Rolando Castello Júnior passou por aqui
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Um balanço das horas ao vivo com Rolando Castello Júnior
por: Mário Pzacheco
“A vida é curta, a arte é longa, a oportunidade é fugaz, a experiência falaciosa e o julgamento difícil.” Hipócrates
Em 2006, eu trouxe a Patrulha do Espaço para tocar em Brasília no Blues Pub. E desde então Júnior passou a orbitar as asas de Brasília e podemos sentar no Conic e tomar cerveja ou ir ao apartamento e passar a tarde vendo fotos pôsteres.
Fora da moldura do contexto
31 jan. / 2011 - Sobre Arnaldo ele compõe uma imagem desgastada em nova, Arnaldo já era assim... Com outro olho no passado lamenta as saídas de Cornelius, e da empresariagem de Manoel Paladian quem cuidaria da imagem da banda? Brevemente chegaria a própria vez de Júnior sair do Made in Brazil com bagagem e experiência vitais para os confrontos de manter a própria agenda.
Em 2010, no Tributo ao Aeroblues, em Buenos Aires, um reencontro de muitos músicos argentinos dos anos 70, como músicos do Neblina, depois do sucesso do tributo ao Aeroblues, Junior apertou as mãos de quase 400 fãs que atrás das cortinas gritavam seu nome, neste negócio não só se vive de música e grana, o musico precisa desse reconhecimento.
Na Argentina, uma ou duas coisinhas o desapontaram, os músicos do Aeroblues não tiveram tempo e interesse para ouvirem uma fita rara com material inédito e ao vivo do Aeroblues que Júnior levara.
Reencontramos-nos na Estação Metrô Feira no Guará e partimos para uma intensa rodada de cervejas e bate-papo, caminhando pela feira Rolando pensou ter se encontrado com um guitarrista conhecido, era um mero engano:
Júnior pergunta: — Você é guitarrista? Ao que o carinha, responde — sou baterista! E Júnior timidamente se reconheceu:
— Também sou baterista!. Mal o carinha sabia que Júnior havia escrito um dos mais portentosos capítulos de bateria na história do instrumento e do rock’n’roll brasileiro.
A tônica da tarde
A coisa se resume mais ou menos em duas divisões: um careta não conseguiria avançar alguns estágios e a conversação se esburacaria ladeira abaixo. O papo do Júnior é cheio de minúcias de como o passado por mais distante inegavelmente aparece todos os dias. Geralmente, ele usa uma camiseta de algum festival que participou e prende os longos cabelos com a barba feita parece aquele menino das capas de disco.
Júnior pega o celular e procura por Thomé, misto de amigo, roadie, roqueiro e fã, só que Thomé desapareceu por alguma nuvem em Samambaia onde toca na Guariroba Blues.
Ainda no Quiosque recebe ligações confirmando a Patrulha do Espaço num festival em Minas Gerais e numa outra ligação, “Alemão” atual guitarrista da Patrulha do Espaço fala de novas datas e dos planos e da estratégia de gravarem um novo disco onde estão planejados até quais serão os bônus.
Nossos encontros são fortuitos sem fotos ou gravadores, eterna entrevista inédita e improvável, pois não poderia ser publicada na íntegra.
Rolando Castello Júnior passou a tarde mergulhado no rock argentino ouvindo os vinis riscados de ”Rock de La Mujer Perdida” dos Los Gatos e “El Leon” do Manal alguns dos melhores roqueiros argentinos que em algum ponto da carreira foram assessorados por sua bateria.
Depois de muitas cervejas e antes que Marta Benévolo chegasse para resgatá-lo prometeu-me um ensaio em nossa casa como em outras vezes.
Festival 12 Horas de Rock, dezembro 2010. Foto: Marta Benévolo
Por Mário Pacheco, neste último sábado 29 de janeiro de 2011