Joni Mitchell: A Musa

Joni Mitchell

 Joni Mitchell, a musa

     As pessoas que viram os diários de Cobain disseram que eles contêm desenhos, letras de música e listas de músicos que influenciaram o menestrel da melancolia. Joni Mitchell aparece em primeiro nos cadernos iniciais, mas depois é desbancada pelas divas da música independente Breeders.

Há 27 anos - 21 nov. / 1982 - A cantora Joni Mitchell dá uma pausa na divulgação de seu novo álbum, "Wild Things Run", que marcou sua estréia na gravadora Geffen, e casa-se com o baixista de sua banda, Larry Klein, na casa dele, em Malibu, na Califórnia.

 

 Joni Mitchell faz show para fãs conhecidos
 por Editor Rockwave 
 
 Há 14 anos -  6 nov. / 1995 - Há um ano do lançamento do álbum "Turbulent Indigo", a veterana Joni Mitchell faz um show surpresa no Fez Club, de Greenwich Village, em Nova York, para cerca de 200 fãs. Entre eles, estavam algumas figuras bastante conhecidas, como Chrissie Hynde, do Pretenders, Natalie Merchant, do 10.000 Maniacs, e Carly Simon.

 

Cantora Joni Mitchell sente "vergonha" de estar no ramo da música 
da Reuters, em Los Angeles
Há 7 anos - 16 out. / 2002 - A cantora e compositora Joni Mitchell, no momento em turnê promocional de seu novo disco, disse que está "envergonhada" de fazer parte da indústria da música e que poderá parar de gravar.

"Acho que é um esgoto", disse o ícone do folk-rock de 58 anos na última edição da revista Rolling Stone. ``Espero que tudo isso vá pelo vaso abaixo. Nunca vou fechar mais um contrato com uma gravadora, o que significa que posso não gravar novamente, ou tenho que achar um jeito de vender pela Net ou fazer alguma coisa diferente. Mas juro que não vou mais encher o bolso deles.''

 Curiosamente, Mitchell acabou de assinar contrato com a Nonesuch Records, que vai lançar seu novo álbum, "Travelogue", em novembro. A cantora estava antes na Reprise Records, onde gravou discos que não venderam bem, mas ganharam vários prêmios Grammy.

Mitchell também atacou a MTV, reclamando que sua netinha de 3 anos já pega na virilha e dança imitando os vídeos da emissora.

"É trágico o que a MTV fez ao mundo", opinou Mitchell, que foi eleita a quinta maior mulher da história do rock pelo canal parceiro da MTV, o VH1.

Mitchell, que já foi descrita pelo seu amigo David Crosby como "humilde feito Mussolini'', chegou a descrever a música contemporânea como "doente e apática... com acordes chatos e péssima atuação".

 

 Joni Mitchell em dois lançamentos
 Por Ricardo Seelig
Há 4 anos -  A clássica cantora Joni Mitchell está lançandos dois novos álbuns: o primeiro terá o título de “Joni Mitchell: Artist´s Choice”, e conterá versões de músicas que influenciaram a artista; o outro se chama “Joni Mitchell: Selected Songs”, e trará versões de músicas de nomes como Elvis Costello e Bob Dylan.

Os dois CDS chegam ao mercado no dia 16 de fevereiro 2005.

 

 Azul como aquele dia mais triste 
 Por: Jairo de Souza - poppycorn
 

 19 fev. / 2004 - Bob Dylan, Neil Young, Van Morrison, Joan Baez, Graham Nash, David Crosby, Steve Stills.... Esses são uns poucos nomes que fizeram sucesso na década de 70 e que são conhecidos até hoje. Porém, infelizmente, um nome deveria estar presente nesta lista e, por desleixo nosso (como ouvintes e apreciadores da música), não o damos grande atenção. Mesmo tendo feito discos importantíssimos (mais de 20 álbuns em 30 anos de carreira), o nome Joni Mitchell ainda é estranho para muitas pessoas que se dizem amantes do rock.

Joni Mitchell, nascida Roberta Joan Anderson, passou por muitos problemas durante a sua carreira e, acima de tudo, se mostrou uma mulher lúcida e decidida. Sem dinheiro, com dificuldade de mostrar sua música ao público e grávida do ex-namorado, Joni teve que se casar, no desespero, com o cantor folk Chuck Mitchell, de quem herdou seu sobrenome artístico. O casamento durou apenas um ano e meio e, anos mais tarde, em 1967, Joni conheceu Elliot Roberts e o ex-membro do The Byrds, David Crosby, os quais foram de grande ajuda para o seu sucesso, conseguindo contatos para gravar seus discos e lugares para que ela pudesse se apresentar.

Depois disso, o sucesso veio rápido. O primeiro disco, entitulado somente de "Joni Mitchell" mas apelidado de "Song to a Seagull", foi lançado em 68 e vários artistas começaram a regravar suas músicas. Em 69, ela lança "Clouds" e, em 1970, recebe o Grammy de Melhor Artista Folk, o que foi o suficiente para a gravadora Reprise lançar, no mesmo ano, seu terceiro disco, "Ladies of the Canyon", que emplacou nas rádios e tornou-se seu primeiro disco de ouro (500.000 cópias).

Nesta época, o sucesso que Joni Mitchell tanto procurava começou a sufocá-la. A artista se dizia estar "presa em uma gaiola" e isolada do mundo. Com isso, ela reduziu drasticamente o seu número de apresentações, vendeu sua casa em Los Angeles e se escondeu na recém-comprada residência em British Columbia, perto da natureza, onde dispunha de serenidade e privacidade. Joni continuou lançando discos mas eram raras as suas aparições públicas, salvo alguns shows beneficentes.

Foi logo no primeiro ano de reclusão que Joni lançou a sua obra-prima: o disco "Blue". Este foi um dos álbuns confessionais mais importantes da história. Joni disse que estava em um "estado emocionalmente transparente" quando ela fez esse disco. Estudante de arte e pintora, Joni usa neste disco o azul como a cor que representa o seu momento de vida. Não um azul brilhante como o de um céu sem nuvens. Mas o azul enegrecido e sem vida que traz melancolia e tristeza. A capa do disco é um retrato do seu conteúdo. "Blue" é composto de um ciclo de canções que meditam sobre amor, perda e distância. Como bem disse o produtor Henry Lopez Real, "seus temas e inspirações são muito mais variados que a sua reputação de que é uma trilha sonora para a escolha entre a solidão e o amor". Realmente, o disco é muito mais complexo que isso, vide Last Time I Saw Richard, cantada pela Legião Urbana em seu álbum acústico.

As canções de Joni Mitchell são como feridas expostas, contos de amor e perda (duas palavras que possuem um relativo significado aqui) estampados com uma complexidade atordoante; até mesmo as faixas como All I Want, My Old Woman, e Carey - a mais branda, o momento mais esperançoso do disco - são escurecidas por momentos amargos de sofrimento e solidão. 

Como a artista não falava mais com a mídia, muito do material lírico do disco é entendido por suposições. Em algumas letras, Joni é bem explícita quanto aos seus sentimentos, mas, em outras, ainda é difícil decifrar o que passava no coração da artista ao compor suas canções. Somente recentemente foi que descobriu-se que a canção Little Green falava sobre a filha que Joni deu para adoção, fato que ficou guardado até 1994 (vinte e três anos depois do lançamento do disco). Neste ano, Joni cedeu uma entrevista para a revista Vogue na qual declarou: "Eu tinha dado luz a uma criança, estava falida, totalmente quebrada. E encontrei Chuck Mitchell, que disse que cuidaria de nós. Eu me sentia um pouco desgovernada... nunca nos entendemos. Fui à casa de adoção e disse 'Não consigo sair dessa situação'".

"Blue" é, sem sombra de dúvidas, o álbum mais importante da carreira da artista e um dos álbuns mais importantes da história do rock/folk.

 

Algumas curiosidades sobre a artista:
 

 - Joni ainda vive reclusa e quase nunca cede uma entrevista. Em uma das poucas entrevistas que cedeu, ela exigiu ser entrevistada pelo seu ídolo, Morrisey (ex-The Smiths). Morrisey, que também é fã declarado da artista, atendeu prontamente ao pedido e a entrevista (ou melhor, bate-papo) foi realizada.
 
- Em 2002, Joni lançou seu mais recente álbum, "Travelogue". Neste mesmo ano ela declarou: "eu tenho nojo de participar desse cenário musical", se referindo à industrialização que a música veio sofrendo.

- Várias das capas dos seus discos são assinadas pela própria cantora, já que Joni tem o hobbie de pintar desde a infância.

- Na segunda metade da década de 70, Joni começou a revelar seu interesse pelo jazz e chegou a gravar, em 79, um disco com o baixista Charles Mingus, entitulado somente de "Mingus".

- Em 1970, no Festival Isle Of Wight, considerado como sendo o Woodstock inglês, o show de Joni foi interrompido quando um homem entrou no palco pela parte de trás, retirou o microfone das mãos da artista e proferiu palavras reprovadoras quanto à organização e ao significado de um festival como aquele. O homem teve que ser arrastado para fora por seguranças. Este homem, curiosamente, era Charles Manson, o famoso serial killer.

 

 Joni Mitchell assina com Starbucks
  por: Gabriela Luz 
 
26 jul. / 2007 - A cantora Joni Mitchell assinou com o selo Hear Music, da cadeia de cafés Starbucks, para lançar seu novo CD, “Shine”. O álbum terá dez músicas, das quais nove foram escritas pela cantora - a exceção é a adaptação de um poema de Rudyard Kipling.

"Shine” será o primeiro da cantora de 63 anos com material inédito desde 1998 e estará disponível em setembro. Esta é a sua terceira colaboração com a cadeia de lojas: em 2005 a Hear Music lançou um CD com músicas escolhidas por Mitchell e um CD em que fãs famosos como Elvis Costello e Bob Dylan escolheram suas músicas preferidas da cantora.

O álbum de Mitchell segue o do ex-Beatle Paul McCartney, “Memory Almost Full”, que foi lançado em junho pelo selo da loja. O CD de Paul já vendeu 447.000 cópias e garantiu para o cantor a sua melhor posição em uma década nas paradas americanas, o 3º lugar. Segundo a Starbucks, 47% dos CDs foram vendidos em suas lojas.

 

 
 Joni revive
(Associate Press, em Nova York – Folha de S. Paulo)
 
Quase uma década após anunciar sua aposentadoria, compositora canadense lança disco com dez canções inéditas

     22 out. 2007 – Há nove anos, Joni Mitchell havia desistido da música. Não apenas como compositora – recusava-se também a ouvir. Dedicou-se à pintura, a filmes antigos na televisão e a se reaproximar da filha que entregara para adoção, em 1965.
Agora, aos 63 anos, ela mudou de idéia. Novamente inspirada pela natureza – e também pela ira que lhe provoca a política dos dias de hoje -, a cantora e compositora canadense, que influenciou desde o pop de Madonna ao jazz de Wayne Shorter, acaba de lançar “Shine”, com dez novas canções.
   
“Eu tinha começado a odiar a música. Não ouvia nem sequer o rádio, nem discos. Não conseguia me lembrar do que eu gostava antes em música”.

Então, num dia de verão em 2005, ela reencontrou sua inspiração musical. Ela tinha passado o dia olhando para o mar diante de sua casa rústica de pedra, ao norte de Vancouver, Columbia Britânica. Viu focas, uma garça, rosas. “Naquela noite, entrei e toquei uma música ao piano. Minha sensação era de bem-estar e gratidão”.

A melodia, inspirada em Debussy, se transformou na instrumental “One week last summer”, que abre “Shine”.

As canções passaram a aparecer. Bad Dreams começou com uma curiosa observação feita por seu neto de três anos: “Os sonhos ruins são bons no grande plano”. Night of the Iguana e Hana trazem a paixão por filmes antigos. Strong and Wrong é política: guerra no Iraque, aquecimento global, torturas, grampos ilegais.

Fiquei furiosa com o governo e com os americanos, por não fazerem nada”, diz ela. “As pessoas demoram tanto a fazer alguma coisa contra a transformação do país numa tropa de choque nazista..."

 

 
“Deixar a música foi fácil”, diz cantora
Compositora afirma que foi pintora primeiro e que os atuais executivos de gravadoras gostam apenas de ‘golfe e pornô’
Da Associated Press, em Nova York - Folha de S. Paulo
 

 Retorno começou a ser ensaiado há dois anos, quando ela foi convidada para compilar as músicas que a influenciaram
 
Joni Mitchell voltou ao foco da atenção pública há um mês, quando o selo Hear Music, da Starbucks, tocou “Shine” em 6.500 cafés. Na mesma noite, ela esteve na première em Manhattan do filme “The Fiddle and the Drum”, um balé anti-guerra baseado em canções que Joni criou com o coreógrafo Jean Grand-Maitre, do Alberta Ballet.

Em seguida, correu para o vernissage de uma exposição de seus trípticos, intitulada “Green Flag Song”. Focando os temas “guerra, tortura, revolução”, eles foram criados a partir de imagens fantasmagóricas de negativos em preto-e-branco fotografadas de imagens do History Channel e da CNN, vindas de sua velha tevê.

No dia seguinte, esfuziante, reuniu-se com o pianista de jazz Herbie Hancock, que compartilha sua crença no budismo e na fusão de gêneros musicais, para uma discussão livre durante um almoço com vários escritores. Hancock acabara de lançar “River: The Joni Letters”, interpretando as canções de Joni por meio de seu prisma jazzístico com a ajuda de Norah Jones, Corinne Bailey Era, Tina Turner e a própria Joni Mitchell. O CD saiu recentemente no Brasil, pela Universal.

A artista diz que não foi difícil deixar a música de lado durante boa parte dos últimos dez anos. Ela tinha sua pintura, que podia fazer sem se preocupar com os executivos de gravadoras. “Hoje em dia, eles (executivos) querem clones. Eles não gostam de música. Gostam de golfe e pornô”.

Dias de vovó
Seu álbum anterior com material novo, “Taming the Tigeer”, é de 1998. Depois dele, parou de compor canções e tocar piano e violão. Cumpriu o resto do contrato com a Warner com os álbuns orquestrais “Both Sides Now” (2000) e “Travelogue” (2002), nos quais cantou standards de jazz e algumas de suas canções antigas, como Woodstock e A case of you. Então, afastou-se.

“Meus dias se resumiam a ser vovó e a assistir a muita tevê. Pensava: ‘Será que isso vai ser o resto de minha vida?’”.
 Joni começou a repensar sua decisão de desistir de fazer música em 2005, quando a Starbuck Entertainment a chamou para compilar um álbum com as gravações que mais a haviam influenciado. Passou seis meses revendo “tudo o que já me emocionara muito. Desde a música erudita (Debussy) até o jazz (Miles Davis e Billie Holiday), passando pelo rock (Chuck Berry) e o folk (Bob Dylan).

“Fui pintora primeiro, mas me deixei atocaiar pela música – primeiramente como hobby, para pagar pelo que eu fumava quando cursava a escola de arte”, diz, ligeiramente rouca, enquanto fuma um cigarro após outro, hábito que desenvolveu aos nove anos, depois de quase morrer de paralisia infantil.

“No início, eu apenas cantava canções folk, mas então ocorreu uma tragédia em minha vida. Tive uma filha e a entreguei para adoção, e isso cava numa mulher um buraco muito grande e que é difícil explicar. Eu não tinha nenhum tostão, mas três anos mais tarde, tinha uma carreira e dinheiro”, lembra Mitchell, cujo primeiro álbum saiu em 1968. “Mas não gostava da fama. Compreendi o preço dela quando ainda era jovem”.

Seu maior sucesso comercial aconteceu no início dos anos 1970, em álbuns como “Blue” e “Court and Spark”, mas achou o som folk-pop demasiado restritivo para suas letras.

Então se voltou a harmonias não-ortodoxas, jazz, world music e comentários sociais mais contundentes, começando com “The Hissing of Summer Lawns”, em 1975.

“Fiz cinco álbuns, quatro dos quais elogiados, e depois, pelo resto de minha carreira, as reações foram sempre desfavoráveis”, conta a artista. “A idéia é que você dura uma década: a artista dos anos 1960, a artista dos anos 1970... Depois disso, a indústria tenta eliminar você”.
Desta vez, pelo menos, a indústria não conseguiu.

 Tradução de Clara Allain

 

 
 Clássicos de Joni Mitchell
 Três grandes discos da compositora
 

     “Song to a Seagull” (1968)
     A estréia, produzida por David Crosby, traz canções acústicas como Marcie e The Dawntreader. O lado A fala da vida urbana; o B é sobre natureza.

     “Court and Spark” (1974)
     O maior sucesso comercial da cantora traz uma fusão de folk, pop e jazz. Rendeu três hits, Help me, Free Man in Paris e Raised on Robbery.

     “Mingus” (1979)
     Convidada por Charles Mingus para compor letras, Mitchell terminou o álbum sozinha após a morte do baixista.

    
Aos 63 anos, Joni Mitchell faz acerto de contas com a utopia de sua geração
Carlos Calado – Colaboração para a Folha

Que gravadora não adoraria promover a volta à cena musical de uma rebelde da geração paz-e-amor e do folk de protesto com um CD ao lado de neo-hippies, modernetes e outros “convidados especiais”?

Para alívio dos fãs de Joni Mitchell, seu novo álbum foge desses clichês. Aos 63, a compositora parece mais interessada em um acerto de contas bem pessoal com a utopia de sua geração. Exceto por pontuais aparições de alguns músicos, ela mesma se encarrega de traçar despojadas telas sonoras para as canções, tocando teclados, piano e o característico violão.

One Week Last Summer, etérea composição instrumental que abre “Shine”, desenha uma imagem onírica próxima de ser destroçada. “Você vê aquelas colinas adoráveis / Elas não estarão lá por muito tempo / Eles vão arrasá-las”, confirma a agridoce This Place.

A imagem do apocalipse ambiental também está presente em outras canções, como a pungente If I Had a Heart (“Estamos fazendo desta Terra / A pira de nosso funeral”) ou a indignada Strong and Wrong (“Homens adoram guerra! / É pra isso que serve a história / História... / Um mistério de massacre”).

Nas mãos de outro autor, um tema como esse poderia facilmente resultar num panfleto simplista, mas não nos versos e na voz de Joni Mitchell. Com sua elegância musical e toques finos de ironia, ela dispara em diversos alvos, como “os zumbis de celulares que tagarelam nos shoppings” (Bad Dreams) ou as igrejas (“todas elas amam menos e menos”, em Shine), sem a prepotência de querer apontar soluções.
     Mais que um gancho par que o álbum seja tocado nas rádios, a releitura de Big Yellow Taxi, hit que em 1970 já indicava o interesse de Joni na questão ambiental, parece sintomática. Para uma compositora que chegou a declarar que estava odiando música, “Shine” soa , na medida do possível, como uma retomada da crença no poder da canção.

 

A Grande Musa de Crosby, Stills, Nash and Young

 Nós somos poeira de estrelas / nós somos ouro / somos carbono de um bilhão de anos / e precisamos retornar ao Jardim
Canção-hino Woodstock, escrita por Joni Mitchell, a grande musa de Crosby, Stills, Nash & Young


Relações amorosas: 69 foi um ano trágico para as relações amorosas do nosso quarteto. Só Neil Young se deu bem, casando com a atriz Carrie Snodgrass (hoje tem um filho chamado Zeke). O romance de Stills com a cantora Judy Collins terminou de repente (foi para ela que fez a famosa Suite: Judy Blue Eyes). Christine, a namorada de Crosby (e para quem fez a bonita Guinevere), morreu num desastre de automóvel. Nash continuava sua transa apaixonada e tempestuosa com Joni MItchell, atrapalhado pelo fato de sua esposa não lhe conceder o divórcio. Joni já passara a transar com James Taylor. A música que a musa de Nash inspirou saiu então amarga e triste: "Tentei penetrar através dos muros nos quais você vive / Como amigo voei de muito longe pra uma amiga... / E se você continuar a se comportar como agora / Toda a música nas minhas veias se transformará em pedra". (Frozen smiles, 1972)

"Em 1971, contudo ela se envolve num tormentoso caso de amor com James Taylor e lança um álbum que rompe com todos os clichês pop e com os modismos de contracultura. Trata-se de 'Blue', admirável auto-retrato de uma alma em conflito com as tentações 'do ácido, da birita e do sexo, das agulhas, das pistolas e da erva' ('acid, booze and ass, needles, guns and grass') mas sempre fiel à esperança depositada no amor romântico. Em The last time I saw Richard ela canta o seu ressentimento para com o ex-marido, que desistiu de lutar pelos seus sonhos, se casou com uma mulher tranqüila e se acomodou. Em Little Green, fala em dar par a adoção uma criança nascida fora do casamento. Em River anseia por ganhar dinheiro suficiente para ir para hollywood e vencer no show-business.
(...) 'Blue' é o desabafo de Joni Mitchell. Ela faz uma tentativa de pegar a grana e voltar para os bosques canadenses – mas a fama ainda a tenta. (Bill Flanagan em “Dentro do Rock”. Editora Marco Zero, 1986).
“Para poder gravar ‘Blue’, a gente teve que trancar as portas do estúdio... Volta e meia eu caía em prantos, de tão vulnerável que estava. Um feixe de nervos. Em conseqüência, não havia possibilidade de fingir. Nunca mais vou passar por aquilo e nunca mais farei um álbum como aquele”. (Joni Mitchell a Bill Flanagan).

Joni Mitchell 

 

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