A verdadeira origem do rock de Brasília dos anos 80: o compacto de Johny e Yung (1984)

Este compacto simples é envolto em mistério: quantas cópias foram prensadas? Recebeu alguma atenção da mídia? Foi destaque em jornais ou apareceu na televisão? Houve algum show de lançamento? Quem gravou as duas músicas, e onde foram gravadas? Quais instrumentos foram usados? 'Johny Brilho e Yung' é uma dupla ou apenas uma pessoa?

Quarenta anos após seu lançamento (1984-2024), este compacto raro foi parar nas mãos do colecionador Gilmar Duarte. Em uma mensagem, ele compartilha a descoberta poética: "Peguei este disco com um amigo, Wolmir, que é violeiro e trabalhou por muitos anos na rádio Cultura FM, onde tinha um programa. Hoje, ele mora na Candangolândia. Johny, o compositor, era conhecido dele, e assim Wolmir acabou com um compacto. Mas ele desconhece o paradeiro de Johny."

"Fiquei fascinado por este compacto." (Luciano Branco)

por mário pazcheco

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Cosmo Tronix: Experimental e cósmico

"Cosmo Tronix" sugere uma conexão com o cosmos, abrangendo o espaço e a totalidade do universo. Pode denotar algo relacionado à harmonia universal ou à ordem cósmica.

O neologismo "Tronix," derivado de "electronics," se refere à tecnologia ou eletrônica, sugerindo uma relação com circuitos, gadgets ou tecnologias avançadas.

Assim, "Cosmo Tronix" pode ser um projeto especializado em tecnologia avançada, eletrônica ou produtos futuristas, com uma conexão temática ao cosmos ou ao universo, refletindo uma visão futurista ou universal.

Também pode ser um termo usado em uma obra de ficção científica, arte, ou cultura pop, descrevendo uma tecnologia ou conceito fictício.

Dependendo do contexto, "Cosmo Tronix" pode se referir a uma obra de ficção, uma empresa, ou um evento específico.

 

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No lado 'A', temos 'Little Johny Be Good', um rock cativante que faz homenagem ao filho do autor. No lado 'B', a bela e enigmática 'Momentos Felizes' traz versos intrigantes: 'Quando vi você chegar no disco voador / Quase não acreditei até que te beijei / O céu, a lua, magia de Deus'. Johny e Yung representam uma conexão esquecida entre as bandas Azul 24 e Esquadrilha da Fumaça.

Estava em transe com a descoberta, rapidamente compartilhada entre os colecionadores. Consultei Sérgio Rocha, do grupo Memória de Brasília, que respondeu: "Johny Mauger, ele e seu irmão Paulão são amigos antigos aqui de Brasília, moravam na 706 Sul! Faz tempo que não vejo o Johny, hoje aposentado. O Paulão, seu irmão, eu ainda encontro na Distribuidora da QI 15 ou no Côco Verde, no Lago Sul! Acho que ainda tenho esse disco!"

Na melhor das convicções, este compacto representava o elo perdido do rock de Brasília no alvorecer dos anos 80. Ele lança luz sobre a necessidade de uma revisão da história para revelar sua autenticidade nas canções e interpretações, que estão à altura dos melhores trabalhos de rock da época e que não foram devidamente reconhecidos em seu auge.

Com o nome Mauger em mãos, consultei a página 214 do Dicionário de Escritores de Brasília e encontrei: tradutor, assessor de jornalismo, assistente cultural e assessor de economia. Na nuvem de Antônio Miranda, descobri mais: J. Mauger, poeta e compositor. Goiano, estudou música em Paris e Comunicação na Universidade de Brasília – UnB. Reside em Brasília. Como tradutor e intérprete, traduziu diversos trabalhos científicos do inglês para o português, incluindo Gosseiguen de Sukuinushisama*. Como autor, sempre se dedicou à ecologia e à natureza, além de publicar poesia e artigos na revista O Meio Homem.

Na página da Associação Nacional dos Servidores da Justiça do Trabalho em 2009: "Domjohnny, ou João Mauger, é um apaixonado pela música e aproveita o talento para trazer ao mundo um novo som, que evoque a preservação do ambiente. Embora tenha se formado em Administração e hoje atue no TST, Domjohnny começou sua carreira musical primeiro, quando conheceu aos 13 anos o mestre do samba Dorival Caymmi. Aos 18, compôs e tocou com Manoel Domingos Neto, ex-refugiado político em Paris, onde passou um ano e meio estudando cinema e tocando nas praças e metrôs da Europa.

Muitos foram os trabalhos desenvolvidos por Domjohnny, como a formação da banda 'Johnny Brilho e os Cavaleiros do Fogo' e a participação, tocando contrabaixo, na orquestra de instrumentos típicos da Indonésia. Um curriculum rico em diversidade e produções musicais.

Atualmente, Domjohnny desenvolve um trabalho musical com pesquisa de instrumentos alternativos, paralelamente a atividades de preservação ambiental. Em conjunto com Pablo Fagundes, Ricardo Ponte, Fernando Fernandes, Bruno Ykalos, João Santana, Márcio Raposo, Sivuquinha e Galo Zé, o musicista produziu o CD JARDIM INFINITO. Uma obra belíssima de valorização a mãe natureza."

“Seguindo a filosofia da obra, que é um grito de socorro da natureza, e atentos ao poder espiritual dos sons e das formas pensamento, o resultado remete mais à uma reflexão sobre o momento extraordinário pelo qual passa o planeta Terra, do que a simples entretenimento”, explica Domjohnny.

*Gosseiguen de Sukuinushisama é uma expressão japonesa que pode ser traduzida como "Senhor de Salvação." Este termo está associado a um conceito religioso ou espiritual específico no contexto da cultura japonesa.

REPERCUSSÃO

"Que legal!" (João Santana)

"Parabéns pela matéria sobre a Cosmotronix; é evidente o quanto de pesquisa foi investido."  (João Carlos Mauger)

"História fascinante e trabalho admirável. Parabéns! É uma pesquisa valiosa." (Luiz Carlos Calanca - Baratos Afins)

NESTE NÚMERO, FALO COM JOHNY BRILHO? UMA ENTREVISTA ESTELAR

 

 

 

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