TERTÚLIA NA LUA: O DESBUNDE, O 'HAPPENING' REDIVIDOS...
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Preâmbulo
TERTÚLIA NA LUA: O HAPPENING E O DESBUNDE REENCARNADOS - por Mário Pazcheco
AO VIVO! Coordenadas dia 26 jan. / 2018 - Hamburgueria Zepelim Festival Ano Um - Ontem, ainda ontem as sombras da noite tremiam. Não coloquei os pés no chão. A ensurdecedora guitarra ditava os magnesium proverbs como do alto de um morro. Do solo, a plateia captava a transmissão. O nome dos interlocutores? Jamais esquecerei, Tertúlia na Lua que como uma antena humana irradiava vislumbres, rugidos e cores. Um trio de moleques malucos por rock esparrado, um som alto como a lua, copiando e (re)tirando (re)criando a sonoridade do sideral psicodélico. O ritual do teste do ácido do refresco elétrico. O Tertúlia na Lua faz um rock sumido, desaparecido e quase extinto que gira na barreira do celestial, do divino, do profano do dionisíaco da festa é o happening reencarnado, reinventado e reassumido. É o rock de boate, o rock sujo do pé sujo, um rock que espelha-se na extinta banda carioca Módulo 1000 via Black Sabbath como assim? Os três meninos do Tertúlia na Lua desconheciam a Módulo 1000 porém amavam Black Sabbath foi quando uma resenha apontou que eles se pareciam com a modular Módulo 1000!
Então eles descobriram o antológico LP Não Fale com Paredes e desde então fizeram downloads todos os dias. Banho de lua, singrar ou aterrissar ou aceitar o manicômio é a fraqueza do refresco elétrico.
Foto: Edson Salazar
Oriundo da cidade satélite do Gama-DF, o Tertúlia na Lua é: Thierry Sacramento - Baixo Hofner, Crhistian Caffi - guitarras e voz - Jones Sacramento - Bateria
Faixas
Ofício
Rotina
Céu de cor
Miragem/Em outros olhos
Apartamento 101
Produzido por Gustavo Halfeld e Tertúlia na Lua
Para se ouvir alto no volume do som e na atividade cerebral
Pensamentos Instantâneos é um disco rápido e ao vivo inspirado no rock brasileiro dos anos 70 e em Black Sabbath. A proposta ácida do segundo EP do trio Tertúlia na Lua é transpor uma viagem ácida para a superfície digital. Eles também tem um acetato lançado pela Lombra Records no valor de 50 reais.
Torrentes de pensamentos, tempestades de notas, o início em "Ofício" é manjado, outras bandas viajantes já usaram e abusaram dessa forma de comunicação que é uma conversa perdida. Mas é só o instrumental começar que a viagem acelera - viagem com todas as nuances do microponto.
A segunda faixa "Rotina" é a parte da união, um superrockão tipo "Sem nada" de a Bolha ou "Sentado no arco-íris" de Leno.
O Tertúlia na Lua gosta das pesadas batidas de Bill Ward e dos malabarismo do Yes e lógico são fãs do LP Tudo foi feito pelo sol. Blues calcinados arrastados visões do frio deserto sideral e tempestades de cores fortes. Ecos, reverbs, o guitarrista parece controlar um sintetizador moog nos pés.
Muito The Sabbath sound arrastado nas faixas "Céu de cor" e "Miragem" aquelas frases do canto do galo.
Eu tenho quase certeza que eu ouvi uma frase de "I'm the walrus"!? A viagem é em galáxias com formatos e cores que evitam Jimi Hendrix e partem para o próprio som e efeito.
Na última faixa "Apartamento 101" a viagem recupera e adrenalina e a sinuosidade.
Com dois anos de apresentações ao vivo, o trio Tertúlia na Lua já conseguiu mostrar os medos e o fascínio e a hipnose que fluem de si. O trabalho de bateria às vezes ecoa o trabalho do saudoso Luiz Moreno de O Terço e eu achei assombroso. Longa vida, meninos!
O segundo EP Pensamentos Instantâneos soa bem diferente quando ao vivo, é necessário observar mais algumas apresentações mas percebe-se que são estágios diferentes de evolução.
Como manda a apresentação psicodélica não há outros dados e informações