HÁ 4 DÉCADAS, RÉVERO FRANK É COISA DE FÃ (2023)

revero patrulha

Em casa, de latinha na mão Révero Frank e família curtem o som lenha da Patrulha do Espaço

 

HÁ 40 ANOS, REVERO FRANK É COISA DE FÃ!

POR MÁRIO PAZCHECO

 

Entre as pessoas que manifestam o espírito solidário, com certeza o nome Révero Frank estará em qualquer lista de bom senso.

Pessoa conscienciosa, é um roqueiro nato por natureza.

No ano de 1983, vivíamos no Guará e nos conhecíamos de vista... Este não foi um bom ano para ele e os motivos que o levaram a correr atrás da fatura.

Poucos anos depois, nos reencontramos para trilhar uma união em prol do rock’n’roll que se estende por 40 anos.

 

NOS VELHOS BONS TEMPOS, NA GRÁFICA DO MEC

Révero Frank passou a participar ativamente do zine, durante a fase ROCK’N’ROLL dedicado aos Yardbirds. Foi a última gestão de 1985 a 1989, e se durou esses anos, devemos a ele.

No MEC, ele começou como office boy e também foi do protocolo, onde em um carro na forma de ferro em L, distribuía material para cima e andares abaixo, carregando e descarregando.

Nas horas vagas, ele enviava zilhões de cartas do zine ROCK’N’ROLL e do CEREBRAL WASH (do Gabriel, Luís, Paulinho...).

Rapidamente, Révero envolveu-se na impressão dos zines, foi quando obtivemos as melhores cópias.

 

Intelectualmente Révero se destaca como um claro tradutor do inglês, ele contribuiu com caprichadas traduções para o meu livro 10.000 DIAS DE ROCK.

 

Em 2013 realizamos o grande sonho de novamente trazer a Patrulha do Espaço para tocar em Brasília, só que desta feita na Chácara Pacheco, no Guará 2, onde tudo começou.

 

Fale-nos a respeito dos 5 shows mais importantes da sua vida...

 

– Page & Plant, Hollywood Rock 1996, RJ. Faith No More, 1991, Mané Garrincha-DF. Rush, 2002, Morumbi, SP. Uriah Heep, 2006, Minas Brasília e Patrulha do Espaço, 2013, Chácara Pacheco

 

PAGE & PLANT

Foi uma satisfação tremenda ver meio Led Zeppelin naquele festival, além de ser meu grupo musical predileto desde a adolescência eu estava acompanhado da minha companheira à época, estava de férias curtindo o Rio, depois do espetáculo passamos o resto da noite em claro na Central Do Brasil aguardando um ônibus para Duque De Caxias pela manhã.

 

FAITH NO MORE

Eles estavam em turnê com o clássico REAL THING. Hospedados no Plaza Hotel, um ascensorista ganhou deles, um adesivo dentro do elevador, acontece que o rapaz era meu vizinho no Gama e encontramo-nos, ele falou desse show e me contou essa história. Dias depois, ele apareceu lá em casa com o adesivo e me presenteou, até hoje, possuo o vinil do REAL THING grudado com essa figura.

 

RUSH

Possuo mais de 20 LPs deles. Até hoje nos finis de semana, eu os ouço à exaustão. Rush, fez parte do meu cotidiano.

Foi um espetáculo com mais de 3 horas de duração e fiquei preocupado porque havia entornado uns conhaques e estava na excursão do ‘Fibe’ (organizador e morador do Gama, então fomos à Galeria do Rock, regurgitei praticamente em todas as lixeiras que tinha por lá, perto do show estava 100%, fiquei na pista, até hoje tenho um pedaço do tíquete do ingresso guardado dessa brutalidade sonora.

 

URIAH HEEP

Esse foi um grupo que demorei para digerir e apreciar, acabei conhecendo a fundo com o glorioso Gílson ‘James Dio’ que me gravou uma fita cassete que se tornou básica em minhas audições de finais de semana movidos a muitas cervejas.

O show em si não estava muito cheio, mas a atmosfera deles tocando ao vivo é surreal, ótimas lembranças dessa noite...

 

PATRULHA DO ESPAÇO

Um dos melhores produtos musicais rock'n’roll que não deixa nada a desejar às bandas gringas. Se fossem de fora, estariam em um nível de respeito, qual Whitesnake, Uriah Heep...

Tive a honra de ir à casa do longo amigo de data, Mário Pazcheco para apreciar a obra de arte sonora. O bacana foi que foi bem intimista com as pessoas podendo conversar com os caras, bati um papo legal com o Júnior, eu estava com a família completa e todos se divertindo pra caramba.

Tenho guardado até hoje o pôster com assinatura deles e um monte de convidados, meu filho ainda tem a camiseta surrada de lembrança que adquiriu lá.

Na semana decorrente ao show, Júnior publicou um agradecimento exclusivo a mim e família pela presença no dopropriobolso.com, ficamos extremamente lisonjeados.

 

Resumidamente o texto foi uma viagem vertiginosa. De uma trajetória paralela no Serviço público, em ônibus que nos deixavam e nos buscavam nas paradas dos Ministérios.

Nessa época, recebíamos um salário mínimo, nossa vida era aventureira e verdadeira em caminhadas para o Conic.

Nos mudamos, ele para o Gama, eu para a chácara e contraímos matrimônio e filhos. Nossos encontros rarearam, mas sempre que o destino beirava o abismo, Révero Frank estendia a mão e mantinha no trilho o vagão do rock’n’roll.

 

Em última instância, outro ascensorista importante em nossas vidas, foi Ely Mendes que nos apresentou. Antes, Ely tinha apresentado Rolldão Rock Halen, outro afamado produtor de rock’n’roll da cidade e pouco tempo depois nos apresentou mais este guri. E o futebol com o rock e o sindicalismo nos deixou mais completos e felizes.

 

A nossa amizade dura mais tempo do que os nossos casamentos!!

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