TELA DE ROY LICHTENSTEIN FURTADA É DEVOLVIDA À DONA APÓS 42 ANOS (2012)
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Tela de Roy Lichtenstein furtada é devolvida à dona após 42 anos
Quadro avaliado em US$ 4 milhões foi comprado na década de 1960 por US$ 750
REUTERS
Publicado: 17/10/12
Barbara Castelli ao lado da tela de Roy Lichtenstein
BRENDAN MCDERMID / REUTERS
NOVA YORK - Uma tela de Roy Lichtenstein que foi furtada, passou 42 anos desaparecida e está atualmente avaliada em US$ 4 milhões foi devolvida nesta terça-feira à viúva de um marchand que havia adquirido a obra por US$ 750 na década de 1960.
A pintura desapareceu depois que o marchand Leo Castelli, de Nova York, a mandou para uma limpeza, em 1971, disse a viúva dele, Barbara, em entrevista coletiva nesta terça-feira, num evento no qual promotores federais e agentes do FBI lhe entregaram a tela.
"Ele se lembrava dela e não sabia aonde tinha ido parar", afirmou a mulher, que agora pretende pendurar a pintura em sua casa.
Leo Castelli promoveu a primeira exposição individual de Lichtenstein, em 1962, segundo a galeria dele, e mais tarde o marchand adquiriu a obra Electric Cord, que mostra um fio elétrico preto, enrolado, sobre um fundo branco.
Autoridades federais dizem que Castelli enviou a obra para o restaurador Daniel Goldreyer em janeiro de 1971, e que um empregado aparentemente guardou a pintura em seu armário, onde ela permaneceu até 2009, quando Goldreyer morreu, disse o procurador dos Estados Unidos, Preet Bharara.
A viúva de Goldreyer, Sally, disse a investigadores que o empregado lhe pediu para vender a obra em nome dele. Sem saber que era furtada, ela aceitou vendê-la para uma galeria da Colômbia.
Em junho, um comprador contatou a Fundação Roy Lichtenstein para obter ajuda na autenticação da obra, que segundo esse comprador estava guardada em um depósito de Nova York. A fundação entrou em contato com Castelli, que chamou as autoridades.
Barbara não quis comentar sua negociação com Goldreyer, mas disse que seu escritório estava preparado para "tomar uma ação real" contra ela.
A diretora interina da divisão criminal do FBI em Nova York, Belle Chen, disse que "mesmo quando não há nenhum crime sendo apontado, a experiência do FBI pode ser valiosa em assegurar que obras de arte terminem com seus donos legítimos".
O FBI tem uma equipe dedicada a obras de arte roubadas, inclusive com uma lista dos "dez mais", semelhante às listas de bandidos mais procurados.
Crimes atualmente sob investigação nessa lista incluem um roubo de 2002 no Museu Van Gogh, em Amsterdã, avaliado em 30 milhões de dólares, e o furto de uma obra do francês Pierre Auguste Renoir, levada de uma casa de Houston em 2011.
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