5 BANDAS NOVAS PARA ACREDITAR NA SOBREVIVÊNCIA DO ROCK NACIONAL

ava rocha

Filha de Glauber, Ava Rocha faz performance na Flip, lembrando os 80 anos do pai

AVA ROCHA FEZ PERFORMANCE NA FLIP, LEMBRANDO OS 80 ANOS DO PAI, GLAUBER
A cantora e compositora vai se apresentar antes da exibição do clássico de 1964 'Deus e o Diabo na Terra do Sol', que agora ganha cópia restaurada; assista ao trailer

Luiz Carlos Merten, O Estado de S. Paulo

30 de junho de 2019 | Ava Rocha fala muito em ‘circunstâncias’ para reafirmar a importância e atualidade da obra de seu pai, o lendário Glauber. Não é só como filha, mas como cinéfila – e artista – que ela reverencia a integralidade dessa obra que tem resistido ao tempo. Mas tem seus favoritos – “Filmes como' Deus e o Diabo na Terra do Sol', 'Terra em Transe', 'Câncer', 'O Leão de Sete Cabeças' e 'A Idade da Terra' abordam questões que continuam na pauta. Refletem exatamente o momento que atravessamos porque desigualdade social, a questão fundiária, etc., estão sofrendo forte pressão nesse momento.”

Outro link https://cultura.estadao.com.br/blogs/luiz-zanin/glauber-rocha-80-anos/

Eu não entendo nada de música, mas acho essa canção a astúcia calma e a gente ouve a letra 'n' vezes e não entende nada e fica louco querendo ler a letra. Passaram-se meses ouvindo a canção "Caixa de pinturas". Ela é muito linda, é para Syd, você a conhecia, mas não teve tempo para se dedicar a ouvir à canção, nisso os CDs são bons meios.

5 BANDAS NOVAS PARA ACREDITAR NA SOBREVIVÊNCIA DO ROCK NACIONAL
11 de julho de 2019 13:10

link exposto: https://www.terra.com.br/diversao/musica/5-bandas-novas-para-acreditar-na-sobrevivencia-do-rock-nacional,5ade9082ede66f8319ea4b7a3873ac6dx2aqmg31.html
Por Gustavo Morais

Antes de curtir os sons presentes este post, nós precisamos trazer duas verdades:

• O rock nacional deveria ser considerado patrimônio imaterial da cultura brasileira.
• O rock não está em crise… o rock é a crise.


Dito isso, também devemos comentar que todo mundo já sabe da relevância que Mutantes, Raul, Legião (e várias outras bandas dos anos 80), Charlie Brown, Pitty, entre outros artistas, têm no pop rock nacional. Por isso, celebrar essas obras neste próximo dia mundial do rock, de certa forma, é meio que fazer “mais do mesmo”. Como entendemos que o fator renovação é fundamental para a sobrevivência de qualquer tipo de música, o texto de hoje é dedicado às bandas novas.

Alerta de spoiler:

infelizmente, muita gente que gostaríamos de citar ficaram de fora. Desde já, pedimos desculpas aos fãs e artistas que não marcaram presença no texto. Sabe como é, né… a cena é rica demais e, por questões óbvias, não cabe todo mundo num mesmo post.
não limitamos o conteúdo em um único subgênero do rock. Logo, você vai ouvir artistas de várias vertentes.
Evitamos citar a galera da nova geração (Scalene, Supercombo, entre outras) que tem mais espaço na grande mídia.
Agora, finalmente chegou a hora de celebrarmos 5 bandas que continuam mostrando a força do rock brasileiro. Prepare aí seus fones de ouvido, abra sua mente e tenha ótimas experiências sensoriais!

Molho Negro – A garra de um power trio
Surgido no ano de 2012, em Belém (PA), Molho Negro é um power trio formado por João Lemos (guitarra/voz), Augusto Júnior (bateria/voz) e Raony Pinheiro (baixo). O som tem uma pegada intensa, com riffs viscerais e uma atmosfera bem rocker. Por suas vezes, as letras não perdem nem um tom na hora de fazer críticas com ironia, sarcasmo e refrões grudentos.

 Trata-se de uma galera que faz música para quem gosta de chegar em casa tarde e não dá a mínima para as manifestações gratuitas de fofurice que desbravam o terceiro mundo digital.

Bastante produtiva, essa que é a trinca mais rock and roll do Brasil já lançou 6 discos – incluindo dois projetos ao vivo. Atualmente, os caras trabalham na divulgação do single "Contracheque". Dê o play e confira essa maravilhosa música que celebra amizade, lealdade e cumplicidade. Afinal de contas: “amigo é amigo, ‘fdp’ é ‘fdp’”!

Project46 – A fúria metal
Escalada pelos músicos Vini Castellari (guitarra), Jean Patton (guitarra), Caio MacBeserra (voz), Baffo Neto (baixo) e Betto Cardoso (bateria), a banda paulistana Project46 tem pouco mais de 10 anos de estrada. Desde sempre atuando de forma independente, o quinteto é um dos responsáveis por manter a alta qualidade do heavy metal no Brasil.

O som tem tudo que uma banda de metal precisa: punch, guitarras cortantes, riffs sombrios e batida hipnotizante. Diferente de boa parte de seus colegas de cena, no entanto, o Project46 opta por cantar letras em português. As canções abordam temas sérios, existenciais e bem mais densos.

Se você ainda acha que a turma da camisa preta vive mergulhada no ocultismo e só pensa em questões sobrenaturais, o som desses caras é um convite para rever conceitos. A música "Rédeas", por exemplo, lida com a questão de encarar os desafios da vida adulta com personalidade e coragem. Ser gente grande não é difícil, cara! Basta não deixar o “Complexo de Peter Pan” emoldurar a sua personalidade.

Young Lights – Mineiros, maneiros e inovadores
Sediada em Belo Horizonte (MG), a Young Lights surgiu por meio das mãos, talentos e inspirações de Jairo “Jay” Horsth Paes (voz), mineiro de berço, mas criado em Massachusetts (EUA). De volta ao Brasil no final de 2010, quando tinha 19 anos, Jay transformou o rolê individual em uma banda, que atualmente conta com João Pesce (baixo), Bruno Mendes (bateria) e Matheus Fleming (guitarra).

O fato de cantar em inglês não tira pontos da YL, uma vez que seu vocalista e principal compositor morou muito tempo na gringa. Em pleno século XXI, não podemos dar brechas para qualquer tipo de picuinhas e barreiras idiomáticas.

O som é folk rock, mas com variados e saborosos temperos que vão do pós-punk, passam pelo rock inglês e dialogam com a magia etérea do indie. Caracterizadas por uma poesia contemplativa, as letras abordam questões cotidianas, relacionamentos e devaneios que todo jovem tem em mente. No final das contas, esses mineiros maneiros fazem um som autêntico, inovador e nem de longe estão interessados em descansar nas costas dos demais talentos naturais das Minas Gerais.

Sound Bullet – Rock do Rio
Formada por Guilherme (voz/guitarra), Fred (baixo/vocal), Henrique (synth/guitarra), Rodrigo Tak-Ming (guitarra) e Pedro (bateria), a Sound Bullet vem do Rio de Janeiro e está na estrada desde 2009. A banda faz um indie rock dançante, com influências que vão do post-punk revival e rock alternativo ao math rock.

Investindo numa sonoridade guiada por guitarras pulsantes, uma cozinha enérgica e um vocal bem expressivo, a banda já lançou o EP Ninguém Está Sozinho (2013), alguns singles e o CD Terreno (2017). Em 2018, eles venceram a 3ª edição do EDP Live Bands, um concurso de música independente que leva o vencedor para fazer um som na Europa.

Com bastante personalidade artística e honestidade musical, a Sound Bullet deixa bem claro que o Rio de Janeiro pode ser berço do samba, do funk, da bossa e, também, desse tal de “roque enrow”.

Zimbra – A chama do pop rock
A Zimbra é formada por Rafael Costa (voz), Vitor Fernandes (guitarra), Guilherme Goes (baixo) e Pedro Furtado (bateria). A banda é natural de Santos (SP) e tem quase 9 anos de carreira. São três CDs completos, dois EPs, singles, clipes e diversas apresentações por todo o país.

Fazendo uma sonoridade com que é ora pop, ora alternativo, esses caras entregam músicas que são ótimas para qualquer ocasião. As letras buscam apresentar diferentes perspectivas acerca de questões sentimentais, românticas e dos relacionamentos. O som é bem calibrado e, em todo instante, deixa claro que o quarteto tem os pés no presente, mas respeita bastante o passado. Por essas e outras, a banda entrega um som que resgata o que há de melhor no pop e mantém viva essa impagável chama.

O trabalho mais recente é o disco Verniz, cujo single "Me Mude" deveria estar tocando nas melhores rádios de rock no Brasil.

E aí, amigo leitor? O que achou das bandas reunidas neste texto? Conta pra gente nos comentários! Ah, e contamos com você para espalhar o link deste post aí nas suas redes sociais. Com seu help, vamos deixar bem claro que o rock brasileiro segue vivo, desafiador, ousado e inovador!

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