DE BANKSY PARA OSCAR WILDE (2021)
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O GLOBO
Arte em muro de prisão atribuída a Banksy vira atração na Inglaterra
Obra foi feita na cidade de Reading, no Sul do país, e pode ser homenagem a Oscar Wilde
02/03/2021 - 15:00 / Atualizado em 02/03/2021 - 15:04
Obra mostra um prisioneiro, possivelmente parecido com o famoso detento Oscar Wilde, escapando em uma corda amarrada a uma máquina de escrever. O trabalho ainda não foi reivindicado por Banksy Foto: BEN STANSALL / AFP
RIO - Um mural feito na parede de uma antiga prisão em Reading, na Inglaterra, que seria do famoso artista de rua Banksy, tem atraído turistas ao local. A obra retrata a fuga de um prisioneiro através de um corda, feita do que parecem ser folhas de papel amarradas a uma máquina de escrever. Apesar de a autoria ainda não ser confirmada, o estilo tem levantado as suspeitas de que seria mesmo de Banksy.
A Prisão HM Reading, no Sul da Inglaterra, fica a cerca de 1h30 de Londres. Foi lá onde esteve encarcerado o poeta irlandês Oscar Wilde, e muitos acreditam que a obra seria uma homenagem ao artista, que ficou detido por dois anos, a partir de 1895. Ele foi condenado por uma lei da época usada para prender homossexuais.
Obra mostra um prisioneiro, possivelmente parecido com o famoso detento Oscar Wilde, escapando em uma corda amarrada a uma máquina de escrever. O trabalho ainda não foi reivindicado por Banksy Foto: BEN STANSALL / AFP
O poema de Wilde de 1898, "The Ballad of Reading Gaol", é uma reflexão sobre seu tempo ali. Na época, o local se chamava "Reading Gaol". A prisão fechou em 2013.
A obra tem atraído turistas desde que foi vista pela primeira vez, na manhã de segunda (1/3). Banksy costuma postar fotos de seu trabalho no Instagram para confirmar que são dele, mas esta ainda não apareceu nas redes sociais do artista.
O seu último trabalho confirmado foi uma pintura que mostrava uma mulher de aparência idosa espirrando, sua dentadura voando para o alto, feita na lateral de uma casa em Bristol, também na Inglaterra.
No way out ... A prison cell. Photograph: Martin Argles/Guardian
There's only room for a short extract, but you can read the whole poem here:
With slouch and swing around the ring
We trod the Fools' Parade!
We did not care: we knew we were
The Devils' Own Brigade:
And shaven head and feet of lead
Make a merry masquerade.
We tore the tarry rope to shreds
With blunt and bleeding nails;
We rubbed the doors, and scrubbed the floors,
And cleaned the shining rails:
And, rank by rank, we soaped the plank,
And clattered with the pails.
We sewed the sacks, we broke the stones,
We turned the dusty drill:
We banged the tins, and bawled the hymns,
And sweated on the mill:
But in the heart of every man
Terror was lying still.
So still it lay that every day
Crawled like a weed-clogged wave:
And we forgot the bitter lot
That waits for fool and knave,
Till once, as we tramped in from work,
We passed an open grave.
With yawning mouth the horrid hole
Gaped for a living thing;
The very mud cried out for blood
To the thirsty asphalt ring:
And we knew that ere one dawn grew fair
Some prisoner had to swing.
Right in we went, with soul intent
On Death and Dread and Doom:
The hangman, with his little bag,
Went shuffling through the gloom:
And each man trembled as he crept
Into his numbered tomb.