LYGIA PAPE: UMA MULTIDÃO DE FORMAS

 Coleção de 15 mil gravações dos Rolling Stones é doada a universidade alemã

 STONES APTO
Uma coleção de objetos relacionados aos Rolling Stones foi doada à Universidade de Freiburg
 

Em Berlim (Alemanha) - https://musica.uol.com.br/noticias/efe/2017/03/27/colecao-de-15-mil-gravacoes-dos-rolling-stones-e-doada-a-universidade-alema.htm

27 mar. / 2017 - A Universidade de Freiburg (sudoeste da Alemanha) recebeu a doação de uma coleção com 15 mil gravações dos Rolling Stones, além de dezenas de milhares de objetos, livros, artigos de imprensa e cartas relacionadas ao grupo britânico.

A doação foi realizada pela família do advogado Reinhold Karpp (1946-2012), que colecionou itens da banda durante cinco décadas, informou nesta segunda-feira (27) o Centro de Cultura Popular e Música (ZPKM), adjunto à Universidade de Freiburg.

Os documentos serão arquivados e classificados em Freiburg, e nos próximos anos o público poderá ter acesso ao material.

Karpp guardava sua coleção em sua casa, perto de Bonn (oeste da Alemanha), e após sua morte os objetos foram herdados por sua família.

Freiburg será a primeira universidade do mundo com um arquivo dos Rolling Stones, segundo o ZPKM, que foi fundado em 2014 a partir do arquivo da canção popular tradicional alemã (Deutsche Volkslieder Archiv), que teve sua origem um século antes.

A ideia visa renovar a tradição desse arquivo e dar a ele um critério mais amplo, que leva em conta também a cultura popular internacional.

 

Mostra em Nova York celebra a diversidade da arte de Lygia Pape
Maurício Cirne/Divulgação
 
lygia pape pinacoteca 02
'O Ovo' (1967), performance de Lygia Pape que tem registro na exposição em NY

MARCOS AUGUSTO GONÇALVES
DE NOVA YORK - http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2017/03/1868594-mostra-em-nova-york-celebra-a-diversidade-da-arte-de-lygia-pape.shtml

22 mar. / 2017 - "Lygia Pape trabalhou com uma grande variedade de meios, desde escultura, gravura e pintura até instalação, fotografia, performance e cinema; essa é uma característica que a distingue e que está presente na exposição", diz a curadora Iria Candela, enquanto caminhamos pelo andar do Met Breuer onde a brasileira ganhou uma ampla panorâmica de seu trabalho.

O Met Breuer, que apresenta a mostra até 23/7, é um braço do Metropolitan voltado para arte moderna e contemporânea —e ocupa a antiga sede do Whitney, projetada pelo arquiteto e designer Marcel Breuer, uma lenda da Bauhaus. Pape, segundo sua filha Paula, gostava do prédio e ficaria feliz se pudesse ver suas obras ali expostas.

Lygia Pape: Uma Multidão de Formas é o título dessa primeira exposição americana dedicada à obra da artista de vanguarda que nasceu em Nova Friburgo (RJ), em 1927, e viveu e trabalhou no Rio, onde morreu em 2004.

Pape faz parte de uma geração de artistas que o crítico Paulo Sérgio Duarte definiu como uma espécie de "Machado coletivo", um grupo que teria representado para a arte brasileira papel análogo ao do autor de Dom Casmurro para a literatura.

Duarte faz referência ao conjunto de experimentações que aconteceram no pós-Guerra, particularmente a partir do início da década de 50, com a absorção do abstracionismo geométrico europeu e sua rica trajetória de aclimatação ao trópico.

Esse processo, que ocorreu também, com características próprias, em países vizinhos, como Argentina e Uruguai, deixou sua marca de criatividade e concisão no Brasil.

Lygia Pape foi uma das artistas que levaram adiante esses desdobramentos de maneira original e arrojada.

Com seus exercícios geométricos iniciais, influenciados pelo vanguardismo russo de Kazimir Malevich, passou pelo concretismo e, a seguir, aderiu ao Manifesto Neoconcreto em 1959.

TRANSMÍDIA

Na década de 60, em sintonia com os novos tempos —e na linha de seus colegas Hélio Oiticica e Lygia Clark—, foi em busca de uma arte que queria se abrir para o espaço e interagir com o espectador.

Também dedicou-se ao cinema, com uma série de filmes curtos, muitos em favelas do Rio, e cartazes, como o que fez para "Vidas Secas", de Nelson Pereira dos Santos. Criou ainda embalagens para os biscoitos Piraquê.

Candela acredita que Pape foi encorpando ao longo do tempo o projeto de uma "artista-inventora transmídia".

"Ela resistiu a aderir a um meio ou estilo específico e perseguiu incansavelmente uma imagem político-poética que correria o risco de inventar uma arte além do objeto", afirma a curadora, ressaltando a crescente aproximação entre vida e obra no percurso da artista.

Dois trabalhos icônicos destacam-se no notável conjunto reunido pela mostra. Na noite de abertura, ninguém ficava indiferente à instalação Tteia 1 C (1976-2004), com sua simplicidade imponente construída em planos de fio de ouro que atravessam, iluminados, um espaço em penumbra, cujo fundo não se vê.

A obra, que arrancou elogios até da ascensorista de um dos elevadores do museu (achou "incrível"), foi um dos destaques da Bienal de Veneza, em 2009, e pode ser vista também em Inhotim.

A outra grande atração é a performance Divisor, de 1968, reencenada algumas vezes no Brasil -e também na Espanha, onde Pape ganhou uma exposição no centro Reina Sofía, em 2011.

Trata-se um extenso lençol branco que encobre pessoas em movimento, deixando-as apenas com as cabeças de fora. A imagem principal da mostra, que recebe, agigantada, os visitantes no quarto andar do Met Breuer é justamente uma foto da versão de Divisor realizada com crianças, em 1990, no Museu de Arte Moderna do Rio.

No sábado, vai ser a vez de Nova York entrar na folia: pela manhã, a performance parte do Met Breuer e percorre as oito quadras que o separam do Metropolitan.

Livro retrata contribuição das mulheres na história do País

Mulheres na história

Lygya livro
Os textos selecionados buscam desconstruir preconceitos que restringiram a presença das mulheres na história

por Portal Brasil/http://www.brasil.gov.br/cultura/2017/03/livro-retrata-contribuicao-das-mulheres-na-historia-do-pais

Divulgação/Ibram

10 mar. / 2017 - Lançado nesta sexta-feira (10), em Recife (PE), o livro Memória Feminina: Mulheres na história, história de mulheres homenageia brasileiras que contribuíram e contribuem para a construção da história e da cultura do País. A publicação é fruto de uma parceria entre o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e a Fundação Joaquim Nabuco.

A obra reúne uma seleção sobre 18 mulheres de diversas áreas (música, jornalismo, artes plásticas, ativismo político, ciências, proteção do patrimônio, luta pela igualdade de gênero), das mais variadas regiões do Brasil, cujas contribuições se encontram, em sua maioria, representadas em museus e espaços de memória.

A versão on-line da obra está disponível gratuitamente para download no site do Ibram.

Homenagem

A ideia de homenagear o público feminino envolvendo museus foi definida durante reunião do Comitê Intergovernamental do Programa Ibermuseus, ocorrida em Lisboa (Portugal), em outubro de 2014.

A proposta resultou no catálogo virtual La memoria feminina – Mujeres en la historia, historia de mujeres, primeira iniciativa de museus da comunidade Iberoamericana voltada à criação de diálogos multidisciplinares e narrativos sobre o patrimônio cultural na perspectiva de gênero.

Gênero e memória

Escritos por pesquisadores de diversas instituições, os textos selecionados buscam desconstruir preconceitos que restringiram a presença das mulheres em nossa História, retratando brasileiras com origens e trajetórias tão diversas quanto Lygia Pape, Lia de Itamaracá, Dona Santa e Mãe Biu.

“A atual publicação surgiu da necessidade de ampliar ainda mais o material produzido para o catálogo”, explica a antropóloga Maria Elisabete Arruda de Assis, diretora do Museu da Abolição, que organizou a publicação em parceria com a museóloga Taís Valente dos Santos, também vinculada ao Ibram.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Ibram

 

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