1923-2012
Morre aos 88 anos o jornalista, chargista e escritor Millôr Fernandes
http://www.cartacapital.com.br/sociedade/morre-aos-88-anos-millor-fernandes-desenhista-e-escritor/
28 nar. / 2012 - Morreu na noite da terça-feira 27 o escritor, jornalista, chargista, tradutor e dramaturgo carioca Millôr Fernandes, vítima de falência múltipla dos orgãos. Ele tinha 88 anos. Ele estava em sua casa em Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro (RJ).
Milton Fernandes – posteriormente adotaria o apelido “Millôr” – foi um dos grandes nomes da imprensa carioca e brasileira do século XX. Começou a trabalhar aos 14 anos como contínuo na revista “O Cruzeiro”, a mais importante da primeira metade dos anos 1900. Posteriormente passou a trabalhar na revista “A Cigarra”, , sob o pseudônimo de Vão Gogol. Colaborava com publicações de histórias em quadrinhos.
Autoditada, passou a traduzir, nos anos 1940, livros do inglês. Retornaria à revista “O Cruzeiro”, desta vez como jornalista. Millôr passou também a trabalhar profissionalmente com caricaturas, que fizeram parte de sua marca até o fim da vida.
Nos anos 1960 escreveu sua primeira peça teatral: “Flavia, cabeça, tronco e membros”, e nos anos seguintes apresentaria o “Jornal da Vanguarda” na tevê Record, ao lado de Stanislaw Ponte Preta. A partir de 1968 passou a colaborar com a revista Veja, sob a direção de Mino Carta. Um ano depois, passou a ser, ao lado de Ziraldo, Jaguar e Fausto Wolff, um dos nomes que fizeram a fama do jornal O Pasquim, bastião do combate à ditadura.
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Nos anos seguintes, tornou-se o principal tradutor de Shakespeare no Brasil. Destacou-se pela crônica em revistas e por uma vasta produção teatral. Entre suas obras no teatro se destacam Um elefante no caos ou Jornal do Brasil ou, sobretudo, Por que me ufano do meu país (1962), Pigmaleoa (1965) e Os orfãos de Jânio (1979). Escreveu também em prosa, onde se destacam Todo homem é minha caça (1981), Humor nos tempos do Collor (com Luiz Fernando Veríssimo e Jô Soares, 1992).
Millôr Fernandes sofreu um AVC em fevereiro de 2011. Deixa dois filhos, Ivan e Paula, e um neto.
1923-2012
Morre aos 88 anos o jornalista, chargista e escritor Millôr Fernandes
http://www.cartacapital.com.br/sociedade/morre-aos-88-anos-millor-fernandes-desenhista-e-escritor/
28 nar. / 2012 - Morreu na noite da terça-feira 27 o escritor, jornalista, chargista, tradutor e dramaturgo carioca Millôr Fernandes, vítima de falência múltipla dos orgãos. Ele tinha 88 anos. Ele estava em sua casa em Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro (RJ).
Milton Fernandes – posteriormente adotaria o apelido “Millôr” – foi um dos grandes nomes da imprensa carioca e brasileira do século XX. Começou a trabalhar aos 14 anos como contínuo na revista “O Cruzeiro”, a mais importante da primeira metade dos anos 1900. Posteriormente passou a trabalhar na revista “A Cigarra”, , sob o pseudônimo de Vão Gogol. Colaborava com publicações de histórias em quadrinhos.
Autoditada, passou a traduzir, nos anos 1940, livros do inglês. Retornaria à revista “O Cruzeiro”, desta vez como jornalista. Millôr passou também a trabalhar profissionalmente com caricaturas, que fizeram parte de sua marca até o fim da vida.
Nos anos 1960 escreveu sua primeira peça teatral: “Flavia, cabeça, tronco e membros”, e nos anos seguintes apresentaria o “Jornal da Vanguarda” na tevê Record, ao lado de Stanislaw Ponte Preta. A partir de 1968 passou a colaborar com a revista Veja, sob a direção de Mino Carta. Um ano depois, passou a ser, ao lado de Ziraldo, Jaguar e Fausto Wolff, um dos nomes que fizeram a fama do jornal O Pasquim, bastião do combate à ditadura.
Nos anos seguintes, tornou-se o principal tradutor de Shakespeare no Brasil. Destacou-se pela crônica em revistas e por uma vasta produção teatral. Entre suas obras no teatro se destacam Um elefante no caos ou Jornal do Brasil ou, sobretudo, Por que me ufano do meu país (1962), Pigmaleoa (1965) e Os orfãos de Jânio (1979). Escreveu também em prosa, onde se destacam Todo homem é minha caça (1981), Humor nos tempos do Collor (com Luiz Fernando Veríssimo e Jô Soares, 1992).
Millôr Fernandes sofreu um AVC em fevereiro de 2011. Deixa dois filhos, Ivan e Paula, e um neto.
Arquivos Do Próprio Bo$o
Millôr Fernandes recebe alta de hospital na Zona Sul do Rio
A pedido da família, assessoria do hospital não informou quando alta foi dada.
Escritor carioca estava internado desde junho na Casa de Saúde São José.
Do G1 RJ
O escritor Millôr Fernandes fotografado em seu
apartamento em Ipanema em setembro de 2007
(Foto: Marcos de Paula/AE)
16 nov. / 2011 - O escritor carioca Millôr Fernandes recebeu alta da Casa de Saúde São José, no Humaitá, Zona Sul do Rio, onde estava internado. Procurada pelo G1 nesta quarta-feira (16), a assessoria do hospital não detalhou o motivo da internação nem quando o escritor recebeu alta, a pedido da família.
Millôr estava internado desde o final de junho, quando retornou à casa de saúde apenas 48 horas depois de ter recebido alta de uma internação de cinco meses.
O escritor havia sido inicialmente internado na Clínica São Vicente, na Gávea, também na Zona Sul, no dia 7 de fevereiro, mas foi transferido para a São José, de onde foi liberado na última terça (28).
Escritor, jornalista, desenhista, dramaturgo e artista autodidata, Millôr, de 86 anos, começou a colaborar com a revista "O Cruzeiro" aos 14 anos, conciliando as tarefas de tradutor, jornalista e autor de teatro. No final dos anos 1960, tornou-se um dos fundadores do jornal "O Pasquim", reconhecido por seu papel de oposição ao regime militar.
Escreveu nos anos seguintes diversos tipos de peças e se tornou o principal tradutor das obras de William Shakespeare no país.
Atualmente ele mantém um site pessoal em que escreve textos de humor e cartuns, além de reunir seus trabalhos dos últimos 50 anos. Seu perfil no Twitter conta com mais de 285 mil seguidores.