ALIENBALADA: GENEALOGIA DA FAMÍLIA DIAS BAPTISTA
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GENEALOGIA DA FAMÍLIA DIAS BAPTISTA
(pesquisa de Silvia Cristina Faustino & Rafael Borges Dias Baptista**)
O Capitão Apiaí, pai do Cel. Pedro Dias Baptista, Ten. João Dias e Francisco Dias, era fazendeiro além do Rio Novo. Foi atacado por bugres e morto perto de uma figueira. A sede de sua fazenda ficava onde hoje está a Empresa Pastoril Rio Pardo.
Fundador de Águas de Santa Bárbara juntamente com Francisco Dias Baptista, em 20/04/1868. Veja os livros de Gesiel Júnior sobre Águas de Santa Bárbara.
Dizem que foi morto pelos índios da região.
Alguns relatos afirmam que nasceu por volta de 1783, em Apiaí, onde casou-se na primeira metade de 1800 e teve 9 filhos.
Foi o primeiro proprietário da Fazenda Rio Claro (Lençóis Paulista) - inventário de janeiro de 1856.
"Um pouco da História do Avaré - outrora Rio Novo", de Jango Pires (João Baptista do Amaral Pires), Ed. Arcádia São Paulo - 1952, p. 20.
A Saga do Capitão Apiaí no Sertão
Um dos casos mais conhecidos no passado lençoense envolve a família Dias Baptista: a morte de Ignácio Dias Baptista, o Capitão Apiaí, em confronto com os índios. As pesquisas históricas ainda não comprovaram os reais motivos e o local de seu óbito, mas os relatos do passado atribuem peculiaridade ao fato.
Em 1857, o informante Urias Nogueira de Barros recebeu um ofício do Governo Imperial para que enviasse um relatório de sua excursão pela região de Botucatu, Itapetininga, Capão Bonito, Rio Paranapanema e Rio Claro.
Em seu relatório, o informante afirma ter adentrado o sertão por volta de 1838, explorando as entradas da comarca para conhecer os campos e minerações. Relata ter entrado pela vila de Itapeva, encontrando resistência por parte das pessoas que habitavam as grandes fazendas que cercavam o sertão.
Não estando muito familiarizado com a navegação no Paranapanema, Urias Nogueira de Barros teria encontrado tribos indígenas "embravecidas", como ele mesmo relata, nas margens do rio, nas proximidades de Botucatu.
Os índios teriam matado um homem chamado João de Deus, migrante de Minas Gerais, crucificando-o com os braços abertos até a morte. Num relato sobre um conflito entre brancos e índios, conta-se que uma família, não especificada como sendo a de João de Deus, teria se recusado a abrir as portas e disparado tiros pelos buracos das portas.
Relata-se que o Capitão Ignácio Dias Baptista e uma menina de onze anos teriam morrido nesse conflito. O relato da época, no entanto, apresenta redação, gramática e sintaxe confusas, o que impossibilita interpretações mais precisas e detalhadas.
Uma outra versão da morte do Capitão Apiaí foi transmitida oralmente de geração em geração. Segundo essa versão, Ignácio Dias Baptista teria castrado os índios, que, por vingança, o mataram. (MPS)
Textos da página B4 do jornal Folha Popular de 20/12/2003 - Jornal de Lençóis Paulista.
Atuantes na Política e no Militarismo: Membros da Família Dias Baptista
Membros da família Dias Baptista figuram entre os primeiros grandes proprietários de terras de Lençóis Paulista.
A colonização no Brasil ainda era tímida quando surgiram no País os primeiros Dias Baptista. O século 18 não havia completado sua primeira metade, e a família já iniciava sua trajetória.
Estima-se que o sobrenome tenha origem em Iguape, por volta de 1737, com o casamento do português João Baptista de Souza, natural da Ilha da Madeira, e Ana Dias Pereira, nascida na própria cidade.
Da união nasceu Tomás Dias Baptista, o primeiro membro da numerosa família que desempenharia importante papel em Lençóis um século mais tarde.
Tomás Dias Baptista foi lavrador em Iporanga e minerador em Apiaí, local do nascimento de seus 13 filhos. Na cidade, por volta de 1783, nasceu Ignácio Dias Baptista, o futuro aventureiro conhecido como Capitão Apiaí. Ele casou-se ainda em Apiaí com Flábia Domitila Monteiro e, na primeira metade do século 19, adentrou o sertão paulista, explorando a região de Lençóis. Teve nove filhos: Ritta, Roberto, Antônia, Francisco, João, Maria, Benjamim, Pedro e Eufosina.
Atuantes na política e no militarismo, Roberto, Francisco, João e Benjamim Dias Baptista desempenharam influentes papéis em Lençóis, figurando entre os primeiros grandes proprietários de terras da localidade. Muitos dos descendentes de Benjamim fixaram residência na cidade, mantendo o sobrenome da família até os dias atuais.
Os outros ramos dos Dias Baptista partiram, ainda no século 19, para cidades como Avaré, Águas de Santa Bárbara (antiga Santa Bárbara do Rio Pardo) e Piratininga.
Propriedades
Nos registros do Arquivo do Estado, entre os primeiros possuidores de terras de Lençóis, figuram os Dias Baptista. Chegando à região antes da lei de 1850, que encerrou definitivamente a série de apropriações de terras, o capitão Ignácio Dias Baptista foi o primeiro proprietário da fazenda Rio Claro. Ele viria a falecer em um confronto com os índios nas imediações de seu território.
Registradas no inventário, as terras de Ignácio Dias Baptista foram herdadas, em janeiro de 1856, por seus filhos João Dias Baptista, Francisco Dias Baptista e Roberto Dias Baptista, além de sua esposa Flábia Domitila Monteiro. João Dias Baptista herdou a fazenda Rio Claro, e Roberto Dias Baptista, a fazenda Rio Pardo. Já Francisco Dias Baptista ficou com uma parte da fazenda Serrado. Francisco possuía ainda outras seis fazendas. As fazendas Das Pedras e Jacutinga foram adquiridas de Francisco Prado, Joaquim José Pereira e António José Mendes, em 1852. Em 1854, o capitão comprou a fazenda Barra Bonita de António Moreira de Souza. As fazendas Três Capões e Paiol foram compradas de Francisco Manoel de Oliveira, em 1853, além da fazenda Jaboticabal.
Textos da página B4 do jornal Folha Popular de 20/12/2003 - Jornal de Lençóis Paulista
Laurentino Mendes de Moraes - Bisavô materno de Cláudio César Dias Baptista, nasceu em Paraibuna, São Paulo, e faleceu aos 94 anos. Foi músico emérito e chefe de uma banda onde tocava tuba. Era avô materno de Clarisse Leite (mãe de Cláudio César). Laurentino teve 13 filhos, dentre os quais conhecemos: Benedita (pianista), Alda (professora), Maria Aparecida (professora), Adília, Maria de Paula, Orlando Mendes de Moraes (professor que escreveu vários livros didáticos), casado com Antonieta Pauloja de Moraes, e Judith Borges de Moraes Leite (avó materna de Cláudio César), professora que foi a primeira a introduzir o método analítico no Brasil, traduzido por Miss Browne, sua professora.
Carlota Leopoldina de Araújo Leite - Bisavó materna de Cláudio César Dias Baptista, filha do capitão Joaquim Carlos de Araújo (trisavô de Cláudio César e capitão de uma nau particular a vapor chamada Itambé, cuja miniatura está exposta no Monte Serrat, em Santos; a nau atravessou o Atlântico) e Florisbela de Araújo. O capitão e sua esposa estão enterrados sob as lajes da Matriz de São Vicente. Durante a travessia do Atlântico, houve uma tempestade, e o capitão Joaquim fez o voto de, caso chegasse com vida ao Brasil, doar as duas imagens que trazia a bordo à Matriz de São Vicente. Assim o fez. As imagens estão lá e são de Nossa Senhora das Dores e Nosso Senhor dos Passos.
Cel. Horácio Dias Baptista – Avô paterno de Cláudio César Dias Baptista, casado com Francisca de Oliveira Dias. Tiveram 13 filhos, dentre eles: Pedro Horácio Dias Baptista (diretor do trânsito em São Paulo, era o mais velho dos irmãos e casou-se com Conceição, tendo os filhos Cléomenes e Cléia); Benedito Dias Baptista (teve um filho chamado Celso e outros no segundo casamento); Paulo Dias Baptista (cirurgião dentista, casado com Sânia, tiveram os filhos Marcus Paulo e Sânia Cristina); Renato Dias Baptista (médico e artista, morreu no Rio de Janeiro); Cláudio Dias Baptista (casou-se com Arany); César Dias Baptista (pai de Cláudio César, Arnaldo e Sérgio Dias Baptista, casado com Clarisse Leite); Cícero Dias Baptista (o caçula, casado com Neusa); "Tio Seu D." (?); Olga Dias Baptista (casada com Henrique Machado, que era juiz e desembargador, tiveram um filho chamado Renato e uma filha chamada Suzana, ambos advogados); Carmen Dias Baptista (casada com Sérgio Camargo, que fazia espadas tipo europeu, tiveram uma filha chamada Carmen); Vitalina (?); Dinorah (professora de física, casada com Flávio); "Seu Dias" (ficou no interior de São Paulo e teve vários filhos).
O Cel. Horácio Dias Baptista fazia as facas com hélices e foi prefeito de Avaré e membro da Polícia Marítima de São Paulo. Foi também exímio tocador de violão e viola. Sua esposa (Francisca, ou vó Chiquinha) fazia crochê enquanto ouvia novelas no rádio.
Tania (sem acento no “a”) é filha de Nelly e neta de Zilda.
*"Meu avô Horácio Dias Baptista, pai de meu pai César Dias Baptista, esculpia madeira a canivete, fazia faquinhas de madeira com serrilhados e hélices que giravam para o lado que ele quisesse, conforme as raspasse com uma vareta de um jeito ou de outro. Fazia também, mas antes do meu tempo, violas e violões, o que sei só de ouvir dizer. Ele fazia, outrossim, io-iós e iá-iás, sendo estas últimas uns io-iós maiores, todos eles sempre coloridos a fogo e com tintas variadas. E fazia bonecos gira-mundo, apitos para os pios de diversas aves, bem como estilingues e o que chamava de bodoques: uns arcos feitos como os de atirar flechas, mas com duas cordas e uma malha no meio delas, na qual colocava bolinhas de argila, obtida na obra da construção da loja Sears, na época da Rua Tanabi, em Vila Pompéia, onde ele morava numa casa com minha avó Francisca de Oliveira Dias e também com Sérgio Camargo, marido de sua filha Carmen e esta".
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*"Violões têm histórias misteriosas. Herdei o de meu avô Horácio, um bonito e sonoro violão timbrado em mi, todo preto com frisos brancos, fabricado pela Del Vecchio. Guardei-o no porão, onde construía as gitarras, que nunca se desmanchavam, fosse qual fosse a cola, apesar da umidade. Mas o violão... certa noite, negro como ele, apanhei-o pelo cabo, e só veio na mão. O instrumento se decompôs inteirinho. Teria sido a cola? Talvez eu não o merecesse. Acho que meu avô o queira todinho no Além".
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Judith Leite Borges de Morais – Mãe de Clarisse Leite Dias Baptista. Judith era mística. A única foto que dela restou está nas ilustrações de "Géa", onde Judith personifica a avó de Clausar, cujo nome você me dará a honra de descobrir, lendo este escrito".
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Sérgio Camargo – "Deu origem ao personagem 'tio Sérias'. Ele fazia espadas de tipo europeu, em madeira, para seus sobrinhos futuros mutantes: Cláudio, Arnaldo e Sérgio brincarem; além de fazer facas de madeira com serrilhado do lado oposto ao gume, que, friccionadas com um pauzinho, faziam girar para um lado ou para o outro uma hélice de madeira que ele espetava na ponta da faca com um alfinete; bonecos 'gira-mundo', que são articulados de madeira, presos a dois barbantes no topo de um 'H' também de madeira, que davam cabriolas quando se apertava e soltava a base do 'H'; peões, ioiôs e iaiás (ioiôs grandes) decorados com motivos geométricos coloridos; apitos para vários pios de aves; bodoques (arcos como os de flechas, mas com dois cordões e uma malha no centro para lançar bolotas de barro)".
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César Dias Baptista - Nascido em Avaré, foi jornalista (escreveu uma crônica diária no jornal O Dia de São Paulo), escritor, poeta, cantor lírico (na juventude, participou do Coral Paulistano) e secretário particular de Adhemar de Barros, além de ter alcançado um cargo de diretoria em uma secretaria de estado de São Paulo.
"Meu amado pai, casado com minha mãe Clarisse Leite Dias Baptista, exímio artista (cantor lírico, poeta e escritor, cujas mãos abarcaram São Paulo e cujo espírito abarca o Infinito), já passado pela transição, pai também com ela, de Arnaldo e Sérgio Dias Baptista." (CCDB©)
Clarisse Leite Dias Baptista - Quando jovem, foi uma das melhores pianistas do mundo e seu nome artístico sempre foi Clarisse Leite. O "Leite" vem de seu pai, Manoel José Leite, que faleceu antes de CCDB nascer.
"Clarisse Leite é minha mãe, já passada pela transição, celeste compositora e constelada pianista, mãe também de Arnaldo e Sérgio Dias Baptista. Note a significativa proximidade do nome de Clarisse com o de instrumentos musicais." (CCDB©)
Zilda e Paulo Leite - Irmãos de Clarisse Leite (mãe de Cláudio César), filhos de Manoel José Leite, filho de Carlota Leopoldina de Araújo Leite, casado com Judith Borges Vieira de Moraes Leite, irmã de Benedito Borges Vieira.
Cláudio César Dias Baptista - SP, 06/05/1945. O melhor técnico em eletrônica do Brasil durante vários anos (e ainda é considerado assim por muitos), manufaturou inúmeros instrumentos musicais, como guitarras e baixos, além de todo o equipamento eletrônico, instrumentos e caixas acústicas para o conjunto Os Mutantes. Atualmente, se dedica a escrever livros, tendo escrito a coleção de 13 volumes chamada Géa.
"No tempo, o nome Cláudio e a família Cláudia precedem a palavra 'claudicante', que se deve a um dos membros dessa família. Ao contrário dele, Cláudio César Dias Baptista nunca claudicou, conquanto eu tenha a honra de me chamar Cláudio. Meu nome é a composição, feita por meu pai, do nome dele, César, com o de um amigo, Gáudio Viotti. Ambos traduziam músicas e assinavam sob o pseudônimo Cláudio César. E jamais claudicaram."
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Arnaldo Dias Baptista - "Nome artístico 'Arnaldo Baptista', ídolo do filho (Sean Lennon) do máximo ídolo dos Beatles e tido como membro de um conjunto brasileiro superior aos destes, é meu adorado irmão do meio, compositor e instrumentista, o qual dispensa outras apresentações."
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Sérgio Dias Baptista - Nome artístico 'Sérgio Dias', é meu queridíssimo irmão caçula, onipotente compositor e inequiparável instrumentista; dedos onipresentes nas cordas da Guitarra de Ouro, pés ubíquos nos pedais; irmão também de Arnaldo Dias Baptista.
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Borges Vieira - Família de origem nobre, com armas no teto do palácio de Cintra, em Portugal.
Cintra - Família de Ana Maria Dias Baptista, casada com Cláudio César Dias Baptista (1º casamento dele, onde teve quatro filhas: Karen, Kely, Kathy e Kate), e que, posteriormente, voltou a chamar-se Ana Maria Cintra Barbosa.
Dalgiza Borges Carangola - MG, 11/06/1957. Pai: José Lourenço Borges Netto, porém a família era conhecida como Leite, em Minas Gerais, e eram fazendeiros. Mãe: Maria Izabel Borges, pertencente à família Mattos, no Rio de Janeiro.
Rafael Borges Dias Baptista - Rio de Janeiro, RJ, 28/02/1983. Ainda não decidiu o que será profissionalmente, mas tem grande habilidade manual (é datilógrafo e já foi excelente guitarrista, embora esteja sem tocar há mais de um ano). Adora trabalhos manuais, principalmente em madeira - está tentando construir um ábaco gigante. Atualmente, trabalha como professor de informática, estuda eletrônica e áudio com seu pai e estão reescrevendo um livro sobre eletrônica.
Silvia Cristina Faustino pertence à família Dias Baptista, radicada no interior de São Paulo (Avaré, Botucatu, Itatinga, Itu, Limeira). Desenvolveu um programinha para a árvore genealógica de mais de 150 anos dessa família. É bisneta de Maria Dias Baptista (nascida em 1986 em Avaré e falecida em 02/07/1958 em Presidente Prudente). A história começa antes de 1783 com o Capitão Ignácio Dias Baptista, de Apiaí/SP.
"Eu mudei meu nome agora, pois casei-me e agora sou Silvia Cristina Faustino Linhares de Albuquerque, 4ª bisneta do Capitão Apiaí (Ignácio Dias Baptista). O programinha que uso faz o cálculo usando 1ª bisneta, 2ª, etc. Estou também para colocar meu site novamente no ar, mas o tempo anda curto e tenho protelado um pouco..."