Paulão de Varadero: Roma. Ponto final

Stazione Términi, Séc. XXI
   Paulão de Varadero

     Roma. Ponto final. Onibus e trens param na Términi... Lembra Felinni, Amarcord, ou Roma Citta Aperta, de Rosselini
     Mundo louco. Transeuntes do mundo todo, de todo o mundo. Pedintes famintos pirados ciganos croatas romenos e russos. Migrantes miseraveis africanos balseiros naufragos  redivivos. Terao uma chance no circo? Berlusconi, Bento, Nero: Sim ou  não com o polegar, o dedão?
     Um espectro ronda a Europa, na Términi, a turistas e italianos. Em Roma, Madri, Paris, Lisboa, Berlin, ouvi dizer que nos States é o que se vê meu irmão!
     Os desempregados da Etiopia, Marrocos, Senegal, os da Romenia. Não são turistas, vieram  atras de ganhar, a cada dia, o pão... Disputam com outros fugitivos de Bangladesh, India e da Turquia. Da Bosnia, Bielo-Russia, Albania, e os da Eslovaquia, seu quinhão. Ma porca miseria fratelli! Eu so vim a Itália passar o verão!
     Pensava que o Coliseo fosse ruína, um museu. Vejo agora que Roma nao joga apenas cristãos aos leões. Berluconi é um bufao. Da saudade da doce Rita Pavone "Dateme um martelo". Ah, Rita! Um martelo e uma foice!
     "Para o trem que eu quero descer!"  Roma: Stazione Términi
     Lembro Vitorio De Sica, "Il jardino dei Finzi Contini". De Mastroiani, magistral em "Il compangnoni". A foice e o martelo! Avanti Antonio Gramsci! Avanti Garibaldi! Tutti populi Avanti!

     PS. Favor colocar os acentos que nesse teclado italiano não tem.
     Só o é, aqui, já vem com o agudinho. Mas vocês me perdoem. "A Revoluòao Russa é filha da dor" (Vladimir Ilitch Ulianov- Lenin).