O Resgate Emocional de Serguei
- Details
- Hits: 5931
Sarau Psicodélico apresenta o resgate emocional de Serguei
Serguei + Banda Pandemonium (RJ)
America Rock Club
Bandas Convidadas
Kábula
Elffus
Quinta Essência (Tributo a Janis Joplin)
Dança do ventre Carol Freitas
Poetas
Fernando Freire
Walter Sarça
Haroldo
André, Pazcheco, Sérgio e Fellipe CDC
Crítica objetiva por: Fellipe CDC
11 jun. / 2010 - A incansável Cida Carvalho, ativista cultural; promove outra sessão do Sarau Psicodélico. O palco dessa vez foi a casa America Rock Club, nova casa de espetáculos do Distrito Federal, situada no Pistão Sul, em Taguatinga, a qual oferece inegável estrutura tanto para músicos; quanto para o público. A união, Cida Carvalho/America Rock Club, nos ofereceu o privilégio de presenciar a um show do lendário roqueiro brasileiro, Serguei, que incansavelmente não esconde seu affair com Janis Joplin.
Futebol, Mulher e Kábula
Após um breve recital poético, a Kábula inicia com o pé direito o lado roqueiro do Sarau Psicodélico. Não, que explicitamente a poesia tenha sua faceta roqueira e musical. Bom, eu acho que vocês entenderam minha tentativa de trocadilho, certo?
Kábula, o quarteto subiu ao palco e esbanjou profissionalismo, musicalidade e decibéis. Seu novo baterista, o pupilo, Leonardo; foi um achado. Ricardo, continua um carismático vocalista e ótimo front-man; enquanto os homens das cordas, Wagner e Osires – desfilam uma técnica mais apurada e entrosada. Além de músicas dos primeiro CD (Papillon e Na Estrada), a Kábula aproveitou o gancho da Copa do Mundo e tocou Futebol, Mulher e Rock’n’roll.
Mais poesia... mais recitais...
Old rock'n'roll da estrada
Logo depois, outra dose cavalar de rock'n'roll com a lenda candanga do Elffus. Para atiçar, Selva (guitarrista) e Fernandão (baixo) brincavam com o público tocando introduções de grandes clássicos do heavy-metal. E falando em heavy, essa é a formação que deixou o som da veterana Elffus mais pesada, felizmente sem abandonar o repertório da banda fincadas nas raízes do blues, rock’n’roll e hard.
Fato evidente a cada show, cada lançamento – aliás, diga-se, o trabalho novo esta impecável! A energia da banda foi tanta que provocou uma inusitada invasão de palco. Outra grande apresentação.
Desce rock, sobe poesias de Augusto dos Anjos, citações a Joy Division e Jim Morrison...
Descidos os versos, sobe a hipnótica dança do ventre, no balançar dos quadris da ‘maravilhosa' Carol Freitas, exclamação do balconista!
Após a dança do ventre...
Para distrair, o grande telão ataca com o velho Robert Plant laureado pela Strange Sensation.
Enfim, o Quinta Essência começou a prestar sua sincera e bem executada homenagem à deusa branca de voz negra Janis Joplin. Com um exclente quarteto de músicos, Mariana, a cantora, pode se soltar, abusando da confiança e conquistando o público, com hits que perduram anos, fizeram os presentes cantarem e dançarem durante todo o set.
E tomem poesia e dá-lhe poesia...!
Cida Carvalho, a fada madrinha que realizou nosso sonho
E chega a hora do Pandemonium
Após os agradecimentos e as palmas da batalhadora Cida Carvalho; Pandemonium, a banda carioca que toca com Serguei há mais de dois anos e meio; aqueceu a platéia com músicas do próprio Serguei e um leve ataque de covers e uma calorosa homenagem ao mestre Cazuza!
O Anjo Maldito finalmente pousou no solo e foi imediatamente ovacionado pelo público. Esse jovem senhor aos 76 anos, esbanjou energia dando uma aula de rock’n’roll para servos com idade para serem filhos, netos e, quiça, bisnetos dessa entidade do rock Brasil.
Serguei, esse experiente maluco com alma de puta, com notórias falhas vocálicas, colocou todo mundo para dançar, seja com as composições ou nos diversos covers executados a saber: Barão Vermelho, Queen, Steppenwolf, Rolling Stones e, é claro, Janis Joplin. Uma bonita e merecida festa em celebração às estrelas findas e ativas deste rock’n’roll, que gostamos.
Putaria... Nunca pensei em ouvir Serguei no mictório; enquanto fãs(meninas) passavam-lhe a mão... no peru! Para André, foi o show em que Serguei tomou mais dedadas... Pense num velho bolachão de hits dourados do rock’nroll que você tem a maior estima e que infalivelmente você acaba sempre ouvindo-o em detrimento de centenas ... Assim é o show do Serguei; com André fazendo os backing-vocals. Serguei começa com With Little help from my friends a la Joe Cocker (sem o vozeirão), Cry me a river fez Cida Carvalho chorar, e é claro que não podia faltar Summertime, rapidamente ele ainda coloca no roteiro Love of my life dedicando-a a Freddie Mercury e faz uma brincadeira com Rolava Bethania. O final é apoteótico Serguei e Pandemonium atacam de Born to be wild e fecham com Satisfaction após o show o assédio é interminável. Vou embora feliz... O segredo da Quinta Essência está no repertório, normalmente ela (Mariana) canta um álbum-duplo, ou seja, 24 canções, hoje reduziram para clássicos como Piece of my heart, Cry Baby, Summertime, Get it while you can, Me And Bobby McGee, Turtle Blues, One Good Man e Mercedes Benz. Segundo Serguei: - Mariana é a melhor voz cantando Janis que ele ouviu! Para Kábula e Elffus um rápido papo Elffus deixa o rock rolar
|