50 ANOS DEPOIS, O KONJUNTO REVIVE MUTANTES AO VIVO (2022)
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"O Konjunto na superfície do planeta", realizado em 31/05/2022, no Teatro Sesc Ceilândia
ROTEIRO
Rocket Man Na Superfície do Planeta Dia 36 Balada do Louco Ando Meio Desligado Beija-me Amor
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Back in Bahia Mora na Filosofia Casa da Mônica
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O KONJUNTO
Marssal Leones, voz e teclado
Marielli Marssal, voz
Marcelo Marssal, voz e contrabaixo
Stivenson Neves, voz, contrabaixo e guitarra
Carlos Beleza, voz e guitarra
Marcelo Abreu, bateria
Participação especial: Diogo Leones
Apresentador: Marcos Pinheiro
Consulta de repertório: Mário Pazcheco
Divulgação: Cult 22
Produção: Eliane de Castro
Audiovisual: Gérson de Veras
Apoio: Alberto Teclados, Cult 22, Na Estrada, Eu Solidário e SESC/DF
Os vídeos, sempre eles, estão aí, para atestar a excelência sonora/visual de o espetáculo, O KONJUNTO NA SUPERFÍCIE DO PLANETA que nada mais é do que um show censurado dos Mutantes em 1972. Lógico que 50 anos depois reformado pel'O Konjunto, sob a direção musical do tecladista Marssal.
Vídeo de Marizan Fontinele
A abertura foi um dos momentos mais emocionantes do espetáculo. "Rocket man" tinha que ser inserida de qualquer jeito. E ela ficou oscilando na ordem do repertório e acabou abrindo o show, na comovente apresentação de Diogo Leones ao piano.
A ideia era tocar as difíceis canções psicodélicas dos Mutantes ao vivo. Estupenda foi a interpretação do próprio Marssal para "Dia 36" que ele ensaiou um milhão de vezes. O Konjunto arrebentou como unidade na louca "Na Superfície do Planeta", eles se sentiram como os próprios Mutantes, pois, O Konjunto pegava a estrada do progressivo. Como efeito dessa onda progressiva, o público ficou mais estático e plástico curtindo o som das bandas. Não mais havia o frenesi dos festivais.
Na segunda parte, eles tocam duas clássicas canções do ano de 1972, "Back in Bahia", (gravada pelos próprios Mutantes em estúdio com Gilberto Gil) e "Mora na filosofia" (de Caetano Veloso) um preâmbulo da vibe que acompanharia o primeiro trabalho solo de Arnaldo Baptista, poucos anos depois...
Com a evolução do espetáculo, vamos tentar incorporar a vibe dos festivais. E se os realizadores da big arte ou do teatro deste cinquentenário estivessem vivos hoje, não hesitariam em utilizar os recursos tecnológicos.
O Konjunto cantou muito, falo de Marcelo Marssal, do guitarrista Beleza e de Stivenson, o baixista. Também havia um revezamento de contrabaixistas e de vocais. Desde o primeiro momento, Marcelo, o baterista se mostrou muito seguro com uma batida impressionantemente técnica. Marielli suave em sua estreia, aos poucos, ela vencerá a timidez e nos surpreenderá.
Foi um show de resgate, até resgatou imagens de Milton Gonçalves em "Macunaíma". O rico espetáculo O KONJUNTO NA SUPERFÍCIE DO PLANETA tem que deslanchar, tem que desbancar estas coisas usadas e lucrativas que ocupam as arenas dos diversos CCBB (olha eu pra variar a falar mal dos outros e de mim mesmo).
O Konjunto em ação ou tudo isso que nós curtimos
É um show político e sátiro de acordo com o cenário atual. Não vou adiantar nada sobre o espetáculo. Porém, uma imagem para resgatar o bom humor do final do show. O show ainda vai gerar novas emoções e movimentos e uma grande surpresa que será uma canção inédita, 'Patrulha do Espaço'
Backstage Stars
De bigode, Stivenson cantou, tocou contrabaixo como bate estacas e ainda fez amor com a guitarra, também com bigode, Carlos Beleza cantou, e é a real fineza na guitarra; o afamado produtor Mário Pazcheco de curativo no nariz e o radical porém, articulado professor Andre Azena e Luiz Comix
Los Gonzalez, o trio tosco do rock Brasília
– Quer banana? tome – na frutaria, Paulinho Gangorra, eu e Gerson de Veras (sempre sendo ele próprio) responsável pelas estupendas imagens ao fundo do palco
Todas as fotos de todas as estações e momentos e inclusive da noite do dia 31 de maio, foram captadas por Marizan Fontinele, cantora e produtora de MPB e de jazz
Sentado neste teclado e antes da cortinar abrir, gritei: – Com vocês! Arnaldo Baptista!
Agradeço a Marssal por ter me convidado para assinar a produção artística. Agradecimentos seguem aos Mutantes e especialmente a Arnaldo Baptista que nos energiza com o seu eterno frescor criativo. Mais agradecimentos à família do Cult 22, à produção fantástica do Sesc (palco, iluminação, atendimento). Agradecimentos aos fãs, especialmente aos Azenhas. E sempre ela, Ceilândia, capital cultural de Brasília. Somente lá seria possível alçar voo de maneira tão magnifica e significante e Marizan Fontinele também responsável por grande parte do êxito da minha vida.