ANGELO MACARIUS: SOM DAS ESTRADAS E FEIRAS
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Xodó da Orfrida, novo point cultural-gastronômico
Na noite enluarada, a passear pela praça da QE 19, a varanda de um sobrado nos despertou a atenção – lembrava a silhueta arquitetônica do Teatro Nacional. Dia de sol, descobrimos, contentes, mais que um mais ponto comercial, um novo espaço alternativo, e numa mirada atenta, percebemos, na varanda do primeiro andar, para nossa surpresa, a fachada exibia um delicado painel fotográfico de Patrick Grosner, capturando a magnificência da obra de Athos Bulcão.
O Xodó da Orfrida abriga um misto de restaurante vegetariano, sebo cultural e brechó. O que distingue o local é a qualidade de produtos oferecidos – novos e seminovos em ótimo estado – e expostos com bom gosto e a elegância da simplicidade.
Lá encontramos plantinhas bem cuidadas, livros das mais variadas vertentes editoriais (Imaginário e Caústico Lunar), CDs punk de bandas nordestinas, roupas e bijus.
O atendimento do casal, Léo e Glacy, nos deixa em casa. Jovens empreendedores, cheios de ideias, com diversidade e a sofisticação do sem-cerimônia . Eles prometem em breve um espaço para a videoarte.
Aos sábados, é servida uma deliciosa feijoada vegetariana, vale a pena conferir.
Xodó da Orfrida
QE 19 conjunto J casa 05, Guará 2
Angelo Macarius: som das estradas e feiras
A sonoridade crua e a sua narrativa nos levam a gostar do CD O Andarilho.
Diante das leituras, as estradas nos chegam infinitas. Resta-nos colocar o pé na estrada. Na capa, a encarnação do andarilho remete à carta do tarô, coisas da Índia, do budismo...
Essa é a imagem sonora d’O Andarilho. O som começa no blues da encruzilhada de Robert Johnson e segue como um lampejo pelas feiras, colhendo frutos, sementes germinando, temperando o caldeirão de ritmos.
Das dez faixas, eu escolhi a terceira, “Abismo”. Apesar dos preços salgados da vida e da arte, as coisas são muito boas.
Angelo Macariu promete um novo capítulo...
Ouça O Andarilho no seu streaming favorito.
O que toca no Guará
A curiosidade nos instiga a escutar Fim do Mundo, banda cuja sonoridade arrebatadora e pesada é acompanha por letras distópicas. É contagiante e atual, coisa minimamente nova, personalista, início dos anos 90.
Apesar da crise sanitária, a música está presente. Baratas de Chernobyl despontam como a banda, de batida consistente. A Profans, reggae’n roll do Guará – com som que remete a Rappa, Charlie Brown Jr, e também se achega ao movimento calango – está com dois singles em ponto de bala para sair pelo selo paulista, Musicorama. O trabalho tem o apoio da produtora Bandas de Rock e Estúdio Formiguero (61-984222788).
Da mesma forma destaca-se a Mestre Solar, banda de rock com pegada anos 90, vocal forte, com letras de conteúdo emotivo. E ainda a excelente Talamo, que já dispõe de material formatado.
Desde 2007, a Arqvírus, HC melódico na linha do CPM22, faz conexão BSB/BA.
Pra finalizar, anunciamos que a Manttra e a Desonra lançaram recentemente novos materiais.