Curta brasileiro The Flying Man atrai atenção da Marvel; assista na íntegra
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5 ago. / 2013 - Estava almoçando com o amigo Marcelo Daniel, que não conseguiu conter a empolgação ao me falar de um curta-metragem brasileiro que estava fazendo um tremendo sucesso. Corri pra ver logo do que se tratava e fui alvejado pelas sensacionais imagens de The Flying Man, uma espécie de versão Cloverfield de um “super-herói”.
O projeto é fruto do trabalho do roteirista Henry Grazinoli, que escreveu o telefilme Macbeto(2012) pra TV Cultura, e do técnico em efeitos especiais Marcus Alqueres, que colaborou com os blockbusters 300, Planeta dos Macacos: a Origem, As Aventuras de Tintin. Tudo começou quando Alqueres ligou para o amigo com a ideia de fazer um filme sobre um super-herói não identificado, que tinha seus próprios critérios pessoais para julgar quem merecia ser considerado um criminoso. Tudo teria consequências realistas e a mídia atacaria fortemente o vigilante.
Depois de um processo criativo de 15 dias em Toronto, o projeto foi dividido em duas frentes: Grazinole escrevia o projeto do Brasil; enquanto, Alqueres fazia um esforço para produzir o filme, juntar profissionais, conseguir bons equipamentos, dirigir, editar e financiar todo o projeto.
E não pense que o filme é moleza, pois o herói não poupa bandidos. Levando qualquer pessoa com antecedentes criminais para o céu e jogando-os na rua para satisfazer sua sede por justiça. “A partir do momento que alguém tem mais poder do que outras pessoas, você fatalmente começa a desenvolver um jogo complicado de equilíbrios. E a dramaturgia sempre se apropriou disso. O jogo de poder é um dos temas preferidos de Shakespeare, por exemplo”, contou Grazinoli à revista Piauí “Toda essa crise mundial às vezes levanta essa ilusão perigosa de que uma pessoa sozinha pode resolver todas as coisas.”
Os efeitos especiais são tão impressionantes que atraíram a atenção de Joe Quesada, diretor criativo e chefe criativo da Marvel Comics, que ficou “sem palavras” ao ver o vídeo. Toda essa babação de ovo aumentou a especulação de que o projeto será transformado em longa-metragem.
Chega de lenga-lenga! Vamos deixar que você tire suas próprias conclusões:
Confira a crítica do curta:
Não é à toa que o curta-metragem de "The Flying Man", de Marcus Alqueres, tem recebido elogios: o filme é muito bem feito e bem dirigido. Se foi, como afirma Alqueres, produzido com orçamento baixíssimo, é caso a ser estudado por estúdios, já que os efeitos especiais, a montagem e a edição de som não ficam nada a dever a produções milionárias.
O filme começa com cenas impactantes, que mostram o "Homem Voador" sobrevoando uma cidade. A aparição provoca caos, engarrafamentos e acidentes de trânsito.
O filme é contado do ponto de vista dos habitantes da cidade. O misterioso herói é mostrado só de longe, o que aumenta o clima de mistério.
Logo, o ser voador passa a atirar pessoas do céu. Descobre-se que ão todos criminosos, com longas fichas na polícia. Entram em cena dois sujeitos em um carro. Estão a caminho de alguma transação criminosa -- não fica claro de que tipo -- e conversam sobre o justiceiro.
Grande parte dos nove minutos de duração do curta se passa dentro do carro, onde um dos homens se mostra preocupado com as notícias sobre o ser que mata bandidos, enquanto o outro só quer completar a transação.
"The Flying Man" parece mais um cartão de visitas, um trailer que apresenta um super-herói misterioso e atiça a curiosidade do espectador para saber mais sobre o personagem. O curta tem um final em aberto, que deixa mais dúvidas que respostas.
Fica evidente que Alqueres só deu um aperitivo, uma pequena amostra do que é capaz de fazer.
Seus efeitos especiais, realizados em parceria com João Sita --que trabalhou com efeitos visuais em "300" e "A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 2"-- impressionam, e a música e os efeitos sonoros, de Roger Lima, são de primeira.
Que venha "The Flying Man", o longa-metragem.