Antônio Barreto: O Poeta faz crítica inteligente ao programa Big Brother!

antonio_barretoAntônio Barreto

Se quiser me conhecer
Nem precisa perguntar!
Baiano lá do sertão
Santa Bárbara é o meu lugar
Sou substantivo próprio
Masculino, singular.
Hoje vivo na cidade
Feito anjo que vagueia
Bebo as gotas do abismo
Mas corre na minha veia
A doçura do cordel
que me encanta e me incendei

Antônio Barreto
O Poeta faz crítica inteligente
ao programa Big Brother!

Big Brother Brasil
Um Programa imbecil
Antonio Barreto

Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.

Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.

Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.
Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Da muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.

Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.

Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.

Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.

Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.

E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.

E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.

A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.

Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal.
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal.
Antônio Carlos de Oliveira Barreto, nascido nas caatingas do sertão baiano, em Santa Bárbara, na Bahia, é Professor, poeta e cordelista. Amante da cultura popular, dos livros, da natureza, da poesia e das pessoas que nasceram para evoluir espiritualmente. Graduado em Letras Vernáculas e pós graduado em Psicopedagogia e Literatura Brasileira.

Seu terceiro livro de poemas, Flores de Umburana, foi lançado em dezembro de 2006 pelo Selo Letras da Bahia. Antônio Barreto Teve vários trabalhos foram publicados em jornais, revistas e antologias, além de ter escrito centenas de folhetos de cordel abordando temas ligados à Educação, problemas sociais, futebol, humor e pesquisa, entre vários títulos ainda inéditos. Ele também compõem músicas na temática regional, como toadas, xotes e baiões.


The Big Brother is watching you!
(O Grande Irmão tá  de olho em você!)
por Antonio Celso Barbieri

O programa Big Brother foi resultado de uma ideia desenvolvida na Holanda em 1997. Só dois anos depois foi que este projeto foi concretizado e, neste mesmo país, o primeiro programa foi televisionado. Então, no ano seguinte, a ideia deste show foi pega pelo Brasil, Alemanha, Argentina, Portugal, USA., Reino Unido, Espanha, Bélgica, Suíça, Suécia e Itália. Na sequência, este lixo cultural (white trash), como um vírus pernicioso, espalhou-se pelo mundo todo, sendo agora televisionado em quase 70 países.

O nome Big Brother foi tirado do livro chamado 1984 escrito por George Orwel em 1949. Este livro é um alerta profético dos perigos do controle ditatorial do estado sobre o cidadão comum. Neste universo criado por Orwel, através de telas de tv o Grande Irmão (Big Brother) observa e controla todos os seus habitantes.

Acho muito importante notar que, Orwel neste livro foi muito mais além e deixa claro que este controle do estado visa sempre a sua perpetuação no poder. Para isto, sua arma mais poderosa é o controle da informação onde toda trapaça e truque desonesto é válido. O livro menciona técnicas usadas hoje em dia o tempo todo pelas grandes nações, como por exemplo, alterar ou reescrever a história para justificar ações daqueles no poder (Vide guerra contra o Iraque, ataque aos palestinos e fiquem de olho no Iran), mudar o significado das palavras chaves (Exemplo: As tropas de invasão Norte Americanas e aliadas são chamadas "forças de liberação" e, as forças de oposição à estas invasões são chamadas "terroristas"). O uso indiscriminado da religião católica e muçulmana para acobertar e justificar interesses puramente econômicos e de dominação.

Para mim ficou claro que, para o "status quo", o conceito da palavra Big Brother era muito perigoso.  Seria necessário trivializa-lo e banaliza-lo. Bom, infelizmente a solução encontrada foi muito boa pois, hoje em dia, se alguém perguntar para qualquer jovem o que é Big Brother ele certamente responderá que é apenas o nome de um programa de TV. Aliás, um programa que representa o pior que a sociedade de consumo pode oferecer. Certamente o escritor George Orwel deve estar se virando na sua cova!

Obviamente, já posso até imaginar o discurso deste povo no poder, alegando que "aqueles que reclamam deste programa, não passam de uns "comunistinhas de gaveta" que, no fundo, como mostra a história, são todos muito conservadores, bla. bla, bla!". Puro papo furado!

Eu acho e sempre acharei que todos aqueles (inclusive eu!) que tem acesso à algum meio de comunicação de massa, tem que exercitar uma postura ética e moral. Isto conta tanto para as Rita Lees e Caetanos deste mundo como, num âmbito maior para as revistas, jornais, rádios, emissoras de tv, Internet, etc. Quer dizer, toda a mídia escrita, falada e televisada. Cultura e valores éticos devem camminhar juntos e, são os ingredientes essenciais que formarão os jovens de hoje para que no futuro nós tenhamos governantes íntegros que trabalhem para o nosso país e não só para eles mesmos!

Antonio Celso Barbieri

George_Orwell-1984
Clique na foto para baixar o livro no formato PDF.

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