Bombeiro que encontrou corpo de Jim Morrison assiste a peça sobre ídolo
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Bombeiro que encontrou corpo de
Jim Morrison assiste a peça sobre ídolo
Francês Alain Raisson foi um dos únicos que viram o
corpo do astro. Eriberto Leão interpreta João Mota, fã brasileiro que acha que
é a reencarnação do artista.
8 dez. / 2013 - Uma data importante para os fãs de um dos
maiores nomes da história do rock: Jim Morrison. O líder do grupo americano
"The Doors" faria 70 anos hoje. Mas o "Rei Lagarto", como
ficou conhecido, continua vivo. No teatro e também na memória de um bombeiro
aposentado, que jamais vai esquecer o dia 3 de julho de 1971.
O francês Alain Raisson é a peça chave na resolução
de um mistério de mais de 40 anos. Nos anos 70, ele não morava no Brasil: era
bombeiro militar em Paris. Na última quinta-feira (5), ele e Isolete, sua
mulher brasileira, foram ao teatro, que fica perto de onde moram. No palco, o
ator Eriberto Leão na pela “Jim”, em cartaz no Rio.
O roqueiro Jim Morrison viveu uma vida louca e
breve como vocalista da banda The Doors, nos anos 60, e sucumbiu à maldição de
grandes ícones do rock: morreu aos 27 anos.
E foi Alain o bombeiro que encontrou o corpo de Jim
Morrison na banheira de um apartamento em Paris em 3 de julho de 1971. Quem
chamou os bombeiros foi a mulher de Jim, Pamela. Quando ela acordou, naquela
manhã de sábado, viu o marido desacordado na banheira.
Alain conta que entrou no apartamento e foi atrás
de Pamela até o banheiro. Viu um homem com a cabeça fora d'água, os cabelos não
estavam molhados. Ele chegou a tentar reanimar o homem, que não reagiu, e aí
colocou o corpo na cama do quarto.
Fantástico: Mas tinha alguma evidência de uso de
droga naquele lugar?
“Nunca”, responde Alain.
Nem mesmo a família viu o corpo de Jim Morrison. O
roqueiro foi enterrado em Paris, cemitério Pere Lachaise, num túmulo simples.
Imediatamente os fãs começaram a questionar as
causas dessa morte. O laudo médico afirma morte natural por parada cardíaca.
Biógrafos começaram a levantar suspeitas de overdose e até de assassinato
planejado pelo governo americano. Morrison teria sido o quarto a ser
assassinado, depois de Jimmi Hendrix, Janis Joplin e do guitarrista Brian
Jones, dos Rolling Stones.Todos aos 27 anos.
O bombeiro Alain foi um dos únicos que viram o
corpo. E diz que não encontrou evidências das teorias levantadas: “A única coisa
que eu posso dizer é que a água estava um pouquinho rosada”.
Mas ele conta que não viu sangramento no nariz. Jim
tinha sido usuário de cocaína nos Estados Unidos.
No palco de Eriberto Leão, um único objeto de cena:
uma sepultura em forma de piano. Eriberto interpreta João Mota, fã brasileiro
de Jim Morrison que acha que é a reencarnação do artista.
E, no fim do espetáculo, o ator anuncia a presença
de Alain, na plateia. Alain dá de presente uma cópia do relatório que fez sobre
as circunstâncias em que encontrou o corpo. “Então se o João Mota, o fã que
acha que é a reencarnação do Jim Morrison, tinha alguma dúvida que ele tinha
morrido, agora não tem mais nenhuma”.
Para os fãs, como Eriberto, Jim Morrison é eterno!
Eu acho que a mensagem e a identificação com a plateia, que é ligada à
contracultura e a tantos filósofos e pensadores da humanidade, eu acho que isso
não morre”, destaca o ator.