Luiz Carlos Maciel – filosofia e vanguarda

Aderbal Freire-Filho conversa com um artista e filósofo brasileiro que atua na vanguarda da cultura brasileira desde os anos 60.

 

Aderbal Freire-Filho e Luiz Carlos Maciel

O gaúcho Luiz Carlos Maciel influenciou desde Glauber Rocha em seus primeiros curtas na Bahia, passando por José Celso Martinez Correa e o Teatro Oficina, até a teledramaturgia dos anos 70 e 80, onde exerceu papel fundamental na elaboração e profissionalização do setor.

À frente de concorridas aulas de roteiro por muitos anos, Maciel publicou o livro O Poder do Clímax, hoje esgotadíssimo, que traz um prefácio do diretor Daniel Filho. Nele, consagra o status de Maciel como guru da teledramaturgia. Para o escritor Ruy Castro, Maciel vai ter sempre que carregar o título de "Guru da Contracultura", pois foi sua coluna no semanário Pasquim, chamada Underground, que mais divulgou as ideias dos hippies, beatnicks e demais transgressores no Brasil.

Maciel se considera um filósofo. "Sempre gostei de teatro, de poesia e de filosofia, desde adolescente. Mas tive que viver a vida inteira pra descobrir que não havia incompatibilidade nenhuma entre as três, que eram irmãs, e sempre as fiz", relata. "Como filósofo, brinco com as ideias, como se fosse uma criança. As ideias me divertem (…) Sempre lutei pra ser um homem livre, não quero me escravizar a nenhum esquema, a liberdade é que é o fundamento de tudo", conclui.

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