dos estudos na faculdade, Mick se sentia cada vez mais atraído pela música e pela atmosfera do Ealing Club. Tanto que precisou de apenas quatro meses para fazer breve “estágio” como cantor de Alexis (cujo baterista, na época, era seu futuro colega Charlie Watts), conhecer o guitarrista e músico extraordinaire Brian Jones e o pianista Ian Stewart, e unir as suas forças e as de Keith às deles para formar os Rolling Stones.
A banda ainda levaria quase um ano para embalar e solidificar seus alicerces, o que só seria possível com a entrada do baixista Bill Wyman (em dezembro de 1962) e do baterista Charlie Watts (em janeiro de 1963). Assim que isso aconteceu, Jagger largou definitivamente os estudos de economia.
Durante os anos iniciais dos Rolling Stones, Brian Jones funcionava como líder musical, ideológico e administrativo do grupo. Com o tempo, no entanto, foram as composições de Mick e de Keith que levaram os Stones ao topo das paradas de sucesso em todo o mundo, e Mick, por ser o cantor e o foco central das atenções, assumiu a posição de maior destaque e de principal porta-voz do grupo.

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Na segunda metade dos anos 1960, com os Stones consagrados como uma das principais forças do pop-rock mundial, Mick já era uma das mais célebres figuras da contracultura, que, naquele momento, subvertia os costumes, a moda, a música e as artes em geral.
Sua prisão em 1967, junto com Keith Richards, sob a acusação de uso e porte de drogas, tornou-se um escândalo escancarado nas manchetes de jornais e revistas mundo afora – e iniciou uma longa série de embates com a lei que só ajudariam a reforçar a imagem de rebeldes fora-da-lei que sempre acompanhou os Stones. O caso também envolvia a cantora Marianne Faithfull, com quem Mick formava, então, o casal-símbolo da efervescente Swinging London, na época o epicentro da moda e do pop-rock internacional.
Com a carta branca artística que a fama de popstar lhe assegurava, Jagger também passou pelo cinema, como estrela principal de filmes como Performance (1968), de Nicolas Roeg, e o bangue-bangue australiano Ned Kelly (1970).
O lado homem de negócios, cultivado pelos estudos na LSOE, levou Mick a assumir as rédeas administrativas dos Stones – junto com o amigo (e príncipe) Rupert Loewenstein – depois que a banda rompeu com o empresário Allen Klein, no final dos anos 1960.
Quando os Beatles saíram de cena, em abril de 1970, os Rolling Stones já eram chamados de “a maior banda de rock do mundo”. Com Brian Jones morto, Mick – sempre secundado por Keith – consolidou sua liderança à frente da banda e se consagrou definitivamente como o mais brilhante frontman do rock.
Cortejado por amigos influentes, alguns de origem aristocrática, ao longo das décadas Mick também transitou com desenvoltura por grandes festas, boates da moda e restaurantes refinados em todos os continentes que atendiam ao jet set internacional, num contraste radical com sua persona “bandida” de Stone-mor.
E colecionou mulheres e filhos.
Sete crianças, exatamente: Karis, concebida com a cantora Marsha Hunt; Jade, fruto do seu primeiro casamento, com Bianca; Elizabeth, James, Georgia e Gabriel, da texana Jerry Hall, sua segunda mulher; e Lucas, resultado do seu breve relacionamento extramarital com a brasileira Luciana Gimenez.
Jagger dirigiu sozinho a banda nos anos em que Keith Richards mergulhou na heroína, e se recusou a abrir mão do poder quando o amigo se livrou do vício – o que deu início a um longo período de desentendimentos entre os dois.
Por causa dessa disputa, Mick e Keith brigaram muito durante quase toda a década de 1980, a ponto de o futuro dos Rolling Stones chegar a ser verdadeiramente ameaçado. Em detrimento da banda, Mick preferiu investir todas suas fichas numa carreira solo. Ao saber disso, Keith o ameaçou de morte.
A reconciliação só aconteceria em 1989, depois que a carreira solo de Jagger mostrou-se muito aquém de bem-sucedida. E não antes que o próprio Keith se lançasse sozinho em disco e turnê – e recebesse todos os elogios críticos que faltaram a qualquer empreitada individual de Mick.
Naquele ano, os Stones foram recolocados nos trilhos que os têm levado ao redor do mundo desde então, tocando no que parece ser uma estrada eterna.
Nesse ínterim, o agora Sir Mick aprendeu que o melhor palco para ele é aquele onde o foco aponta também para Keith Richards, Charlie Watts e Ron Wood.
É no palco dos Rolling Stones onde Mick mais reluz.

 

Honky Tonk Women, dos Rolling Stones, foi composta no Brasil
da Folha Online

3 abr. / 2008 - Mick Jagger e Keith Richards acharam o interior de São Paulo parecido com o... Arizona. É o que contam em depoimento no livro "Sexo, Drogas e Rolling Stones", de José Emilio Rondeau e Nelio Rodrigues, que a editora Agir lança amanhã.

A informação é da coluna Mônica Bergamo, na Folha desta quinta-feira (3). O conteúdo completo da coluna é exclusivo para assinantes UOL e Folha.

Os roqueiros ficaram hospedados na fazenda do banqueiro Walter Moreira Salles, em janeiro de 1969, com as namoradas. Eles contam que o hit Honky Tonk Women foi composto lá.

Folha de S. Paulo elogia "Sexo, drogas e Rolling Stones"
Ivan FInotti - Editor do Folhateen

Livro traz história da banda com ênfase em suas ligações com o Brasil

"Escândalo no Rio". "Mick Jogger [sic] come caviar com música. Solista dos Rolling Stones, com os cabelos passando os ombros, dá "show" no Copa com calças rosa e broche no chapéu". "Mick é feio de morrer. Sua conduta é a de um presidiário em liberdade condicional. Seu olhar é distante, proporcional à distância que ele guarda da espécie humana".
Assim a imprensa brasileira ("Revista do Rádio", "Jornal do Brasil" e revista "O Cruzeiro", respectivamente) se surpreendia com a presença de Jagger no Rio de Janeiro em 1968.
Passados 40 anos de tamanho espanto, esses recortes tornam-se uma das mais curiosas atrações do livro "Sexo, Drogas e Rolling Stones - Histórias da Banda que se Recusa a Morrer", de José Emílio Rondeau e Nelio Rodrigues, que chega às livrarias nesta sexta.
Escrita com carinho de fã e rigor de jornalista, a obra biografa a banda desde a formação, em 1962, até a filmagem de "Shine a Light", em 2007. O diferencial, como notam os autores, é o "ênfase nas interseções entre Stones e Brasil".
Dezenas de fotos, histórias de bastidores, curiosidades, citações de livros, fichas dos integrantes e de suas mulheres, resenhas de discos e de shows constroem a história da maior banda de rock do mundo. Pedra a pedra. (IF)
 
Livro Sexo, Drogas e Rolling Stones
O Estado de S. Paulo

Túnel Do Tempo
21 mar. / 2008 - No início de abril, chega às livrarias o livro Sexo, Drogas e Rolling Stones, de José Emílio Rondeau e Nélio Rodrigues. Entre as histórias, os bastidores da negociação que trouxe o grupo pela primeira vez ao Brasil, em janeiro de 1995. Já naquela época, houve um leilão. 'Com a desistência da DC-Set, ficaram no páreo a Dueto, das irmãs Monique e Silvia Gardenberg, e a Promoter, do empresário Paulo Rosa Júnior. A dueto trazia no currículo a série Free Jazz. Já a promoter trouxe o ex-Beatle Paul McCartney. Michael Cohl, encarregado de contratar as excursões dos Rolling Stones, escolheu a Promoter', dizem os autores, que não revelam os motivos da escolha.