Andy
Warhol: colagem! formatação! caos!
(Mário Pacheco)
Ricardo
Amaral com Andy Warhol /
Andy Warhol e Fassbinder (terceiro à direita cujo rosto
não aparece) no set de filmagens de "Querelle".
Se
você quiser saber tudo sobre Andy Warhol, simplesmente olhe
para a superfície das minhas pinturas e filmes e para mim
e aí estou. Não há nada por trás disso.
(Andy Warhol)
Andy
Warhol não fez nada além do que fiz no Brasil. A
diferença é que ele circulou no jet-set
internacional e isto ajudou na difusão do trabalho dele
. (Rogério Duarte).
Espero
que de alguma maneira, de algum modo você goste deste pequeno
show/ Sei que chegou tarde, mas esta é a única maneira
que conheço/Olá, sou eu - boa noite! Andy... Adeus,
Andy. (Lou Reed/John Cale)
Graciosamente,
as biografias contam os princípios de criação
de Andrew Warhoa (nascido em 1928, em Pittsburgh Pensilvânia)
sem idéia sobre pintar "coisas", ele pediu sugestões
a quinze pessoas uma amiga de meia-idade respondeu com uma nova
pergunta: "do que você mais gosta na vida?" É
assim que ele conta como começou a pintar notas de dólar.
Lá na frente, você
descobre que Warhol foi a eminência parda do 'glitter do
rock teatral' e fundador do punk nova-iorquino e co-autor do punk
bretão já que Malcon Maclaren era um de seus asseclas.
— Poucos artistas estrangeiros
exilados na Grande Maçã em meados das décadas
de 60 e 70 abstiveram-se de conhecer ou mostrar suas criações
a Andy Warhol.
Formado
em Pittsburg em desenho gráfico e publicidade, chegou a
Nova York em 1949 e, no início dos anos 50, já estabelecido
como artista, Andy Warhol começou a garimpar preciosidades.
Sua conta bancária era engordada por desenhos industriais
e trabalhos publicitários que fazia regularmente adquiriu,
então, móveis antigos e pequenos trabalhos de Miró,
Magritte e Toulouse-Lautrec.
Antes de começar a pintar
Andy Warhol se dedicou à publicidade, atividade que exerceu
com tanta perfeição que reformulou a linguagem das
campanhas promocionais com sua proposta plástica e cinematográfica.
Ganhou várias vezes seguidas
o Art Director Club Award pela originalidade de seus trabalhos
e sua contribuição ao mundo publicitário.
O maior gênio mercadológico
da pop-art, o homem que mais entendeu a mídia americana
conseguiu: muito dinheiro e, para alguns, uma arte das mais importantes
do século.
Um dos mais influentes marchand
da segunda parte do século XX, Leo Castelli (seu verdadeiro
nome era Leo Krauss, 1908-99), descobriu, investiu e promoveu
ao reconhecimento internacional novos pintores americanos da década
de 60, como Andy Warhol/Jasper Johns e Robert Rauschenberg.
Leo Castelli se recusava a trabalhar
com artistas consagrados, como Picasso.
Durante décadas ajudou a promover
a arte pop, que lançou conceitos como o minimalismo, conceitualismo
e o neoexpressionismo, organizando as primeiras exposições
de Jasper Johns, Frank Stella e Roy Lichtenstein. Ele também
contribui para a consagração de nomes como Andy
Warhol, Cy Twombley, Ellsworth Kelly, Donald Jedd, Dan Flavin
e Joseph Kosuth.
Já em 1952, é realizada
a primeira exposição de Andy Warhol e a consagração
aconteceria dez anos depois em 1962, quando Andy Warhol realizou
uma série de pinturas de notas de um dólar (uma
das telas foi vendida em 1986 num leilão em Nova York por
385 mil dólares, o maior preço já alcançado
por um de seus trabalhos em vida!).
Ainda em 1962, funda a revista "Interview",
na qual apareciam as personalidade da vida noturna nova-iorquina.
Rico, famoso e excêntrico,
por mais de 15 minutos, começa a afastar-se do mercado
publicitário interessa-se especialmente por art déco
e prataria, que passa a comprar em grande escala.
Ao expor suas famosas embalagens
das latas de sopa Campbell, Warhol confirmava então a nova
arte fruto de um questionamento intenso entre o lugar da arte
e a banalidade do mundo.
Mas com essa banalidade aparente
e a colocação da arte nesse espaço Warhol
consegue tanta fama que passa até a cobrar por suas aparições
em público. Ele sente e percebe muito bem que vive no país
e na época do capital, do consumismo, e que o povo norte-americano
vê arte em qualquer tipo de coisa consumista, por mais frívolo
e medíocre que fosse o objeto em questão os sucessivos
avanços da ciência e da tecnologia, fatos e coisas
portáteis invadindo as ruas e a imaginação
de toda uma nação, a televisão, o cinema,
os confrontos existenciais, tudo isso fora matéria a lapidar
pelo olho e pela mão de Warhol, com conotações
críticas, irônicas e sobretudo artísticas
no sentido de filtrar bem um momento da história para ser
parte dessa história com uma nova visão de arte.
Segundo Warhol "um artista
é alguém que produz coisas que ninguém precisa
ter, mas que ele, por alguma razão, pensa que seria uma
boa idéia oferecer às pessoas"
Mundanamente sem conotações
políticas em seu trabalho, Warhol sempre gostou de meter
os seus pincéis nas imagens simbólicas nem mesmo
uma crítica à sociedade de consumo, sempre fiel
ao seu estilo: um pintor mundano muito querido na sociedade.
Solteiro, Warhol vivia com a mãe
em um luxuoso apartamento em Upper East Side, Nova York. Fora
sempre uma pessoa tímida nunca deixou de ir à igreja
e confessava-se admirador absoluto da liturgia. Entrar na casa
de Warhol era como passear por uma loja de doces, podendo escolher
tudo o que sempre se desejou comprar.
Um grande colecionador de arte,
dono de um acervo de 10 mil objetos reunidos em casa, imensa variedade
de peças, pinturas, desenhos, mais de 120 pequenas jóias,
entre broches, braceletes e pendentes, 300 relógios, dezenas
de portraits, bustos, incluindo um de Degas, estatuetas
- entre as quais uma de Renoir, brinquedos, os famosos copos de
Ronald Mcdonald, que, como ele previa, seriam ícones de
uma época, valorizados no futuro.
Objetos indígenas e africanos,
mobiliário americano do século 19, com dezenas de
peças, do sofá chippendale ao par de clássicos
espelhos antigos, dos candelabros estilo rococó-americano
à escrivaninha George II ou as pinturas acadêmicas
de grande mestres dos século 19 e obras de artistas contemporâneos,
como Jasper Johns, Roy Lichtenstein e Robert Ruschenberg, esculturas
- é interminável a lista do acervo do artista todos
os objetos têm um aspecto artesanal que parecia fascinar
Warhol arrematados nos antiquários de Nova York e em constantes
visitas aos 'marchés aux puces', de Paris, seus celeiros
preferidos para comprar.
Nas peças ligadas à
arte folclórica - como máscaras africanas e os 80
cobertores de tribos indígenas americanas - é possível
rastrear os caminhos que, através dos séculos, conduziram
à moderna arte pop americana.
Um homem de vanguarda, anticonformista
por concepção, artista plástico, cineasta
(perante o crítico "Andy Warhol, como cineasta, significa
a manipulação do tempo, a ruptura da narrativa e
a transgressão sob o signo do tédio já que
ninguém tem saco de ver suas longas jornadas consideradas
monótonas"), jornalista (sua tez pálida e clerical
se estampava nas capas de jornais, revistas e cartazes arrasando
ou abençoando), editor, gravador e fotógrafo (obsessivo)
em boa parte dos seus 58 anos viveu cercado de objetos antigos
e logotipos, fotos de jornais e de revistas colecionados compulsivamente.
22 de fevereiro de 1987, um domingo;
no hospital da Universidade de Nova York, Andy Warhol sofre uma
parada respiratória fatal, tinha sido operado da vesícula
e aparentemente sofreu um ataque cardiopulmonar enquanto dormia.
Depois da sua morte, vários
aproveitadores tentaram imitar o seu estilo, mas não conseguiram
chegar nem perto de sua genialidade - até seu irmão
começou a pintar depois de sua morte.
Adepto do credo vanguardista duchampiano
onde a provocação se torna o sine qua non
do ato artístico implodiu as belas artes aproximando-se
das artes pop - cinema, rock'n'roll, iê-iê-iê,
televisão e mídia e multimídia em geral.
Um dos fundadores da pop art nos
Estados Unidos, Warhol foi um ícone na arte norte-americana
retratou, friamente, personalidades produtos com a indiferença
de uma máquina; afirmou, inclusive, que gostaria de ser
máquina muita gente - artistas, críticos - consideravam
sua obra medíocre, destacando apenas sua participação
na área de marketing.
A publicidade, segundo estudiosos
de Warhol, levou a fazer uma arte sem estilos ou emoção
forma e conteúdo traduziam o ritmo devida norte-americano,
a automaticidade do cotidiano, a geração do descartável
e das garrafas de coca-cola, latas de sopa Campbell's, caixas
de detergentes Brillo e o esfuziante mundo dos out-doors e do
néon, uma requintada dosagem de non-sense em seus quadros
e serigrafias totalmente vinculada à idade tecnológica
e marcada pela máquina nos Estados Unidos.
Eleger (ou ser eleito para retratar)
ícones da atualidade dar um show como retratista, pintava
por encomenda - cobrava 25 mil dólares por retrato.
Warhol não estava interessado
em idéias mas em objetos: dinheiro, telefones, caça-níqueis,
garrafas, latas, e ídolos em objetos. Ele transformou personalidade
de todos os segmentos da vida norte-americana, chegando a confundi-las
com embalagens de produtos tão comuns quanto elas - Marylin
Monroe (sua morte em 62 inspira os retratos, ícones e lábios)
de "rostos famosos por serem famosos": Dick Tracy, Natalie
Wood, Liz Taylor, Jackie Kennedy, Marlon Brando, Mao Tsé
Tung, Elvis Presley, Pelé, situações sociais
"depressivas" (batidas de automóveis, cenas de
suicídio, cadeiras elétricas (para a confecção
da série de pinturas "Death in America", Warhol
passou dias na biblioteca pública de Nova York para encontrar
a imagem da cadeira elétrica - objeto de grande carga ideológica,
usada para executar o casal Julius e Ethel Rosenberg - 1951),
conflitos com policiais, explosões de bombas de hidrogênio
etc...
No Brasil, em abril de 1986 através
da Galeria Papier e pagando 800 dólares, 20 dias depois
de encomendado e pelo correio, você recebia uma serigrafia
de Andy Warhol.
Andy Warhol apresentou o conjunto
Velvet Underground no seu ambiente de discotek de 1966, a The
exploding plastic inevitable, não muito depois, os cineastas
Bruce Conner e Robert Nelson, de San Francisco, estavam fazendo
shows de luzes nos auditórios Avalon e Fillmore (templos
do rock), pontos de partida para os light-shows e do
rock teatral.
Dentro da Factory, ateliê
cuja fantasia era a criação coletiva, quando precisava
esvaziar a mente para pintar Andy Warhol ouvia discos de rock
no último volume, ligava o rádio para ouvir ópera
e deixava a tevê ligada sem som tudo ao mesmo tempo -; eu
ainda descascaria uma banana!
Andy Warhol, que entrevistou Truman
Capote e também era um assíduo dos rituais do Studio
54 deixava o entrevistado falar ininterruptamente, enquanto o
gravador nada registrava do que Warhol dizia, pois falava baixo
e furtava-se a qualquer malabarismo da oralidade a primeira exposição
individual de Andy Warhol em 1952, trazia desenhos baseados nas
histórias de Truman Capote
Pré-punk, cabelo roxo e lábios
verdes eram comuns aos astros do cinema underground de Andy Warhol,
cuja elite da contracultura girava em torno das festas e de sua
efígie.
Nas colunas sociais do jet-set da
capital do planeta capitalista: Debby Harry e Chris Stein os líderes
do Blondie aparecem fotografados juntos a Andy Warhol e Truman
Capote.
Em 1986, o marchand Hans Mayer,
observando o layout dos anúncios que a Mercedes publicou
comemorando o centenário da invenção do automóvel,
Mayer pensou que talvez a Mercedes se interessasse em pagar Warhol
para criar serigrafias sobre carros. Em maio, a empresa encomendou
na hora quatro pinturas. Andy Warhol entregou quatro telas dando
a sua versão do primeiro carro esporte fabricado pela Mercedes:
o 300 SL coupê, de 1952.
Encantada com o resultado, a Mercedes
ainda em setembro, assinou um contrato com Warhol, aceitando de
bom grado sua sugestão de retratar a história do
automóvel apenas a partir de modelos da empresa as três
telas que foram criadas nas duas últimas semanas de vida
do artista, provam mais uma vez o grande talento colorístico
de Andy Warhol nove modelos geraram 47 obras pictóricas
diferentes as variações são cromáticas,
ora em tons pastéis, ora em cores primárias.
A base de todos os trabalhos é
a serigrafia Andy Warhol mais uma vez pintou e desenhou sobre
as telas previamente impressas em "silk screen" o contorno
das figuras muitas vezes foi feito em cores mais claras e luminosas
do que o fundo num procedimento caro ao artista.
O 11 de setembro americano, novamente
trouxe a saga desenfreada e consumista de Andy Warhol que está
mais vivo do que nunca - você liga a tela da Rede Globo
e os retratos serigrafados abrem a novela "Agora é
que são elas".
No Brasil. Brasília, expõe
a sua Polaroids e não sabendo a quem contrariar não
exibem um Andy Warhol não tão catalogado e exposto:
seus retratos de "flagrantes sexuais" de gays e de travestis
em pleno ato. Fotos estas que abrem sites gays ou são vendidas
nos hard sites da Web.
Apesar de se considerar homossexual,
abdicou do sexo porque, segundo ele, tirava-lhe tempo tornou-se
um 'voyeur' através de uma câmera de cinema ou fotográfica
e partiu para os temas mais "alucinados": —
Posso fotografá-lo nu?
Filmografia
alternativa
Aqueles
que andavam com o Andy eram todos uns idiotas drogados, diz
Paul Morrissey que dirigiu todos estes filmes fiz os filmes
para mostrar como eram estúpidos.
Sleep. 1963.
Mostra, em seis horas de duração,
john giorno, amigo de Warhol simplesmente dormindo... nas recentes
exibições mantém a projeção
a 16 quadros por segundo e são exibidos "apenas"
42 minutos de filme, que já é um delírio.
Estética de Andy Warhol de que o olhar implacável
da câmera pode romper comportamentos normais e forçar
uma resposta específica;
Blow job, 1963, 35 minutos, silencioso
(o registro de um ato de sexo oral em que se vê apenas o
primeiro plano de um jovem ator anônimo).
Kiss, 1963. com Baby Jane Holzer
e Gerarde Malanga: dois dos novos superastros criados por Warhol
mostra quase uma dúzia de pessoas, numa sucessão
de beijos que dura 58 minutos.
Haircut, 1963.
Eat, 1963. 39 minutos silencioso
(o ator e artista plástico Robert Indiana come meticulosamente
um cogumelo frente à câmara, evocando retratos de
santos feitos pelos pintores flamengos no século 15).
Empire, em 1964, warhol filma oito
horas de um quadro parado do empire state building ele queria
mostrar a "vida sob o olhar de um defunto".
Tarzan and Jane regained ... sort
of, 1964
Dance movie/roller skate, 1964
Blow job, 1964
Batman Dracula, 1964
Salome and Delilah, 1964
Soap opera, 1964 (co-dir.)
Couch 1964
13 most beautiful women, 1964
Harlot, 1964
"O grande filme, insuperável
da carreira de Mario Montez, foi 'Harlot' de Warhol, em que ele
faz uma loura (que seria uma fusão de Harlow e Marilyn;
‘harlot’ vem de Harlow) travestida, de luvas brancas,
que come bananas todo o tempo, devagar, descascando-as de luvas
brancas, num sofá claro que isso é uma descrição
bem careta, que não é tudo; a última banana
é enfiada no cu pela própria; Warhol fez 'harlot'
em 1964, e se situa na sua obra como uma transição
da fase de 'eat', 'sleep', 'Kiss', para a que culminaria com 'the
chelsea girls'; vou lhe enviar um novo livro que saiu: Vida e
sexo de Andy Warhol”.
Trecho de carta de Hélio
Oiticica para Torquato Neto, 18 jun. / 1971.
'The life of Juanita Castro' de
1965. 65 minutos, sonoro
(sátira a fidel, seu irmão
Raul e Che Guevara são interpretados por mulheres).
Poor little rich girl, 1965
Screen test, 1965
Vinyl, 1965
Beauty #2, 1965
Horse, 1965
My hustler, 1965
Camp, 1965
Afternoon, 1965
Suicide, 1965
Drunk, 1965
Bitch, 1965
Prison, 1965
Space, 1965
The Closet, 1965
Henry Geldzahler, de 1965. 90 minutos,
silencioso (o curador de arte nova-iorquino fuma um interminável
charuto).
'Taylor mead's ass' (1965).
Face, 1966
Outer and inner space, 1966
The 14-year old girl/hedy/hedy the
shoplifter, 1966
More milk Yvette/Lana Turner, 1966
The Velvet Underground and Nico,
1966
Kitchen, 1966
Lupe, 1966
Chelsea girls, de 1966, 210 minutos,
sonoro
(nova-iorquinos drogados e ensimesmados,
viajando em seu próprio mundo, enquanto os Estados Unidos
lutavam no Vietnã)
I'm a man, 1967
Bike boy, 1967
Nude restaurant, 1967
****/four stars/24-hour movie, 1967
The loves of Ondine, 1968
Flesh (1968 - produtor) ano da "aposentadoria"
de Andy Warhol como cineasta underground neste ano, o artista
sobreviveu a um atentado praticado pela feminista Valerie Solanas,
que lhe desferiu três tiros foi assim que ela, que mantinha
uma tempestuosa relação de amizade com Warhol, paradoxalmente
garantiu seus 15 minutos de fama sua história virou o filme:
"Um tiro para Andy Warhol" ("I shot Andy Warhol",
Estados Unidos, 1996), longa de estréia de Mary Harron.
Lonesome cowboys, 1968
Blue movie/fuck, 1969
Trash, 1970 (producer)
Heat, 1972 (producer)
Women in revolt, 1972 (co.dir. with
Paul Morrisey)
L'amour, 1973 (co.dir. and co-script
with Morrisey)
Andy Warhol's Frankenstein/Flesh
for Frankenstein, 1974 (producer).
Andy Warhol's Dracula/Blood for
Dracula, 1974 (producer).
Underground and emigrants, 1976
(actor)
Andy Warhol's bad, 1977 (producer)
An unmarried woman, 1978 (art collab.)
Cocaine cowboys, 1979 (actor)
The Look, 1985 (actor)
Vamp, 1986 (contrib. art)
Superstar: the life and times of
andy warhol, 1991 (documentary)
Bibliografia
reduzida
1982
Alemanha, no final de 1982, Warhol
lança o livro "Andy Warhol das graphische werk 1962-1980",
que dá uma geral na sua carreira, e inclui retratos de
Mick Jagger, Pelé, Mao-Tsé-Tung, um filme em 3 dimensões
e incontáveis loucuras visuais.
1988
Seis volumes do catálogo da exposição
dos dez mil objetos vendidos ao público pela Sotheby's
de Nova York, são colocados à venda em livrarias
a 95 dólares, o volume, o público se dava por feliz
com a oportunidade de conhecer a coleção - e o estilo
- de Andy Warhol.
"Andy
Warhol" por Wayne Kostenbaum. Editado por Penguin Lives.
61/63,
primeiro volume do catálogo "raisonné"
projeto de catalogação das 15 mil obras de Andy
Warhol. Trabalho começado a quase 20 anos, o sexto e último
volume só deve sair em 2013.
Capas/discos/homenagens
"Stick
Fingers" (LP 1971) dos Rolling Stones. A calça jeans
cortada nas pélvis: indica que os temas do discos devem
ser curtidos pelas vísceras e outros "membros"...
"Hunky Dory" (LP 1972)
David Bowie grava a memorável homenagem Andy Warhol.
A reação do público
novaiorquino à apresentação da peça
"The rise and fall of Ziggy Stardust" foi excelente,
tendo David Bowie convencido os muitos céticos e o próprio
Andy Warhol que, apesar do seu status, se viu impedido de contatar
com a star rodeada de um segurança paramilitar.
"Love You Live" (1977)
dos Rolling Stones. A capa antropofágica de Warhol: Mick
"Lábios de Borracha" morde uma mão alheia.
"Songs for Drella" (LP
1990) Primeiro disco em conjunto de Lou Reed e John Cale em mais
de vinte anos. Tributo a Drácula e Cinderella o apelido
Drella pelo qual era conhecido Andy Warhol. O disco? Uma obra-prima.
"Welcome to the monkey house"
(CD 2003) dos Dandy Warhols, quarteto surgido nos Estados Unidos
em meados da década de 90.
Capa e ar sorumbático copiados do Velvet Underground!
Algumas
exposições
2002
Jun./
Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles.
Megaexposição lembrando os 15 anos de sua morte.
2001
Jan. /
Exposição "Andy Warhol
- photography" no international Center of Photography, traz
serigrafias e retratos de pessoas ricas e famosas e grande quantidade
de materiais visuais, reunidos no baú do pintor.
Fev./
A maior exposição européia dedicado
a Andy Warhol. Castelo Ursino de Catânia, na Sicília,
Itália. São 130 quadros de diferentes formatos e
técnicas, incluindo duas variações em rosa
e preto da "Última Ceia" de Leonardo da Vinci,
feitas por Warhol três meses antes de morrer. Há
também uma dezena de exemplares em várias cores
da famosa sopa Campbell, seis retratos de Mão-Tsé-Tung,
quatro de Che Guevara e um auto-retrato do pintor pop.
Final
A gravura "Little Eletric Chair" (Pequena
Cadeira Elétrica) atingiu o preço recorde para o
artista: US$ 2,3 milhões em um leilão em Londres.
2000
Nov. /
A casa de leilões Sotheby's leiloa
'Marilyn Monroe' pequena peça redonda de 1962 por US$ 2,75
milhões, enquanto que a lata grande de sopa Campbell superou
o valor estimado de US$ 1 milhão, e foi arrematado por
US$ 1,08 milhão.
1990
Jun./
Andy Warhol System, Pub, Pop, Rock. Paris.
Para a ocassião, entre os vários convidados estavam
Lou, John, Maureen Tucker e Sterling Morrrison, a linha original
do Velvet Underground. Sem nada planejado, eles tocaram juntos
pela primeira vez desde 1968.
Ago./
Museu Nacional de Arte Moderna Centro
George Pompidou Paris. Má acolhida em Londres com verdadeiro
"malho" da crítica inglesa a exposição
foi revitalizada pelos franceses.
1989
Fev./
Com mais de 300 trabalhos espalhados por dois andares,
com um programa de acompanhamento com filmes, trata-se da mais
ambiciosa exposição individual no Museu de Arte
Moderna de Nova York, desde a retrospectiva de Picasso, em 1980.
Diante dos quadros da cadeira elétrica
- um aviso no assento pede silêncio, reconhecendo a presença
de um público ávido neste ritual de morte, chamando
a atenção tão bem para o silêncio que
mesmo as vacas leiteiras de Warhol - impassivas e anônimas
- parecem precisar. Correu o mundo, passando por Nova York, Chicago,
Inglaterra e Milão.
1988
Abr. - mai./
Sotheby's de Nova
York, leiloa tudo o que Warhol recolheu em suas andanças
como consumidor - ele fazia compras virtualmente todo dia.
Out./
"Cars" - Guggenheim de Nova
York primeira exposição em um museu americano desde
sua morte em fevereiro de 1987 "Cars" foi também
seu último grande negócio.