Christiane F., ex-'drogada, prostituída', narra sua '2ª vida' em novo livro; veja fotos e vídeo
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Christiane F., ex-'drogada, prostituída', narra sua '2ª vida' em novo livro; veja fotos e vídeo
Folha de S. Paulo
4 out. / 2013 - Trinta e cinco anos depois da publicação da primeira edição de "Eu, Christiane F., 13 Anos, Drogada, Prostituída...", livro que causou escândalo em 1979 e foi adaptado ao cinema em 1981, sobre a vida de sexo e drogas da então adolescente alemã Christiane Felscherinow, será lançado neste mês um segundo volume, narrando o que aconteceu na vida da personagem até hoje.
A autobiografia "Christiane F. - Mein Zweites Leben" (Christiane F. - Minha Segunda Vida) conta como a personagem viveu os anos pós-estouro do primeiro livro e descreve o que seria a tal segunda existência de Felscherinow, hoje com 51 anos e mãe de um jovem de 17 anos, que ela chama de "presente da vida".
Escrito a quatro mãos com Sonja Vukovic, que fez cerca de 400 horas de entrevistas com Felscherinow e teve acesso irrestrito a seu apartamento ao longo dos últimos três anos, o livro vai ser publicado nos próximos dias na Europa.
Entre outros episódios, a obra narra a viagem de Felscherinow a Nova York para a estreia do filme protagonizado por Natja Brunckhorst, em 1981, um show exclusivo do AC/DC que ganhou de presente, sua ida a incontáveis programas de televisão e aborda seus anseios de se tornar cantora e atriz.
Mas o volume também retoma seus problemas com as drogas, revelando que Felscherinow ficou livre do vício durante anos e depois voltou a usar heroína. Hoje, ela participa de campanhas antidrogas na Alemanha.
Estou viva
Num booktrailer das novas memórias , Christiane Felscherinow dá um depoimento como uma sobrevivente. "Depois de 35 anos ainda não estou morta, estou viva, ninguém acreditaria que eu chegaria aos 50 anos", afirma, em alemão.
"Muitas pessoas mudaram, perdi muitas pessoas importantes em minha vida nos últimos anos, mas um monte de coisas boas foram acontecendo para mim", comenta.
Ela diz que o livro atende a uma expectativas do público que a rodeia. "As pessoas parecem querer saber o que aconteceu, sinto que preciso contar o que se passou desde aquela época."
Christiane F. também fala sobre Berlim, onde o vídeo foi gravado. "Está diferente, parece distante daquela época, mas ainda é minha pátria."