"ONDE ANDA RAONI, ANDA STING"
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26 fev. / 2020 – O pau que tora, arde. A mais promissora das assertivas de hoje foi "existem grandes possibilidades de pessoas vierem a falecer". Encerra a tampa do caixão. Facebook é um país triste e violento que eu não quero. #Elenão, blefa outra vez e a indignação transborda como numa enchente de janeiro, de fevereiro no Rio no nordeste em BH. Somos uma nação de borriquitos, outra assertiva chamou-me a atenção "eu avisei que não vou fazer nada" muito mais sincero do que os escribas vegetais dos blogs, logo pela manhã empenhados em codificar suas fake news do café impróprio e amargo numa quarta-feira de cinzas. Uns se dizem espertos, outros cultivam o aumento do dólar. Huk foi desmascarado, agenciador desde a infância, mas o eleitor vê nele o nariz que cheira a coca que não é nunca o dele. Lutei por um Facebook mehor trouxe fotos, documentos e tiras hilárias. Talvez sejam as cinzas cheiradas do pai de Keith Richards.
Sinto falta do Guismarães foi o primeiro carnaval sem ele. Acho que só me solidifico com som.
O carnaval emergencial de Brasília foi lindo, foi na contramão com Vera Lúcia, como madrinha de frente. Nem sei se vou continuar a abortar o Facebook, me permiti ser invadido por anúncios de um covil de gente morta. Não tentem me vender nada, pois ando vermelho.
O pior de tudo é que passei a ouvir jazz, não confie em um roqueiro a caminho de embranquecer os cabelos, que não usa tinta e gostaria que você estivesse aqui.
Sentada na calçada atrás de um carro, ela abriu as pernas e urinou, a força do seu mijo lavou a rua, senti a catinga de bode, foi o lance mais vigoroso do carnaval, depois eu procurei uma árvore com a minha tromba mole, decrépita.
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DE MEMÓRIA GRÁTIS – prezado Rei Lagarto se eu lesse as suas postagens com certeza, o poema traduzido de Nina Simone foi demoniacamente necessário e me deixaria menos pontiagudo.
MEMÓRIA 2 – Este número 1 do cap. América, li na época, foi quando encontrei o Esquadrão Serpente, foi impactante, até hoje presto atenção quando eles aparecem na história do herói embandeirado. Como o gibi me ressurgiu? – Lá no Conic, na Kingdom Come fui onde ficavam as importadas e algumas de formatinhos e o gibi estava lá. O peguei e considerei roubá-lo com medo que o vendedor falasse – Não está à venda. Fui ao caixa, foram 2 e 50 centavos, nem acreditei. Eles não sabiam do que estavam vendendo – eis a sorte.
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Agarrado a capa do disco, larguei em disparada gritando: – Mr. Gordon! Mr. Gordon! Ele virou e me olhou e eu vi que a cor imaginada por mim, que os seus olhos fossem azuis, caiu na real, os olhos de Sting, são verdes. Outra lenda: ele não estava com os jeans cortados na altura dos joelhos, usava roupa de alpinista cor militar da bermuda e do tênis de cano alto e estava sem óculos. Era perto das onze. No meu inglês macarrônico: – Please, give a time! Aí, eles falaram alguma coisa familiar - Ah, vocês são brasileiros, então entendem. Era a comitiva da Funai acompanhando o cantor, para mim eram as mais lindas estagiárias-universitárias. Sting abraçava o auge do sucesso, tinha filmado, e tinha saído o segundo solo onde aparece um close em preto e branco luxuoso bem diferente daquele cara vestido de maneira acessível. Ainda ao sabor macarrônico do inglês: – Please sign my record. Sting respondeu: - Nada como o show bussines, um disco meu aqui.
Eu experimentei uma reação da plateia mais quente em relação a mim do que a ele. Ao descobrir Sting, a praça toda de dia, de manhã em dia de semana caiu em cima dele. Serginho Vagabundo, perguntou a meu pai: – O Mário fala inglês? Meu pai respondeu que não sabia. Os meninos do material de construção, Casarão avançaram em minha direção, pegaram dois pedaços de durex e fixaram em cima do autógrafo de Sting, que assina numa das pernas pulando no palco. Mário, você tinha discos do Police? Jamais tive, só ouvia na rádio. Até hoje eu ainda quero o LP Synchronicity. Depois, contarei como Sting veio parar na quadra da QE 32, no Guará em 1989 e quem me deu o toque de: "Onde anda Raoni, anda Sting"