Neil Young se irrita com o 'som da música' de hoje
Cantor canadense critica compressão dos arquivos de mp3
O Globo

 

Neil Young durnate o Festival de Sundance, em Park City, Utah, no último fim de semana
Victoria Will / AP Photo

23 jan. / 2012 - RIO - O mp3 ganhou mais um inimigo. O cantor canadense Neil Young declarou que se irrita com o "som da música" na atual era digital, pois acredita que ela não soa como deveria. Ele elogia novas bandas como Mumford & Sons e My Morning Jacket, mas afirma que a tecnologia utilizada no mp3 prejudica o trabalho dos músicos.

"Tenho tido problemas com a qualidade do som da música de hoje. Eu não gosto, ela me irrita", criticou o cantor de 66 anos, em entrevista à MTV News, "Não a qualidade da música, mas estamos no século XXI e temos o pior som de todos os tempos. É pior que um disco de 78 (rotações). Onde estão nossos gênios? O que aconteceu?"

O pincípio do mp3 é comprimir os arquivos retirando do áudio todas as frequências que o ouvido humano não consegue perceber. Com isso, consegue-se gerar arquivos até 90% menores que o original.

Os defensores do mp3 lembram que o compartilhamento de música na internet seria impossível sem uma tecnologia de compressão que garantisse arquivos menores. Eles ainda alegam que as diferenças no som são imperceptíveis. Já Neil Young alega que arquivos de mp3 mantém apenas 5% da informação das fitas master originais, o que ele considera um grave problema.

“Se você é um artista que criou algo e sabe que no master está 100%, mas o consumidor só recebe 5%, você se sentiria bem? Eu quero destacar isso para os artistas. É por isso que as pessoas ouvem música de uma forma diferente hoje. São só as frequências baixas e a batida, pois na resolução da música você não consegue ouvir mais nada. O calor e a profundidade dos altos se foram."

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