Uma década de Terror Revolucionário

 

Terror revolucionário 

Terror Revolucionário é: Fellipe CDC - Vocals - Adriana - Bass and Vocals - Thiago Barbosa - Guitars and Vocals
Jeffer - Drums
 

Seguindo a tradição inaugurada em 2006, o Festival Quaresmada 2009 será no primeiro fim de semana após o carnaval, no início da quaresma, espantando de vez as lantejoulas e celebrando o som pesado, sábado, dia 28 de fevereiro, no Círculo Operário do Cruzeiro a partir das 16 horas. Este ano, temos a grata satisfação de comemorar 10 anos da banda Terror Revolucionário em uma Quaresmada diferente, totalmente dedicada a bandas de punk, hardcore, trash e grind.

 

Editores de 4 diferentes fanzines do DF participam do Zine Oficial nº 20, dedicado ao Festival Quaresmada 2009

 O Festival Quaresmada deu origem ao Zine Oficial em 2006, publicação que chega ao vigésimo número em fevereiro de 2009 somando 60.000 exemplares impressos e distribuídos gratuitamente pelo underground do DF e Entorno. Para homenagear o trabalho dos fanzineiros em geral, o Zine Oficial número 20 convidou Michelle (No Class zine), Juliano (Fúria Urbana Zine), Fábio Guedes “Frajola” (Acide Fardet Zine) e Amarildo (OsubversivO sine) para entrevistarem Fellipe CDC e Jefferson, o vocalista e o baterista da Terror Revolucionário, banda que comemora 10 anos de estrada durante o Quaresmada deste ano.

Além da entrevista com a banda aniversariante, a edição do Zine Oficial / Quaresmada 2009 leva aos leitores tudo sobre essa grande festa, que conta também com apresentações das bandas 

Golpe de Foice (GO), Violator, Low Life, Massacre Bestial, Ressonânica Mórfica (GO), Os Maltrapilhos e participações especiais de grandes figuras do underground brasiliense. Pegue seu exemplar impresso gratuitamente durante o show, dia 28 de fevereiro no Círculo Operário, a partir das 16 horas. Ingressos R$ 5,00.

Mais detalhes no site
www.zineoficial.com.br 

Outras informações, entrar em contato com: 
Fellipe CDC - Produtor do Quaresmada 2009 / 10 anos de Terror Revolucionário(
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Tomaz André - Editor do Zine Oficial (
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Ricardo Kábula - Criador do Festival Quaresmada  (
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 Luciano Fleury entrevista Fellipe CDC
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 Os caminhos do Underground são firmes e verdadeiros, diria mais atemporais, quem está nele o incorpora e apaixona, prova disso é minha amizade com o candango Fellipe CDC. Jamais pensei que vinte anos depois faria uma entrevista virtual com ele.

Conheci Fellipe CDC há vinte anos através de contatos pois estava a fim de fazer fanzine... Quando uma enchurrada de flyers  caíam quando abria a minha correspondencia me deparei com PROTECTORS OF NOISE MAG., a partir daí rolou o contato que culminaria no (necromantical screams zine) agitando entre 1990 e 1991. O contato se intensificou foi quando surgiu a DEATH SLAM que está em ação até hoje (onde pude trombar algumas vezes abrindo pro Cannibal Corpse em Goiania - eles estavam completamente fora de controle), Nightwish no DF, em Uberlandia e mais um monte de muquifo espalhado pelo Centro-Oeste. 

Achei interessante lembrar  toda essa história, ah também os 10 anos da Terror Revolucionário entre outras atividades. De antemão agradeço ao amigo Pazcheco Santos (DPB$) pela oportunidade dessa confraternização.

       
1 - Relembrando outros tempos, voce parece estar bastante revigorado, o que anda agitando hoje em dia? banda, radio, zine?

 
Fellipe - Obrigado pelo revigorado. Até queria que fosse verdade mas acho que toda idade adulta de sedentarismo está fazendo efeito agora. Ando cheio de dores musculares, coluna arrombada, cansaço ou seja, a caminho da cova. Comecei a fazer esportes agora triatlon: dominó, dama e baralho. Xadrez não por que é muito difícil e "eu quero evitar fadiga", como diria o carteiro Jaiminho. Continuo com a Death Slam - 18 anos ininterruptos - Terror Revolucionario (10 anos se lascando) e Scumbag (tá novinha 3 ou 4 anos, de correria lenta). Quanto aos zines estou editando atualmente o 'Brasilia, Fina Flor do rock' e o 'Death Slam release & zine e sempre louco de vontade de editar o Protectors of noise.Estou participando de alguns webzine' como o subversivo, Pegasus Metal, Zine Oficial,R ock Brasilia, Rcokonection, entre outros,q uanto a radio, estamos eu e mais um monte de comparsas, esperando o Tomaz do zine oficial,d ar uma desenrolada para iniciarmos esse audacioso projeto.
 
2 - Qual a diferença de trilhar os mesmos caminhos do começo do Death Slam o que melhorou de lá pra cá, as coisas mudam aparecem os filhos outras atividades o que mudou?
 
Fellipe - Então falou tudo cara, no começo era um bando de moleques doidos, agora somos um bando de velhos resmungões! Nosso som e atitude continuam as mesmas coisas formação... hoje somos extremamente ocupados ; emprego, família, preocupações de adultos e essas coisas que tomam um tempo fodido. Mesmo assim conseguimos manter a chama acesa. O barulho não se cala; não para, é um trem em alta velocidade. Infelizmente hoje não podemos aceitar todos os convites de shows, não podemos ensaiar tanto mas como disse, ainda estamos vivos. Vaso ruim não quebra!
 
3 - Resguarda o antigo acervo de demos, já revitalizou, pretende algo nesse sentido, o que anda ouvindo?
 
Fellipe - Irmão, minhas fitas demos, meus 7"eps, meus discos continuam lá, todos eles não dispenso nada, não desfaço de nada, não por apego material, mas pela importancia da época, da história que contam, das lembranças boas que nos trazem, não passei pra outro suporte, CD no caso, ou MP3 que é mais moderno, continuam todos da mesma forma que foram paridos. uma anta nesse negócio de tecnologia, talvez por isso odeie tanto essa tal modernidade. Continuo ouvindo as mesmas coisas do meu tempo de adolescente, ou seja Metal, punk, HC, Rock n Roll e Blues. Nada melódico açucarado para isso  - música - sou diabético! Estou menos radical também. Graças a minha filha estou ouvindo Jazz. Ah,sabe aqueles funks antigos? pois é costumo ouvir de vez em quando.
 

4 - Como está a estrutura pra shows no DF, é muito segmentado rola divisão, compensa trazer as bandas pro DF tanto do cerrado como do resto do país?

Fellipe - Bicho, estamos passando por uma fase horrível aqui. Shows vazios, público desanimado etc. Não sei o que está acontecendo, na verdade ninguém sabe. São raros os shows de bandas autorais que o público comparece  e participa ativamente. É, engraçado hoje o quantitativo de "pessoas roqueiras" e pessoas produzindo é bem maior! sinceramente como fã do rock local - espero que as coisas mudem o mais rápido possível.
 
5 - A a cena aí como está áue tem tanta mulher roqueira (e pioneiras) no cenário, uma cena séria sobretudo quem se destaca? como você ve o futuro do UNDERGROUND por aqui?
Fellipe - Ah, várias felizmente a lista é bem grande. Em Goiânia esta començando a aparecer bandas com minas na formação também. Aqui no Df temos uma boa história com meninas atuando ativamente; PUS, Flammea, Volkana, Foxy Lady, Kaos Klitoriano, Bulimia, Valhalla e tantas outra que fizeram e ainda fazem história. Hoje em dia temos: Silente, Disforme, Murro no olho e diversas outras bandas, também temos meninas que atuam como zineiras (Aline, Michelle, Tamara) entre tantas outra e na produção de eventos também.
Definitivamente temos muita sorte de termos tantas mulheres guerreira na cena candanga.

6 - O que te motiva?que te conhece sabe que és um grande apoiador das culturas de expressão alternativa e sem muito apoio.

Fellipe - Sou uma pessoa de muitas ideias, umas ruins outras boas, algumas poucas exelentes, mas que não deixam de ser ideias.
O grande problema é que gosto de colocá-las todas em prática. Não sou muito adepto a reuniões teoria, sou mais da prática mesmo, sou muito afoito uma ansiedade sobrenatural, o que acaba acarretando não raras vezes em produtos finais com mau acabamento ,outra coisa; tenho que manter minha cabeça sempre ocupada, em permanente atividade pois evita que eu fique pensando futilidades por fim sou um fã incondicional do Movimento Underground e é natural que minhas ações estejam voltadas para tal fim.

7 - o que esperar da música de expressão e protesto nos próximos anos?

Fellipe - Se depender do contexto geral, de como a humanidade escolheu trilhar o seu caminho, o número de protestos, pessoas insatisfeitas, e por consequencia bandas ou outras expressões artísticas de protestos só irão aumentar. Estou començando a acreditar em uma provável REVOLUÇÃO CIBERNÉTICA, quando os novos subversivos dominarão todos os sistemas tecnológicos.

 
 
8 - espaço aberto...
 
Fellipe - É necessário que aproveitemos todos os espaços disponíveis para tentar melhorar um pouquinho ese mundo em frangalhos. A cultura tem uma importancia fundamental nisso e ela precisa se dar conta disso. Precisamos quebrar a redoma e mostrar para outras pessoas que o nosso underground tem inúmeras idéias preciosas!
 
(the end) Fleury! Muito obrigado por lembrar-se de mim. Fico agradecido pela entrevista, também aos leitores por terem lido o bate-papo de dois roqueiros (CDC E FLEURY) agradeço. Nos encontraremos por aí nos shows da vida...
 

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