O
dragão da maldade contra o Santo Guerreiro
(Mário Pacheco*)
Ficção,
longa-metragem, 35mm, colorido (Eastmancolor). Rio de Janeiro,
1969. 2.600 metros, 95 minutos. Companhia produtora: Mapa Filmes;
Distribuição: Mapa Filmes; Lançamento: 9
de junho de 1969, Rio de Janeiro (Bruni - Flamengo, Bruni Copacabana,
Bruni - Ipanema, e outros cinemas do circuito Lívio Bruni);
Produtores: Glauber Rocha, Zelito Viana, Luiz Carlos Barreto,
Claude Antoine; Diretores de produção: Demerval
Novais de Carvalho, Agnaldo Azevedo; Produtor executivo: Zelito
Viana; Administrador: Tácito Val Quintas; Diretor: Glauber
Rocha; Assistentes de direção: Antônio Calmon,
Ronaldo Duarte; Argumentista e roteirista: Glauber Rocha; Diretor
de fotografia: Affonso Beato; Câmera: Ricardo Stein; Assistente
de câmera: André Faria; Maquinistas: Pintinho, Eutímio,
Daniel; Eletricistas: Roque Araújo, Chiquinho, Messias;
Som direto: Walter Goulart; Operador de microfone: Diego Arruda;
Mixagem: Carlos della Riva; Efeitos sonoros: Paulo Lima; Montador:
Eduardo Escorel; Assistente de montagem: Amauri Alves; Cenógrafo:
Glauber Rocha; Assistentes de cenografia: Paulo Lima, Paulo Gil
Soares; Figurinistas: Glauber Rocha, Paulo Lima, Paulo Gil Soares;
Trajes de Odette Lara: Hélio Eichbauer; Letreiros: Roberto
Lunari; Cartaz: Jânio de Freitas; Música: Unkrimakrimkrim,
Ritmetrom (Marlos Nobre); Coirana (Walter Queirós); Antônio
das Mortes (Sérgio Ricardo); Macumba de Milagres (Anônimo);
Chegada de Lampião no Inferno (Cego de Feira); Locação:
Milagres (BA); Laboratório de imagem: Rex Filmes; Estúdio
de som: Rivaton; Prêmios: Melhor Direção,
Prêmio da Fipresci; Prêmio Luis Buñuel; Prêmio
da Confederação Internacional de Cinema de Arte
e Ensaio - XXI Festival de Cannes/1969; Primeiro Prêmio
- Festival de Cinema de Plovaine, Bélgica; Troféu
Coruja de Ouro - Prêmio Adicional de Qualidade - INC/1969,
Brasil; Prêmio do Público - Semana Internacional
de Cinema de Autor em Banalmadena, Espanha/1969;
Elenco: Maurício do Valle
- Antônio das Mortes; Odette Lara - Laura; Othon Bastos
- Professor; Hugo Carvana - delegado Matos; Jofre Soares - coronel
Horácio; Lorival Pariz - Coirana; Rosa Maria Penna - Santa
Bárbara; Emanuel Cavalcanti - padre; Mário Gusmão
- Antão; Vinícius Salvatori - Mata Vaca; Sante Scaldaferri
- Batista.
1969 - Melhor direção
no Festival de Cannes.
Prêmio Luiz Buñuel,
conferido pela crítica espanhola.
Prêmio Cinema de Arte, conferido
pelos exibidores internacionais no Festival de Cannes.
Prêmio Melhor Diretor, conferido
pelo Instituto Nacional de Cinema do Brasil.
O
primeiro filme a ilustrar uma capa da revista Cahiers du Cinemá
em cores. Escolha unanime do corpo editorial;
OPINIÕES
Montador
de Terra em Transe (1964) e de O Dragão da Maldade Contra
o Santo Guerreiro (1967), Escorel exalta a personalidade de Glauber
e o define como um cometa dotado de luz própria, uma “estrela
parabólica”, mas não se esquiva de apontar
as deficiências cinematográficas da grande figura
do Cinema Novo. Define O Dragão... como um “pastiche”
e afirma que, depois de Terra em Transe, todos os projetos de
Glauber eram “a concretização de um radicalismo
vazio”.
"Mas como eu dizia, isso variou
muito. Ele retomou - se é que se pode falar em linearidade
no caso do Glauber, que é uma coisa altamente duvidosa
- no Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro uma relativa
linearidade que existia em Deus e o Diabo e que não existia
em Terra em Transe, que era um filme mais livre. Depois, tanto
no Leão de 7 Cabeças, quanto no Cabeças Cortadas,
eu acho que ele estava bem mais livre. (Eduardo Escorel ao JB,
Quarenta anos depois, o principal montador do Cinema Novo analisa
sua herança)
CRONOLOGIA
1987
7 jul.
Affonso Beato, o diretor de fotografia,
em "1968" e "O dragão da maldade contra
o santo guerreiro" é empossado como diretor cultural
da Embrafilme. — Glauber era uma pessoa que amedrontava.
Recorda Affonso.
— Mas tive com ele o relacionamento
mais aberto e fértil possível. Graças ao
nosso perfeito entrosamento, avancei um bocado no conhecimento
e no uso de cores contrastadas;
CINEMA
"Pobre
príncipe encantado" (1969) direção Daniel
Filho com Wanderley Cardoso.
José Mojica Marins dá
início à sua obra-prima: “Bacanal dos Sádicos”,
que depois passará a se chamar "Ritual dos Sádicos"
e, finalmente, "O Despertar da Besta".
"A Mulher de Todos". (Direção
Rogério Sganzerla).
"O dragão da maldade
contra o Santo Guerreiro" (Glauber Rocha).
Ficção, longa-metragem,
35mm, colorido (Eastmancolor). Rio de Janeiro, 1969. 2.600 metros,
95 minutos. Companhia produtora: Mapa Filmes; Distribuição:
Mapa Filmes; Lançamento: 9 de junho de 1969, Rio de Janeiro
(Bruni - Flamengo, Bruni Copacabana, Bruni - Ipanema, e outros
cinemas do circuito Lívio Bruni).
1969 - Melhor direção
no Festival de Cannes.
Prêmio Luiz Buñuel,
conferido pela crítica espanhola.
Prêmio Cinema de Arte, conferido
pelos exibidores internacionais no Festival de Cannes.
Prêmio Melhor Diretor, conferido
pelo Instituto Nacional de Cinema do Brasil.
O primeiro filme a ilustrar uma
capa da revista Cahiers du Cinemá em cores. Escolha unânime
do corpo editorial.
"Blue movie / Fuck". (Andy
Warhol).
"Easy Rider" - Um dos
melhores filmes realizados nos Estados Unidos na década
de 60. No Brasil, (Sem Destino), dirigido por Dennis Hopper em
1969, é uma daquelas produções que sempre
vale a pena ver de novo, quer pelas interpretações
de Peter Fonda, Jack Nicholson e Hopper, pela visão crua
de um sonho que ganhou corpo no linho amortecido de um travesseiro
que já nasceu condenado, ou mesmo pela trilha sonora, que
inclui The Jimi Hendrix Experience, Steppenwolf, The Byrds, The
Holy Modal Rounders, Fraternity of Man, The Eletric Prunes e Roger
McGuinn.
Depois de vender cocaína
perto da fronteira mexicana os motociclistas Wyatt (Fonda) e Billy
(Hopper) partem pelas estradas do sudoeste com destino a Nova
Orleans. Em suas andanças, sempre mal acolhidos pelos cidadão
conservadores por causa de seus modos excêntricos, visitam
uma comunidade agrícola hippie e são presos por
um pretexto tolo, fazendo amizade na cadeia com um advogado bêbado,
George Hangon (Nicholson). O itinerário do trio destina-se
a um desfecho brutal.
"Revolution" - Documentário
– Colorido – 90 minutos. Direção: Jack
O’Connell. Pseudo-cinema verité sobre o bairro de
Haight-Ashbury e o “Verão do Amor”. Participam:
Country Joe & The Fish, Quicksilver Messenger Service, The
Steve Miller Band e Mother Earth.