Rock Jam Sessions é assim, ele explode! (2021)
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Tivemos a maior satisfação remunerada em viver com este cabra, para aprender que o tempo nunca é suficiente
Esta, foi no dia 23 DE MAIO DE 2013. Foi quando surgiu uma nova era, foi quando Julimar começou a grafitar a casa. Foi quando tínhamos a banda mais barra da cidade, a Stoner Babe e no dia seguinte (24) dia do meu aniversário, um sábado, abriu para Serguei, em Luziânia, durante o Sarau Psicodélico.
O retrato de Henrique Ferrera, capta a artimanha de Ricardo Retz. Olhe para a capa do disco! Retz atormentou os vizinhos tocando Cabeduro e Stooges. O interfone tocou duas vezes, pedindo o fim do baile, eram 3 da madrugada. Retz sempre pagou pelos meus livros e trouxe a caixinha de cervejas e de surpresas. Note que ele esta acompanhado do lendário caixote de discos podres. Quando ele comprou o COISA DE FÃ, a primeira coisa que procurou foi pela sua foto e se eu falava muito sobre ele. Falei resumidamente, mas randomicamente. COISA DE FÃ tinha uma boa entrevista com ele, porém assim como outras foram descartadas quando temos que expremer espinhas de peixe para chegar nas 424 páginas. Agora, nos resta a nossa hora de atravessar para o celestial. Não é nostalgia, é que as fotos ressurgem no mês do aniversário.
18 DE JUNHO DE 2021
SOBE UM TOM
DJ Feira nos disse que é tudo farinha do mesmo saco
Dilema do emprestimo: será o Dinheiro um fardo?
Julimar, Secretário De Cultura e também grafieteiro
Velho Ataide Cavalcante, a gente se diverte com a sua inspiradora lembrança de nossos atos despirocados
Como é interessante, Julimar, como a história assume um outro roteiro diante de olhos alheios. Em vista, ontem nos seus murais a história que brotou da sua laringe era diferente e mais rica do que a história naquela hora dentro do meu cérebro.
Os tempos eram fortes, mandávamos balas, uma verdadeira artilharia de rock'n'roll. Quem viveu, foi picado e tatuado em nossas almas.
PARA OS QUE ENCHEM O SACO
O rock morreu! Eu nem iria comentar esta foto que ressurgiu ontem em lembranças ou fatos ocorridos. Vejo a Rosângela, no cantinho: ela sempre presente e acompanhando o que acontecia na casa dela. Este foi um rock surpresa, na marra. Sequestrei os caras e antes deles partirem para Olhos D'Água fizeram uma jam de arrepiar. Rosângela levou o rock consigo. Ela bancou o rock por 25 anos e elevou o padrão artístico e existencial. Não me vejo aleatoriamente reunindo um cast de bandas para tocar. Não me vejo abrindo portões e recebendo malucos dos quatro cantos da cidade. Não quero saber de antagonismo e bandas atrasadas querendo tocar na mesma hora. Sempre o maior antiprofissionalismo mundano. Tocar tem o seu lado místico. Tem a contrapartida. O concerto tem que ser libertário. DO PRÓPRIO BOL$O não é uma bosta que pega dinheiro do Fac para limpar o próprio rabo. E nem pede favor. Toca aquele que faz louvor à música, ao talento e não tem obrigação de abrigar ideia de doido
Eu sou materialista de guardar caixinhas, coisinhas. A camiseta que Rosângela veste é da Janis Joplin. A camiseta foi feita por Edvar Ribeiro. É um desenho inspirado. - Rosângela, cadê a camiseta da Janis? - Emprestei e não me devovleram! Ela usou a camiseta por anos. Não era relevante materialmente e como sempre: - Ei, cadê a camiseta kkk. Mário não deixa passar batido e ao longo dos anos nos desfazemos de várias camisetas. Assim a camiseta de Janis voou para Olhos D'Água!
Nunca fui empresário. Não me considero produtor. Sou arquivista e quando é estritamente necessário dou pitacos em produções. Quando me dão oportunidade, me empenho em fazer o papel escalado. Gosto de dar entrevistas e quando o arguento é ruim, eu mesmo faço a entrevista. Algumas vezes, já falo: quando é que poderemos começar a beber? Estamos aqui para beber. Falar do dinheiro não é comigo. O artista já fica grilado. No máximo, posso pagar por uma rodada de cerveja. Assim foram erigidas grandes amizades. Artistas são os bons de copo e pronto. Certa vez, para quebrar o clima, falei "Vocês vão lá. Sobem no palco. E fazem um número para enganar os fãs." O tempo fechou. O artista foi ríspido: "Eu não faço mais isso!" Depois dele ver a estrutura do palco. Relaxou. Aí, fomos para a churrasqueira. No pedestal, descansava uma Fender creme, tipo country rugindo no amplificador. Nem sabia que o cabra tocava guitarra, pra mim, ele só cantava. Tocou a guitarra num estilo chocante de cromatismo. Respondia à entrevista tocando guitarra! Foi doido. Mais uma vez a mão do destino interviu! Rock é assim, ele se explode!
Quão espírito de porco, estou hoje. Lá na Cidadela, depois das 5, faz um frio de arrepiar. Essa é a hora das visitas ao túmulo, tipo cemitério. Com aquele frio e à noite não dá para fazer nada. Estou de ressaca. Trabalhei essa semana como jaca. Tomei latinhas, restou uma e a ressaca. Não é mau humor, é urgência. Tô a fim de fazer som. Depois que Titi sumiu, nunca mais tivemos um som decente! Walter venha tocar o blues, sem pressa. Mate a família e venha tocar. Seu Julimar, depois das 14 horas é uma boa hora para pintar. Boto um som. Vamos tocar!