Tarde de rock no Eixão

O anfitrião Dom Ticones e a Entidade ou o som de palco melhorou e as bandas recuperaram a garra

Domingo, 212 Norte - 14 horas

15 de agosto de 2021 – Domingão do rock, o Eixão vai se transformando em uma farra familiar variando de coroas posudos a jovens livres e saltitantes. Sobe a poeira.

Do blues ao Raulseixismo e muito punk rock. Brasília foi sempre um antro do punk rock, dos gritos primários contra tudo e todos. Brasília ardia. Hoje, ela está conformada e confinada com a situação. É a reconstrução lenta e gradual antes da tempestade. O novo rock de Brasília deve estar escondido no dial das rádios independentes. Enquanto isso, os velhos camaradas comandam as tardes roqueiras do fim de semanana capital.

Dom Ticones é o rei da camarilha, um dos atores daquele filme 13 homens e um novo segredo. Para mim, ele é o Elvis. Ele arma o circo, sem patrulhas ideológicas. Uma embaixada que não expede passaportes psicodélicos e nem exige atestados de condutas.

No Eixão, no dia do seu quinquagésimo aniversário, o DJ Feira traz o som das tendas e dos terreiros. Uma MPB vibrante e é claro que a agulha da pick-up cai no punk rock.

Face do Caos, uma das bandas prediletas do saudoso Ricardo Retz

Com o sol viajamos nas caras de muitos amigos, desde namorados, produtores, bons músicos. É quase um oásis de liberdade. O maluco do Ticones estampa a camiseta contra a ditadura. Logo uma menina, fã do capitão vai na direção dele: – Assim, não. E, antes pedir para ele fechar o blusão, desferiu-lhe um tapa no peito. Ficou feio para ela. Ticones dá uma piscadela e ri marotamente.

Pazcheco luta para não maltratar as palavras, Angelo Macarius, músico e Pedro Wolff, organizador da passeata e videasta

Outro evento para esta semana, será a Live VII Passeata do Raul, que contará com a presença do parceiro Wilson Aragão. Será no dia 21 de agosto, às 17 horas.