ENQUANTO SOBREVIVEMOS NA SUPERFÍCIE DO PLANETA (2022)
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show de lançamento e filmagem do espetáculo "Na superfície do planeta"
ESPAÇO MULTICULTURAL "+ FLOR"!
Cnd 1, 10, Taguatinga, Brasília - DF, 72120-015, Brasil
Foto de Minnie Sunset
A apresentação bilíngue de Ando meio desligado, assegura a atemporalidade da obra dos Mutantes
Guerras assolam o mundo. É o foco das news. Conflitos mundiais, civis e pessoais. Oriente Médio, África e Europa.
Neste 2022, não houve carnaval. Houveram enchentes. A epidemia nunca será endêmica. Com a lupa do Criador, está é a visão da Terra, sem avançar nas condições climáticas. Estamos certos de que o fim de uma era começou.
Em contraste a este cenário atual, o espetáculo musical, O KONJUNTO NA SUPERFÍCIE DO PLANETA, pela duração de meia hora defendeu que, A paz não representa perigo. Foi um dos coitos mais coloridos da idade da MPB e do rock nacional. O show resgatou músicas e sensações renovadas e abastadas de comunhão e integração.
O KONJUNTO NA SUPERFÍCIE DO PLANETA rumou para a reconstituição de uma parte musical em terras brasilis, na era da pedrada, no ano de 72DC.
Arnaldo Baptista, um dos poucos ícones sobreviventes do rock nacional, pós-Jovem Guarda, duradouro Tropicalismo. Efêmero artista em carreira solo e atuante artista gráfico. Mais uma vez ardeu em chamas.
Resgate da gaveta, da Censura Federal
O tributo brasiliense, abre temporada com a fantasmagórica e diluviana "Na superfície do planeta", perfila clássicos de raiz, íntimos da mente elástica de Arnaldo Baptista. Apresenta ao vivo, a mítica "I feel alittle spaced out", recorre à hipnótica, "Dia 36" escrita na cadeira de um consultório, a partir de um doloroso tratamento dentário. E devolve a Arnaldo, as letras originais de "Casa da Mônica" (o útero de "Beijo Exagerado") e "Cabeludo Patriota". Renovam a parte musical de "Saudades de Babe" com uma incrível pegada de rock'n'roll sulista americano, com o destaque para o belíssimo slide guitar. E ao final, apresentam a inédita "Patrulha do Espaço".
O que acontece é que cansaram de esperar pelo acesso ao material ainda inédito de Os Mutantes e partiram para uma profunda reverência, carregada de riscos relevantes. "A Casa da Mônica" soa exarcebadamente machista, a letra decora um puteiro com paredes espelhadas, na Porto Alegre dos anos 70, um escândalo! E em "Saudades de Babe" as emoções são intensas. O Konjunto que são um quinteto de músicos experientes, sentiu na pele, a responsabilidade. Acertadamente optando por um espetáculo enxuto, capaz de fazer entender o que a obra de Arnaldo Bapstista, significa para além dos anos 70.