"Crendices Vãs"
(Mário Pacheco)


"pois muitas vezes a verdade na verdade é uma mentira"
Rogério Ratner in, Indízivel

    


     Repertório: Mau humor, Enganos, Não pensar em nada, Crendices vãs, Não me leva a mal, Amor quase normal, Vivo e audaz, Caso Perdido, Depositários, Desejos bizarros, Nada melhor, Dilema do homem moderno, Tente assim mesmo, País imaginário, Indizível, Como um boi, Sorte, Chance
    Gravado em março/2002 a dezembro/2003
     Rogério Ratner: voz
     Ciro Moreau: arranjos, produção musical, programação de teclados e ssampler, violões, guitarras, operação técnica e mixagem;
     Marcelo Moreau: backing vocal;
     Adriane de Souza: backing vocal em Mau Humor e Dilema do homem moderno;
     Fabiano Moreau: backing vocal em Mau Humour

      Recebi "Crendices Vãs" há algum tempo e respondi a Rogério Ratner, algumas impressões curtas tentando ser justo - agora mesmo estou ouvindo o seu disco e uma nova mensagem voltou, a caixa de émeios de Rogério Ratner está lotada...
      A segunda faixa Enganos é melhor do que a faixa de abertura: Mau humor e em Não pensar em nada, o violão de entrada poderia ser cortado e a guitarra livre seguiria...
     As canções autorais de Rogério Ratner propõem uma temática terápica, seus questionamentos jogados em versos e em cima de nós - Seu perfil psicológico influencia em muito o seu trabalho. Trabalho seguramente comparado a outros letristas. Em "Crendices Vãs", há um paralelo com a musicalidade urbana dos álbuns de Cássia Eller e de Nei Lisboa, um eco... Ou é característica dos intérpretes?
     A nona faixa, Depositários emerge num timbre experimental e experimenta-se pela primeira vez a sensação de liberdade criativa.
     Ainda temos Desejos bizarros, Dilema do Homem Moderno, País Imaginário, Indizível, crônicas mais suaves e palatáveis. Com sotaque country, Rogério Ratner ainda apresenta Como um boi: É como um boi que dá a bobeira / de passear no frigorífico mais próximo...
     As letras de "Crendices Vãs", seu segundo CD, homogeneamente apresentam um universo poético beirando os roteiros das HQs e os ambientes dos escritórios. Rogério Ratner, um veterano que caiu na estrada, ainda na noite dos bares de 1984, revela um vigor sarcástico e questionador baseado na sua própria mente.