Thomas Pynchon
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Thomas Pynchon* (1937 - )
Filósofo americano formado pela Universidade Cornell em 1958. Ganhou o prêmio William Faulkner para o melhor romance de estréia com “V” (1963). Depois de “The crying of lot 49”, Pynchon escreveu um terceiro romance, “Gravity’s rainbow” (1974), que recebeu o prêmio National Book e foi bastante elogiado por muitos críticos. Desde então essa obra-prima épico-enciclopédica tem sido completamente ignorada.
Como na “Divina Comédia”, que apontava os conflitos políticos-filósoficos da Idade Média, “Gravity’s rainbow” mostra o desafio do século XXI: a tentativa do Estado centralizado moderno de cooptar a ciência para o poder e o controle. Aqui encontramos os demônios, inquisidores, diabos e conspiradores da Idade da Informação – os políticos e especialistas em lavagem cerebral da mídia que se valem da química, da física, da psicologia e da engenharia espacial para manipular as mentes das pessoas.
Pynchon é freqüentemente comparado a Joyce, devido ao alcance desse seu trabalho e porque sua vida também deixou clara a sublime indiferença e o levado desprendimento desse artista-filósofo.
Numa era em que estar por dentro, manter uma imagem e fazer autopromoção eram requisitos para o sucesso literário, Pynchon, ironicamente, desapareceu. Há boatos de que ele mora no sul da Califórnia, onde está estudando diagramas místicos e escrevendo o romance definitivo sobre os humanos e os computadores.
*Timothy Leary in "Flashbacks - LSD: a experiência que abalou o sistema". Ed. Brasiliense, 1989.
Valor: Como conseguiu entrevistar Pynchon?
David Hajdu: Acho que a única coisa inteligente que fiz foi não pedir uma entrevista. Simplesmente acreditei que ele me atenderia, em vez de se recusar, como o habitual. Mandei todas as perguntas de uma vez, por fax. Presumi que ele reagiria à oportunidade de manter vivo o legado de seu amigo Richard Fariña. Foi uma das raras vezes em que saiu do esconderijo, mas o mérito é todo de Richard e não meu.