Alienbalada: Fim de viagem... Fomos da Terra ao céu. (1973)
- Details
- Hits: 16
"O A e o Z estava forte, mas Midani se achava e namorava Rita, que já havia saído dos Mutantes. Com certeza, ele tinha o controle da situação, enquanto o astral dos Mutantes estava tão baixo que ele acabou prejudicando a carreira da banda. Conheci bem e não o considero uma pessoa correta nem competente. Houve uma história meio sombria envolvendo Midani, já ao lado de Rita, contra Arnaldo e os Mutantes." (Dinho Leme)
"Mesmo com nós quatro tocando em um nível excepcional, a ausência de Rita sempre foi sentida." (Dinho Leme)
"Fui internado injustamente cinco vezes, apenas por defender a amplificação valvulada." (Arnaldo Baptista)
"Minha primeira internação como louco no Hospital Boa Vista foi causada por Rita Lee, que acreditou nas palavras de um padre: a amplificação valvulada, defendida por Arnaldo, seria um pacto com o demônio que ele teria feito." (Arnaldo Baptista)
"Lembrei-me do fato que desencadeou a fabricação dos amplificadores transistorizados. Na época, um ano antes do lançamento, no Brasil, do primeiro amplificador transistorizado – o Phelpa 40 Watts –, houve, nos Estados Unidos, um pronunciamento da NASA proibindo o uso de aparelhos valvulados em aeronaves. O motivo era o peso excessivo e a fragilidade das válvulas. Como consequência, a fábrica Kenwood, que estava montando uma linha de amplificadores transistorizados, declarou que as válvulas eram coisa do passado para a NASA." (Arnaldo Baptista)
O furo no nariz
"Os Atlantes acabaram por causa do KSE, Kier! Não acha, Cinda?
— Os Atlantes eram só Sérias, Ardo e Ree. Ardo se deu mal.
— Os Atlantes éramos nós e o Té, Cinda.
— Eu não tocava mais.
— Não precisava tocar para ser sempre um Atlante.
— Obrigado... Isso não tem mais importância. Minha preocupação é com o Cray.
Principalmente por seu aviso, Kier, ao contatar a tal Irmandade. Ele tem andado muito estranho! Outro cromat pediu-me para furar-lhe o nariz e pôr-lhe um brinco, sem empregar anestesia. Relutei, mas Cray insistiu, e satisfaço-lhe a vontade: afiei em ponta uma chave de espira, desinfetei-a e perfurei-lhe a cartilagem lobular. Não achei estranho o fato de Cray usar esse adorno — muita genk, dita sã, faz disso seu encanto. O assustador era a feição, a expressão dele, enquanto eu enfiava-lhe nessa carne tão sensível a chave de espira! Ardo tinha os írios esgazeados, tremia e respirava ofegantemente, como se a dor lhe causasse o mais intenso prazer!
Como se me ferisse ao ser ferido por mim!"
* O episódio inteiro está descrito em Géa - página 1356, Livro Sexto.
** Nota: Onde se lê "chave de espira", (quer dizer "chave de parafuso"); onde está "írios", a tradução é "olhos".