Mulheres que escrevem

Somos dois safados: eu conheci novas lambidas

por Elza Komanchine

Havia marcado um encontro com ele. Sentia-me mais forte, mais poderosa. Um detalhezinho fazia tanta diferença! A mulher é feita de detalhes.

O espelho me dizia, batendo palmas, assim mesmo viado: divina! gostosa! absoluta!! E eu acreditava nesses berrinhos.

Estava mesmo podendo!!

Uma última conferida na roupa.

Vestido displicentemente simples, mas marcava os seios. Sem vulgaridade, sugeria, mas não explicitava. Manter o mistério, manter o mistério era o segredo. O tecido mole da roupa modelava as pernas, se abaixasse assim, ou assim, meio de lado, dava pra ver o começo do bico do peito. Queria ser uma maravilha de tentações. Maquiagem...ok... cabelo... divino! Só lavou e deixou secar. Aliás, salão de beleza é a sala de tortura moderna. Quanto sofrimento para se parecer bonita!

O relógio escorrega as horas e começa a suar. Péssimo. Suar antes da hora é péssimo. Liga o ventilador e fica correndo atrás do sentido do vento, perseguindo o frescor. Pra lá e pra cá. Bosta, tá despenteando o cabelo...bem... ficou assim meio selvagem...tá bom...

Quando o WhatsApp apita, o coração pula, a pulsação aumenta. Controle, controle. Respirar, um dois, um dois, centrar... equilibrar.. .fingir... o famoso ar blasé... ele chegou.

Contra a luz do corredor ele fica ainda maior. Meu Deus, que homem é esse? Queria pular em cima dele logo, dando um beijão daqueles assim, sem mais nem menos... é... mas, deve assustar o moço... deixa ele dar o primeiro passo. Ai, dá pra sentir o negócio dele. Mas que se foda! Agarra ele de uma vez, quase derruba porque ele não esperava, cambaleando, tropeça no sofá e desarruma a mesinha de centro. Ai, Meu Deus, agora não dá mais pra manter a compostura... puxa o pescoço e coloca a língua dentro da boca dele... chupa a língua e quando percebe, tá gemendo. A mão dele sobe na coxa, aperta a bunda... as mãos... elas estão subindo e quase pegam os seios, pega os seios, porra, agarra meu peito. Diabos, desceu de novo... esfrega a mão por dentro da camisa, os pelos são macios, muitos, vários, que peito é esse? Cadê o bico do peito? Aqui... tá aqui... a língua no bico do peito dele, chupa, lambe. Ele geme. A camisa já saiu de dentro da calça, cadê o botão da calça, quem é que inventou uma casa de botão tão apertada?... finalmente, o pinto aparece, saindo acima da cueca, lindo, duro, liso... um pinto duro é sempre um afrodisíaco natural. Arranca a calça de uma vez e junto já tira a cueca, puxa a camisa pelo pescoço. Que lindo é um homem de braço pro alto, os músculos brilhando... tá nu, pelado, de meias e sapato... aiii, enfiou a mão por debaixo do vestido... arranca a calcinha... rasga a calcinha que custou os olhos da cara, nem deu para mostrar direito... a mão grande aperta e descobre a xoxota molhada, escorregadia. Abrindo as pernas, venha, deitada com as pernas abertas, ela ofere os segredos. Vem... venha... ele tira o resto da roupa. Lambe os peitos, lambe cada biquinho, não sabia se ria ou se gemia, a mão esfregava a pele e ela gemia, vem, vem logo... aqui... entre as pernas tá quente... põe a língua, lambe... e ele, nem aí, a atenção voltada para o rosto dela. "Eu vou dar um chute na boca desse cara se ele não vier logo!"... De repente, abre as pernas dela e cola a boca na carne quente e úmida. ahh, aaaahhhhhh... ai... Esse cara deve ter sido criado em puteiro! Vai chupar bem assim na casa do caralho. Vou gozar, se ele continuar assim, eu vou gozar... ei!!! Onde você vai??? Agora não... volte aqui... o quê? Quer que eu te chupe também? O pau dele brilha. Um cobra de luz. Um boitatá do sexo... as leis da felação... não morder, não arranhar com dentes, uma mão segura e a língua passeia, a mão aperta... Ritmo é tudo...

mexer ... A língua segue pra baixo...

Depois eu pedi pra ele meter tudo... uma, duas vezes e gozei... como se não houvesse amanhã.

)Elza Komanchine(