UVA, O SÉQUITO DO ROCK'N'ROLL

19 de aogosto / 2022 – Tive uma das melhores mudanças que foi a do humor. Na sexta à noite, estava preparado para passar uma maior parte da noite na cama. Onde, eu me sinto bem com os lençóis "catarrento" e "café com leite". De repente, – Vamos jantar? dividimos um arroz carreteiro com um par de espetos. Fomos ao Madstein para ver o Bleyvs' trio, era o que rolava. Da cervejaria, rumamos para o Jockey, para a festa dos 60 anos de Joelzinho. E foi bom. Foi bom ver como a areia da ampulheta do tempo está a nosso favor. Todos estávamos lá na mente e no coração. Me arrependi de ter jantado, com aquela fartura de comidas, desde carne de carneiro, mocotó até a famosa torta de berinjela com mussarela. Foi um jantar digno da ressurreição e da reunião. Foi mais uma festa secular da UVA que ocorreu até às 3 da manhã. Foi bom ter a sensação de fazer parte e de ser querido. É claro que eu voei mais cedo para casa. Confesso: foi muito bom estar na companhia de vocês. E mais uma vez repertir o nosso festival carregado de abundância, de filhos e de quando ainda morávamos com nossos pais e hoje somos avós. Valeu Joel, valeu Wagner Martins, valeu Zé, valeu Ely, valeu Marizan!

A conferência da UVA não esbarrou em ares de confabulação

Em psiquiatria, confabulação (verbo: confabular) é um erro de memória definido como a produção de memórias fantasiosas, distorcidas ou mal interpretadas sobre si mesmo ou do mundo, sem a intenção consciente de enganar. Pessoas que confabulam apresentam memórias incorretas que vão de "sutis alterações a bizarras fabricações", e geralmente estão muito confiantes sobre suas memórias, apesar de evidências contrárias.

Raro equilíbrio

O tapete de memórias não foi alongado, o retrato resumiu-se a um adolescente com discos de rock debaixo do braço, um giro pelo camburão, na parte detrás, depois de uma festa no "C" da QE 34 e uma leve cobrança. Hoje, não somos homens para intimidações ou personagens buscando reconhecimento. O personagem principal da noite, eram aquelas pessoas, cujas imagens nos faziam refletir sobre nossas vidas, no estágio atual. 

Não existe evolução sem mudanças, aquelas pessoas exibiam um brilho e uma elegância aprendidos com nossas vidas.

Não éramos mais um grupo de adolescentes sedentos por festas. Ali, éramos chefes de família e velhos amigos que não se viam há tempos.

O que redescobri naquela noite?

Que tenho que mudar de temperamento. Deixar de ser isolado e manter um diálogo. É claro que tomei cuidado com posições políticas. E que rusgas são desentendimentos de adolescentes. Que podem ser superadas. A festa me mostrou como nós agimos.