mais encarnações do que reencarnações (2022)
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As praças públicas tem que obedcer o estatuto das prefeituras (feito por gente desocupada tipo síndico de prédio). Quando acende-se o cigarro, rapidamente acionam a polícia e agora há a lei. A praça é esvaziada e os bares ao lado, são conviventes e dedo-duros estão nem aí, pois os maconheiros são a grande ameaça ao movimento deles e à paz. E aquela gente que traz o cãozinho para cagar na praça se sente aliviada pelo barulho e pelo estresse. O parque é pequeno e em suas bordas diariamente surgem prédios gigantes desfrutando da vista. Cultura em bar? Só pagando, você não tem público. Na casa alugada, não pode ligar som sem chamar a polícia. E o local, onde são praticados a arte e o lazer e o esporte está sendo entregue de graça. Generosamente, temos 50 anos quer dizer que nós iremos deixar de usar o patrimônio público e outra geração de 20/30 anos nem usará o espaço. Que existe desde 1977. Não sei quantos por cento desta população cultural fuma maconha e se é a desculpa ideal para inviabilizar qualquer reunião de massas. O Brasil é este prato de alumínio que vós tendes mastigado. Uma das vias públicas da pista central servia de estacionamento para os condomínos. Agora que perderam a pista em frente às janelas, eles vão obstruindo outra faixa e restou somente uma pista única, apertada para ônibus caminhões etc. Não consultam os moradores, não há tranparência, placa ou projeto e vão fazendo. Não constroem um estacionamento gigante e vão destruindo tudo. Como é que as coisas ficaram chatas assim e alguns. poucos muito ricos?
Será meu o espaço? Ou alugado. Hoje, estou dramático, na cabeça um som, The Shangri-Las – I Can Never Go Home Anymore. Som de cabaré. Entre 2003/06 montei um site para ver o que acontecia. Desta infeliz 'ezperiência', pensei, estamos fodidos, não há espaço para tocarem aqueles que eu gosto. Foi quando a partir de 2007 abrimos espaço, casa e palco. Zezinho Blues, Lu Blues, Barbarella, Rabelo começaram o movimento. Mas, antes de tudo, um pouco antes tocaram em festas/aniversários com churrasco, eram apresentações espontâneas para animar convidados. Lu Blues sempre acolheu a ideia desta realização #dopropriobolso. Brilhamos intensamente em WOODSTOSKO, foi em 2009. Dez anos depois, ainda estávamos juntos. Tingindo de blues as estrelas e a noite infinda, ainda desconhecíamos a agonia. Me deu na cabeça fazer um blues diferente daqueles de fogueira com Zezinho Blues. Me deu ideia de cantar várias de Janis Joplin. Good Times Bad Times. Vamos fazer um blues diferente de tudo. Será blues mesmo a começar da discotecagem quer dizer que isto vai espantar gente chata e moderna com mais de 50. Convidarei Célio, Mariana, Muganga, Zezinho e uma última banda, dos encarcerados.
Nem mesmo sei quando será, o que acontece é que já existem planos alheios e importantes para FEVEREIRO (carnaval), MARÇO, ABRIL, mês da morte de Retz, MAIO, aniversário da Casa Da Cultura. E Outros aniversários no mesmo MAIO e aí, já estaremos quase no MEIO DE 2022, acho muita precipitação chuvosa. Lacrimosa. Até lá quem sabe esta onda de ômicron desvanece.
A impressão é de que você foi parido em uma árvore e que todos os anos repetimos os comandos básicos, somos regidos pelas estações. Ricardo Retz foi um grande crítico de rock, faltava-lhe a linha certa entre dois parágrafos, mas ele falava coisa com coisa e sonhava ainda mais. Não guardei palavras ou imagens. Pertencem à memória, momentos em que ele ligava e da vitrolinha mandava um som, – Conhece?
Retz gostava de ficar bonito na fita, – Falou bem de mim? Conhecia toda a falcatrua do rock brasília. Ontem vendo novela na Rede Record, trechos dos diálogos foram escritos por Luiz Carlos Maciel então algum diálogo ali era prestável. Ih, houve uma cena de casamento e quem é que aparece no meio das testemunhas? Um Luiz Carlos Maciel muito bem aparado e vestido. Ainda na novela houve uma perseguição em via pública, lembrou o melhor do desastre do cinema nacional. Muito mau editado e mau cortado (me tirava risos da cartola).
Voltando a Retz sob a batuta da inspiração dele, eu escrevo um negócio chamado TANGO & LOROTA é como se fossem tiradas do dia a dia, a exemplo do Esplendor Americano de Harvey Pekar. Nos ANOS 70, as gravadoras impediam os composItores de darem autógráfos. Então, durante as entrevistas, eles inventavam que observaram ovnis. Ou que escreviam livros com o título de BOLERO & SIFILIZAÇÃO. É isto tudo que escrevo aqui. As pessoas da Era da Pedrada eram mais incivilizadas, porém conseguiam ser alfabetizadas. Gostaria que as tiras fossem ilustradas e o download aprovado. Uma coisa porca e cruel, mas com qualidade duvidosa e dúbia.
É bom ter um editor, os escritores também têm crises de identidade, no momento, não sei se me pego de novo fazendo uma coluna. Ela tem que feder e tremer. Meu editor disse, depois de 200 colunas, você terás um livro, mas somente depois de 200! De cabeça, eu calculei o tempo e me perdi de época. Sabe rapaz que eu já fui um excelente escritor e que escrevo melhor do que a maioria dos que eu conheço e não é só eu que acho isso?
Ele riu sem graça, – O Mário pirou!
Respondi – Que, eu tiro o chapéu, você é melhor do que eu!
Aliás no jornal, nós nos achamos melhores do que todos. Este é o barato de escrever diariamente e cotidianamente. Não há pressão no peido, só desabafo. E, enquanto envelheço, só aumentam as rusgas.
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Tipo que acolhe desigualdades. Fraternidade divisão do espaço e do pão e dinheiro é bom desde que ganhado com seu suor, dinheiro não são gotículas que caem no seu bolso são discursos desmoralizantes que o povo aceita porque tá com a cabeça cheia de merda da TV dos pastores enquanto isso uns ainda brigam (nunca de igual pra igual) mas no falatório é capaz de corar essa gente que abre processos. Pessoas esquecem facilmente que estes consultores foram pegos com a mão na botija que não tem moral para entregar o Cave. A ação deles é demoralizadora sabe-se lá protegidos até quando pelo mandato. E ninguém tem coragem de mandar um sonoro vá tomar no cu.
Pode parecer chinfrin ou piegas, mas o 'é vento' aparece na Net, n'O Libertário e a banda de vocês aparece talvez no YouTube. Divulgação custa, meu caro.
Também tenho cabelo e unhas do pé e da mão para fazer. Ando ocupadaço com esta produção (pelo menos mentalmente). Todo mundo está atolado. Eu acho que o meu serviço de infuencer de piolho vale algum cobre. Seria bom refletir, mas eu sei que isso dá dor de cabeça, então é melhor deixar de lado ou quieto, o freguês escolhe.
TANGO & LOROTA
(procurado blues) o peso do mundo foi jogado no seu pedal – (esta é inédita) sempre que falo em blues, me lembro de Tibúrcio Baretta, ele foi trazido no ANO NOVO DE 2001/2002 por um amigo. Ainda devia existir uma garrafa com algum álcool de qualidade. Garrafa sobrevivente antes que Zéantônio aparecesse do nada para desfrutá-la. Havia a vontade de tocar e também uma certa má vontade, afinal Baretta iria tocar sem ganhar trocados. Com a casa em construção, era uma era de miserê absoluto e absurdo. Com as vigas à mostra, peguei o cabo do microfone e dei uma laçada na viga assim ele ficou pendurado como o microfone do Kilmister. Na manhã seguinte, eis que o solitário Baretta aparece pela manhã e de ressaca.
– O que lhe traz?
– Esqueci o meu pedal.
Respondi que – Não ficou aqui.
Baretta invadiu a casa e milimetricamente vasculhou do cesto de papel higiênico e só faltou deitar na cama. Eu já tinha muitas guerras para lutar, não valia a pena arrumar mais uma batalha. Mais de 20 anos que eu nunca voltei a falar com ele e qualquer dia eu falo conte a história do pedal que você perdeu bebendo nos bares e no outro dia foi procurado lá em casa ou foda-se!
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Dutra é o cara! conhecido e maneiro. Com apetite gigante. Seu público é desordeiro kkk. Uma vez veio aqui em casa, – Espaço legal. Por que você não monta um festival? Tenho amigos que começaram assim. Dutra falava de gente com educação e moradia de primeiro mundo que falavam duas línguas, filhos do poder. Gente empreiteira. tipo filho do governador ou com pai abastado. A típica classe alta de Brasília. Eu cocei os botões, Dutra apenas defendia o seu cachê. – Man, espero jamais precisar soltar os cachorros em gente. Espero jamais ter que usar os homens de preto agridindo minorias. Porra, espero jamais ter que lidar com assessoria, assessor. É apenas um sonho naufragado – duram 15 anos e não será jamais a porteira aberta. Detalhe: jamais chamei Dutra ou qualquer pessoa que vive de cachê para tocar.
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Hahaha – Drax, o destruidor havia tocado por duas vezes em nossa casa, inclusive em uma noite destruidora com duas baterias fora as baterias dos pedais. Pensei, ele é o tal. No Rock Criança que acabou porque poucos comprararam o bilhete de uma rifa de uma bicicleta. E eu como bom negacionista também não comprei, – As suas cervejas acabaram com a minha verba de divulgação. Meus bons amigos ao lado rapidamente sacaram de vestustas notas de 10. E pensei, – Ninguém na merda, só eu!
Então, Drax que havia abandonado o seu trio pela Jabá Perfeito (que fazia um sucesso relâmpago) passou por nós e eu infantilmente, – Quer tocar lá em casa? Drax mostrou um desinteresse gigantesco acompanhado por uma resposta que era tipo, – Tem que falar com a galera rubronegra. Ouvi, – Não gosto que fique chamando gente para tocar! Aí, o diabo que reside em Resende riu, – Eu já sabia da resposta, só estava abrindo caminho por entre a multidão. Naquelea tarde ali havia outras "mil bandas punks" que tocariam. Foram vários, – Quando iremos tocar na sua casa? O que acontece é que vocês são muitos, – E no mínimo, eu teria que chamar dez bandas e viriam metade do estado do Entorno, do Goiás.