– E, A PÍLULA DA PARANOIA? (2021)
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– E, A PÍLULA DA PARANOIA?
Provoca ranger dos dentes e calafrios. Ontem, tomei a terceira pílula. Ela me derrubou
Criada pelo doutor Bedlam de Apokolips, a pílula da paranoia é uma arma química que induz delírios rapidamente em humanos que inalam seus vapores. Bedlam desenvolveu a pílula como um meio de derrotar o Senhor Milagre, desafiando-o a escapar de um prédio comercial fechado cheio de vítimas da pílula da paranoia.
DESCONSIDERAÇÕES
Muito tempo depois da última visita antes da pandemia, fui ao Sebinho e comprei uma HQ vintage, com 45% de desconto sobre o preço de banca, e outros 3 gibis especiais do selo Vertigo, por 2 reais, cada! Foram 24 reais. Ainda neste mês, ganhei uma edição de dois volumes do Senhor Milagre, das mãos e Rodrigo Souves. É meio complicado descrever essa necessidade de comprar e comprar gibis. É como comprar sapatos. Estou de olho em duas revistas de cinema, uma CENA MUDA de 1940, por 18 reais e uma outra importada de 1989, por 15 reais. São dos leilões, que eu tiro a barriga da miséria. Mas, não fique pensando que eu disparo a dar lances ou que sigo um lance até o último segundo. Os preços de revistas e dos LPs estão astronômicos, dos LPs passos longe, uma galáxia de distância. Paguei hoje, (depois de um mês) 25 reais pela revista Pequeno Sheriff, de quadrinhos, de 1950 e uma recente dos anos, 2000 e mais o frete.
Também hoje passei em uma banca na W3 Sul, lá vi um livro do Chico Buarque que apontei. Foi o suficiente para ouvir – Pensei, que estes caras, fossem, legais.
O disc-alerta para ativistas soou. Apesar de conhecer o dono da banca há séculos, eu não iria entrar na fria de falar do contrato fantasmas do secretário. Prefiro o luto pela perda da extasiante, Mila Moreira. Em 4 gibis amassados, cobrou 20 contos.
Retruquei, – Preço de internet. Ih! Foi o suficiente para falar que eu fico anos sem passar na banca. Que eu tenho dinheiro. Que os sebos estão fechando. ETC! Ofereci 20 contos num livro de cartunistas sulamericanos e em um livrinho sobre dona Ivone Lara, desses distribuídos sabe-se a quem. Não rolou. Me despedi: vou consertar o pneu do carro, que foram as 20 pilas, o remendo. O povo tem de entender que diante da arte, a barriga chora mais alto!
HA HA HA (É A RISADA, DO CORINGA PNEUS)
Você não sabe, fui transformado em gibi, pelo lápis do "Doctor" (Sebastião, irmão do falecido Heleidnar, que gostava de ser chamado de Santos, para não ser chamado de Heleidnar). Eu era o Superthin, baseado no filme do Homem-De-Aço, antes dos ácaros, o gibi se perdeu. Porque pensavam que eu iria destruir o protótipo, eu era um esqueleto de armário, tipo o cão com capa, estava mais para o Kripto. Depois, Alexandre, O Terrível me roubou os 3 primeiros números da Heróis Da TV (1979, que hoje um vale 350 pilas) e trocou com Daniel. Houve recentemente uma remota chance de reaver os gibis, mas eu tinha um que vender um milhão de gibis da Turma Da Mônica. Acho que foi por isso que me desapeguei, as histórias eram descontinuadas, repetidas, uma bagunça.
O gibi é formador de opinião, libertador e mestre do português. E outros baratos. Tive coleção de gibi, a vida toda, quando as notas capengavam, as coleções eram desmanchadas. Voltei a colecionar em 1985, depois de doar um lote de gibis a meu primo que nunca me agradeceu. Tinha entrado na de somente ler, mas diante do tamanho reinicial do acúmulo. Decidi recomeçar. Andei pelo Brasil atrás de gibis. O pai da Idália, em Sobradinho, representava o Projeto Mala do livro, me interessei por um livro, ele insistiu para que eu o levasse. Não levei o livro, porque eu não iria devolvé-lo. O pai do Márcio, me deu a coleção dele dos anos 60, da Reader's Digest (onde eu comecei a ler), não levei alguns exemplares, porque não queria pegar de louco, de juntar tudo. Ih, já aconteceram dezenas de lances legais dentro de sebos, e os caras viraram amigos. Porra, os vendedores de sebos, passam uma barra.
Alimentei a gibiteca das Altas Habilidades do Guará 1. Fui receber doações de gibis e brinquedos do Hospital Do Câncer para as Altas Habilidades. Doei a Daniel, filho da Janetinha, um guarda-roupas de gibis. Neste mês, doei uma centena de livros ao condomínio Nova Colina 2, em Sobradinho. – Monte uma biblioteca por lá. No ROCK CRIANÇA, Robson viu alguns gibis e falou que iria levá-los. – Não Senhor. Aí não tem graça, vai levar uma! Recebo livros gibis e CDs do Brasil todo. Tenho em torno de 5 mil gibis. Ninguém nunca viu a gibiteca, cujo nome é Sala Da Justiça, é onde estão os quadros com as figuras dos meus pais. É onde eu revivo a infância. Com todos aqueles gibis que eu desejei. E sei que ainda vou ganhar muitos gibis. Obrigado, Senhor Milagre!
"Esses dois volumes do Tom King são, possivelmente, a melhor história já escrita para o Sr. Milagre." (REI LAGARTO)