Leilão dos Beatles na Argentina decepciona com baixas vendas
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15 out. / 2011 - O segundo leilão de artigos dos Beatles realizado na Argentina nesta quinta-feira não respondeu às expectativas dos organizadores, já que quase dois terços dos 122 lotes ofertados, dentre eles os que incluíam as peças de mais destaque, ficaram sem comprador.
Nenhuma das quatro guitarras assinadas pelos integrantes do Fab Four, cujos preços de partida oscilavam entre US$ 9,4 mil e US$ 20 mil, receberam ofertas. Da mesma maneira, ninguém se interessou pelo objeto mais valioso do leilão: um desenho assinado por John Lennon em 1969, no qual ele aparece acompanhado de Yoko Ono, que valia US$ 23,5 mil, metade do que pagou seu dono em 1995.
O Banco Ciudad de Buenos Aires, organizador do evento, esperava repetir o sucesso do ano passado, quando a capital argentina recebeu o primeiro leilão de peças relacionadas aos Beatles, que contou com cerca de 500 colecionadores.
Naquela ocasião foram vendidos 85% dos lotes, arrecadando aproximadamente US$ 500 mil. Na noite desta quinta-feira, o público do leilão não chegou a 100 pessoas.
Os objetos de ambos os leilões pertenciam em sua totalidade ao argentino Raúl Blisniuk, a quem o livro Guinness definiu em 1998 como o maior colecionador de objetos dos Beatles da América do Sul.
Carlos Rocha, representante do banco, disse que estava surpreso com o fato de que enquanto diversas peças interessantes e com preço baixo - como algumas fotografias originais - não encontraram resposta do público, outras foram vendidas a preços muito altos.
Um caso que chamou atenção foi o de um pastilheiro de edição limitada que ilustra o famoso Yellow Submarine, título de um dos álbuns mais bem-sucedidos da banda, que saiu com um preço inicial de US$ 283 e depois de uma apertada disputa foi vendido por US$ 4,7 mil - "um absurdo", na opinião de Rocha.
Dos artigos comprados, os mais caros foram dois discos de ouro arrematados por US$ 8,2 mil e US$ 10,6 mil, respectivamente. Já entre os que não encontraram compradores está a polêmica capa de Yesterday and Today, censurada por mostrar os rapazes com roupas de açougueiro, rodeados de carne e bonecas decapitadas. Por esta peça se pedia um preço inicial de US$ 1,6 mil.
Os lotes, que incluíam, além disso, cartazes, bonecos de época, bilhetes, cheques, e entradas de concertos, tinham sido exibidos durante uma semana para que potenciais compradores pudessem examinar as ofertas.
Todas as peças fazem parte da coleção Memorabilia Beatles, exibida em Buenos Aires em 1996 e 2002, e que Blisniuk conseguiu reunir depois de uma minuciosa busca que durou quatro décadas. O colecionador possui cerca de 10 mil objetos dos Beatles.
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EFE - Todos os direitos de reprodução e representação reservados.
Leilão na Argentina revive Beatlemania 5 out. / 2011 - Buenos Aires (Reuters Life!) - Um desenho original feito por John Lennon integra os mais de 120 lotes de itens dos Beatles que serão leiloados na Argentina pelo maior colecionador da banda na América do Sul. A coleção que será leiloada no dia 13 de outubro pelo Banco Ciudad é do argentino Raul Blisniuk, que entrou no Livro dos Recordes em 1998 como o maior colecionador de itens dos Beatles da América do Sul. O leilão também contará com fotografias antigas em preto e branco, um baixo autografado por Paul McCartney, cheques assinados, LPs e até notas reais de dólar com imagens da banda de rock mais influente do mundo no lugar onde deveria aparecer o rosto de George Washington. "Minha paixão pelos Beatles vem da infância... eu cresci com a Beatlemania e sou um fanático pelos Beatles", disse Blisniuk, que começou a colecionar fotos dos discos do grupo aos 13 anos. "Vim de uma família pobre, então meu pai não podia comprar os discos, mas com o tempo, eu comecei a guardar recortes de jornal, revistas e minha coleção cresceu." Em um evento para apresentar os itens em Buenos Aires, na terça-feira, os membros de uma banda em tributo aos Beatles, chamada Danger Four, chegaram em um táxi preto londrino vestindo ternos escuros e com os cabelos no estilo dos integrantes dos Beatles. Eles tocaram algumas das músicas mais conhecidas do grupo para comemorar a última performance ao vivo dos Beatles -- um show de improviso em 30 de janeiro de 1969, no teto da sede da Apple na Savile Row perante londrinos surpresos na hora do almoço. O Danger Four tocou no topo do prédio do Banco Ciudad, no centro de Buenos Aires. Na plateia estavam atores em roupas dos anos 1960 interpretando fãs gritando, e curiosos tirando fotos com as câmeras dos celulares. "Os Beatles são energia e é por isso que nós sabemos que eles sempre vão atrair atenção. Eles são únicos e eu não acredito que haverá alguém como eles novamente", disse Blisniuk. "Eu sempre disse que as coisas mais importantes na minha vida são minha família e eles, os Beatles." (Reportagem de Luis Andres Henao) |