RICARDO CORREIA DA SILVA, MAIS UM RECOMEÇO DO FILHO DE ARARAQUARA, E O INESPERADO FIM, AINDA EM 2017
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FOTO DE LUIS BADONA_2014
"Tem sentimento e expressão essa foto! Caminhando com uma imponência, mas ao mesmo tempo sem rumo!" (DRY CAMPHOS)
TRECHO 2
“’Eu conheço a Mona de Paris.’ É a mensagem que Gabriella da Silva Lia deixa na caixa de comentários da matéria sobre Ricardo. A mona de Paris, imagino, é Babette. O amor da vida de Ricardo, que não consegui encontrar. O maior furo na narrativa da história dele. Escrevo para Gabriella, perguntando se ela pode contar mais, mas não obtenho resposta.
Uma semana depois, outra mensagem chega à caixa de entrada do meu Facebook. Alexandra, uma paraibana que mora em Paris, diz que tem uma pessoa para apresentar e pede meu número de telefone. Dou. Ela manda por WhatsApp mensagens na madrugada de uma sexta: ‘Nunca conheci o Ricardo, mas ouvia falar dele. Quero te mostrar uns áudios de hoje. Ela me autorizou a passar para você’.
Ela então envia gravações de uma voz feminina que diz: ‘Salut, Alê! Ouvi falar dessa matéria. Estou aqui almoçando, numa correria. Cansadíssima!’.
Desconfio que seja Babette, que morou com Ricardo quando ainda era conhecida por Vagner. Pergunto para Alexandra: ‘É o Vagner?’. Ela diz que sim. ‘O Vagner hoje é Vânia.’
Vânia Munhoz, que por oito anos namorou Ricardo, quando ainda se chamava Vagner, existe. Está viva e em Paris. E ainda não leu a matéria. “Vou dar uma olhada assim que tiver um tempinho”, ela promete na mensagem de áudio transmitida por Alexandra.
Dois dias depois, Vânia me adiciona no Facebook.”