Repertório:
Corra e olhe o céu, Cara a cara, Scotch
(instrumental), Chapéu, A ida, Samba
novo, Gosto, Saudade fez um samba, Rasgar,
Chega de mentira
Músicos:
Jorge L.: Bateria, Marcelo Pilastra: Contrabaixo, Gogh Sanz:
Guitarras, Afonso Carísio: Guitarras e Violão
e Marcelo Café: Voz.
No
Estúdio, Casa-Grande, agora é quinteto assessorado
por várias participações luxuosas. Cobrimos
a estréia do vocalista Marcelo Café em outubro
de 2005 e sempre me incomodou o experimentalismo e o rock mais
stone que o Casa-Grande cometia quando Timm Martins, empunhava
o microfone. Eu achava desproporcional.
Passado
mais de um ano e chegamos ao CD. Na abertura feliz de Corra
e olhe o céu o tom será de musical, com a
voz aveludada de Marcelo Café, as raízes da Casa
passam por Cartola/Dalmo Castelo.
Cara a cara traz a perseguição
do barzinho e da bossa, na última sílaba, a bela
diz, - Sim! Scotch é a primeira grata intervenção
instrumental e não dá pra deixar de perceber uma
batida 'policeana' ao fundo do saxofone de Nando Nandes.
Chapéu, traz a batucada
de salão e uma nova intervenção de sopro,
a flauta de Larissa Andrade.
A ida começa com
um violão marca de acampamento e nos remete a outra ida...
A melhor definição
dos instrumentos de percussão prossegue em Samba
novo, destaca-se a bateria virada de Jorge L.
O apelo mais pop e não
menos poético fica por conta de Gosto todo um
romantismo existencial apoiado em guitarras que se tocado na
rádio poderia atrair a atenção do ouvinte.
Colada vem Saudade fez um samba remetendo às
origens e a arrogância substituindo a lacuna, "Então
não vamos mais brigar / Saudade fez um samba em seu lugar"
com o suspirar do piano de Kaley Seraine.
Rasgar quase põe
fim ao disco exibindo uma forma instrumental de fôlego.
Mas é na última faixa, Chega de mentira,
um líbelo contra a mídia, cantada por Gogh Sanz
na forma de blues e resultado de uma guera clãnica esvaziada
que me faz dar boas gargalhadas, rádios del globito
toquem o Casa-Grande eles têm as canções
e o ritmo certo!
Casa-Grande
unidos na nova cor novo som novo momento recomeçando...
O mesmo bom gosto e a identidade gráfica de Toninho de
Souza na capa. Um disco enjuto até o próximo show
ao vivo! Participações
instrumentais realçaram o todo!