Final Positivo para Lost

Por: Mário Pacheco

Varei madrugadas assistindo à Lost, como se estivesse mergulhado nas folhas de um calhamaço inédito de Philip K. Dick com a sofreguidão de quem ouve as últimas faixas inéditas da maior banda de rock’n’roll do mundo.

Por três anos, acreditei na máquina do tempo, no resgate dos cenários dos seriados de ficção científica da tevê dos anos 70, na invasão dos quadrinhos de super-heróis e na propaganda ideológica da Iniciativa Dharma. Tudo girando em torno da inocência sedutora de Juliet.  .

Estávamos online com milhões de seguidores e mesmo que você não termine de ler ou não compre o último número – Lost acabou – e como no próprio episódio final – a luta entre o bem e o mal prossegue...

Como os mais capazes roteiristas não conseguiriam agradar à audiência? Acho que se tratava de uma minoria insatisfeita.

As várias formas de narrativas deixaram trilhas e rastros para alimentar a sua cabeça...

John Locke revivido...
- Você não é digno de usar o rosto dele.

Essa frase solta explica as diversas mudanças de comportamento em vários personagens ao longo da trama.
E, não podemos esquecer  a participação coadjuvante de personagens menores,  sem muita importância que só conhecemos através de fotos ou relatos...

Benjamin Linus
O arquiteto vingativo se saciararia apenas em ser o número 2 no comando da ilha?

Nosso ciclo para presenciar eventos na Ilha pode ter acabado. Porém a ilha ainda é um local das remotas origens das características humanas:  ganância, banimento, intrepidez e resistência.

Balanço final (spoiler)
Numa existência de várias planos, o caminho a ser seguido era um só, alguns passageiros do vôo da Oceanic 815 novamente conseguiram abandonar a ilha, demonstrando que o homem não vive sem esperança – que escolhas  podem prevalece sobre o destino.