'WOODSTOCKO 2019': SEMPRE SERÁ UM FESTIVAL À MARGEM
- Details
- Hits: 889
Ah, com este texto eu espremo todo o pus da caixola e exponho os miolos suturados. Ou como eu tenho ludibriar a cabeça para não ficar pensando nisso o tempo todo. O argumento é arte, é bélico, é tântrico, é poeira pisada com tamanco e é cacho de banana na cabeça. Mil ideias na imaginação, todas convergendo para a iluminação. Se eles cansaram de procurar pelo Pokémo Go, eu ainda corro atrás do espírito de Woodstock, é isso que engana a cabeça e me ajuda a entender por que eu entrei em mais uma... Tenhos meus receios, meus grilos, meu cardápio, minhas ideias, as mais bravas, isso não quer dizer que estamos na chuva para se molhar e eu ainda sofro do maior terror que essas coisas sejam confundidas. Mamãe, estou no leme da nau da navilouca de Torquato, com meu chapéu de jornal com notícias de ontem. Eles são importantes, mas será que estão tão ligados quanto eu? É difícil, é muito difícil abandonar a cabeça do corpo, recolher para dentro do próprio casco – eu uso cascolar e omo: "Certifique-se de usar algumas flores em seu cabelo de sonho ... Se você vier para Woodstosko"
“O primeiro Woodstock teve todo o peso do movimento hippie – encarnação dos guerreiros indígenas -, foi muito significativo e forte."(CARLOS SANTANA)
10 ANOS DEPOIS, 'WOODSTOSKO' PELA SEGUNDA VEZ PROCURA PELO ESPÍRITO DE WOODSTOCK
• Iris Gris • Banda Mais Lama • Lya • Guariroba Blues com Lucky • O Dia D
Dia: 17 de agosto de 2019
Sábado, às 15 horas na sede Do Próprio Bol$o (coordenadas)
Pelas plagas de cá, 'Woodstosko 2019'
Desde 2009, eu pergunto: Por que um outro Woodstosko? O mundo precisa de mais um Woodstock? O festival desse cinquentenário deu pra trás, como tudo que envolve dinheiro e rapidamente vazaram o fracasso da iniciativa. Woodstock'69 foi um dos maiores empreendimento conjunto do mundo. Voos de helicóptero que da cabine dava pra sentir o cheiro da erva, latas de filmes e cachês para estrelas das grandes gravadoras. Fim do sonho! Aqui no terceiro mundo tudo foi curtido da rede mastigando casca de arroz ainda acho belo o banho muito significativo da renovação das energias. Com toda essa violação de direitos humanos, com a crise dos imigrantes e o ressurgimento das milenares tecnologias de sustentação – o espírito de porco de Woodstock ainda berra, uma pena que acabaram com as cartilhas de doutrinação dos sociólogos e não mais leremos como esse fenômeno abate ainda hoje no mundo e no Brasil. Conforme os facilitadores, lógico que seria uma matéria interessante de contrapropaganda contra o asco vigente, mas você acha que essas revistas da Fox/Globo/Video/carnal pago deixariam? O mundo das ideias e das ideologias morreu agora só me resta whatsapp!
Woodstosko 2019 não será esse negócio familiar com espírito gregário, como estratégia protetora? Partido, facção, lado, clã, essa não é a ideia de Woodstosko Fields Forever?
Ainda estamos transando música em sua forma nua e crua e bela, ainda existem grandes parceiros e novos trabalhos, as mais inusitadas parcerias – esse tipo de música tecida saída do casulo, acho importante falar Woodstosko, 10 anos depois, então tem que ser com Guariroba Blues, Valdez, Barbarella, O Dia D, então tem a ver com os laços da corrente. O gomo antecede o ramo. As limitações impedem o avanço de qualquer ideia sonho – sempre em alta magnitude, sempre insatisfeito. É isso que você quer? Ou quer o som caixa de fósforo, tem tudo sido carregado nas minhas costas como formiga, mas eu me sinto uma barata com medo de chinelo.
• Banda Mais Lama
É uma contradição interessante. Bons músicos poderiam apresentar um show coeso com números do rock nacional a partir dos anos 80, mas podem optar por canções em inglês de bandas indie. Um som de abertura na tarde com roupas leves e coloridas
• Lya
É a nossa resposta às exigências da plateia feminina. A cantora e guitarrista apresentará um set esfuziante com números próprios e canções de impacto de bandas femininas. O trio ainda é composto por Vítor na bateria e no contrabaixo.
• Guariroba Blues
Depois de algumas décadas, você passa a desconfiar do sentido da palavra 'revival', da volta dos ponteiros e de recuperar emoções. Guariroba Blues ainda arrasta o espírito dos blues e do rock nacional dos anos 70. Sérgio Cardoso no eventual teclado e na guitarra, Wendel Rocha na guitarra-solo, Thomé no contrabaixo e Tiago Rabelo na bateria, é a opção de reencarnar um som desencarnado. É grande a chance de fazerem uma superjam com Blavis na guitarra e Lucky at Yourself nos vocais. Talvez a gente volte a trilhar pelos campos de trigo nas fazendas. Talvez ecoe aquele som balançante, bluesy e quente de Woodstock, talvez, eles homenageiem artistas como Serguei.
• O Dia D
O Dia D vem com uma formação estrutura em duas guitarra e vocal isolado mostrando que o caos atual é muito mais voraz. Do ponto morto, o quinteto punk desgovernado vai alarmando e atropelando todas as mazelas que vê pela frente.
Do Próprio Bol$o aposta na sua própria categoria e no material humano diversificado e apresenta um show desorquestrado e evita a visão generalizada e esvaziada.
Retrospectiva
O rock é um laço forte e a outra família, por isso faremos Woodstosko. (Jukinha da S.A – Só ALone – Produções)
A produção de Woodstosko hoje ficou mais pobre, mas isso é problema meu, darei um jeito. Há dez anos com Marilange/Mauricio, Vanesca/Leo, Mário/Zanza e Sandro as coisas eram mais na base da utopia – eu tive que juntar pedacinhos a partir de 20 cm de madeira para montar o piso do palco e e o cobrí-los com um tapete felpudo verde. Naqueles idos, montamos barraquinha, fogueira e pensávamos que um engradado de cerveja dava conta da sede, ledo engano. Desde aquele tempo tínhamos problemas com o cubo de baixo que foi alugado pelo Fellipe CDC e as bandas por 50 reais. No atual Woodstosko foi feito chamamento público, atenderam Guariroba, Lya, Muganga e confirmamos a Alarme, então o rol de amigos se prontificou a tocar, abrimos espaço para aceitar a Banda Mais Lama que sempre foi um dos nossos patrocinadores. Então é isso Woodstosko é fruto da agremiação de agora e não espere um festival gigante de atenções e intenções com grande som – isto é utopia passada. Será pequeno, muito exclusivo. Woodstosko será na garagem! Estou atrás do Jaílson para instalar mais uma luz negra, vou no Miro Ferraz fechar uma faixa e espero pelo Julimar para dar uma calibrada. A ideia é pintar de prata algumas decorações e passar uma cera verde no piso. Em Woodstosko só queremos rostos conhecidos, sem essa de comemorar o festival para quem não colabora
Nação Woodstosko no ataque – é muito legal quando caras como o guitarrista e luthier Miro Ferraz, acompanham o que estamos fazendo e de bate pronto nos estendem os pincéis e nos oferece a faixa oficial preto e verde para Woodstosko, o engraçado é que o pessoal não tão ligado ao rock dá a sua força – será Woodstosko um fé stival para peões e 'oreias'?
A vibe verde é forte ao vento, vem aí Woodstosko, nos parecemos com velhos guerrilheiros. Toquem com raiva, toquem com vigor, toquem por nós.
A data é mágica, um feliz aniversário tão alegre! Que neste dia tão especial possamos curtir ao lado das nossas famílias e dos nossos amigos-músicos
Há 50 anos atrás, na última noite de domingo, 17 de agosto, para segunda-feira, 18 de agosto apresentaram na cidade de Bethel, no estado Nova Iorque:
Joe Cocker e The Grease Band – imortalizados ao tocarem "With A Little Help From My Friends". Depois da apresentação de Joe Cocker, uma tempestade interrompeu o festival por horas.
Country Joe and the Fish – foi a segunda apresentação de Country Joe McDonald no festival.
Ten Years After, The Band, Johnny Winter e seu irmão, Edgar Winter, Blood, Sweat & Tears, Crosby, Stills, Nash & Young – fizeram uma apresentação acústica e outra elétrica. Neil Young não participou da maior parte da apresentação acústica. Paul Butterfield Blues Band, Sha-Na-Na, Jimi Hendrix / Gypsy Sun & Rainbows. Fonte: Festival de Woodstock
“Ridículo. Se minha presença foi bizarra, como disseram, ela seria perfeita para um filme feito exclusivamente de coisas bizarras. Lastimo também não ter sido lembrado para o disco, seria uma honra” – Johnny Winter, irritado por sua apresentação no Festival de Woodstock não ter sido editada no documentário
Tom Morello relembra edição caótica do Woodstock: “exploração de jovens”
A edição de 1999 do festival ficou marcada pelo caos e pela violência
Por Stephanie Hahne – 26/04/2019
Fonte: http://www.tenhomaisdiscosqueamigos.com/2019/04/26/tom-morello-relembra-woodstock/
Em 2019, completam-se 20 anos da edição mais caótica do Woodstock. Agora, Tom Morello relembrou sua experiência com o festival.
Como te contamos por aqui, a edição de 1999 do evento foi marcada pela violência, com direito a incêndio, estupros e até morte. Bandas como Limp Bizkit, Megadeth, Red Hot Chili Peppers, KoRn, The Offspring e Rage Against The Machine foram algumas que se apresentaram por lá.
Morello, que foi guitarrista desta última, falou um pouco sobre como foi estar no evento em entrevista à Interview.
"Nós tocamos em um milhão de festivais, mas algo parecia diferente e um pouco incerto na plateia, e isso pode ter a ver com a ascendência do rap-rock, os descendentes do Rage Against the Machine. Havia uma vibração que não ecoava a paz, o amor e a compreensão do Woodstock original, e isso estava muito no ar. Eu talvez tenha visto o final do show do Limp Bizkit. Nós nos apresentamos logo depois, e então saímos de lá, cara. Eu fiquei no local por uma hora e 35 minutos no máximo. Quando as pessoas começaram a derrubar o lugar, acho que tinha muito pouco a ver com o vandalismo de uma geração e tudo a ver com a exploração de jovens em um evento. Havia esse tipo de privilégio de garoto de fraternidade que, se não estivesse empolgado naquele dia em particular, estava no espírito de algumas das músicas da época. Quando o lugar inteiro estava queimando até o chão no dia seguinte, as pessoas estavam nos ligando, ‘Você está bem?’ Eu estava tipo, ‘Eu estou em um hotel de Manhattan há 24 horas. Eu não estou nem perto disso.’
Confusão começou durante o show do grupo Limp Bizkit
Festival termina com guerra de garrafas, saques e incêndios
Associated Press
Pessoas queimam objetos durante o encerramento do Woodstock 99
27 jul. / 1999 – A base aérea de Griffis, na cidade de Rome, Nova York, recebeu cerca de metade das 400 mil pessoas previstas para a comemoração dos 30 anos de Woodstock. No total, 42 grupos se apresentaram durante os três dias do festival.
A maior parte do evento transcorreu tranquilamente (ocorreram apenas 37 prisões, a maioria por porte de drogas e embriaguez), mas o domingo foi marcado pela violência.
O pior incidente aconteceu durante a apresentação do grupo Limp Bizkit. Com o começo da música "Break Things", explodiu uma guerra de garrafas (proibidas pela organização do evento) entre o público.
A aparelhagem de som do palco foi avariada, e o posto de atendimento, fechado para garantir a segurança dos médicos e enfermeiras. Duas torres de som tombaram por causa do peso das pessoas que as escalaram para fugir do tumulto.
Durante a apresentação do grupo Red Hot Chili Peppers, que encerrou o festival, foram distribuídas velas para o público. Em poucos instantes, a platéia aproveitou a deixa para começar a pôr fogo em tudo o que via pela frente.
Barracas que vendiam comida foram saqueadas, e boa parte dos equipamentos de luz e som foi destruída. A desordem continuou por toda a madrugada.
Trailers da organização do festival também sofreram ataques e foram incendiados. Uma série de computadores foi roubada ou quebrada.
Apesar de toda a confusão, só houve registros de alguns casos de fraturas leves. Na manhã de ontem, a base aérea já havia sido evacuada e o fogo, controlado.