PETER JACKSON, REVELA QUEM REALMENTE DESTRUIU A BANDA (2021)

VÍDEO-REPORTAGEM REVISITA LOCAÇÕES DA FEITURA DE ‘LET IT BE’
José Emilio 18 de novembro de 2021 BeatlesGet BackLet It BeMichael Lindsay-HoggPeter Jackson
Enquanto o mundo se prepara para assistir aos três episódios, de duas horas, cada, de Get Back – o documentário sobre a feitura do álbum Let It Be, preparado pelo diretor neo-zelandês Peter Jackson, que a Disney+ exibe de 25 a 27 de novembro – , vêm à tona incontáveis matérias e ensaios sobre o início do fim dos Beatles, e sua capacidade de produzir e criar de maneira brilhante, mesmo diante de crises e pressões enormes.

Assim como o assunto gerou discussões sobre como o rockdoc original, dirigido por Michael Lindsay-Hogg, contava apenas uma parte da história, enfatizando os bodes e baixos astrais das gravações, enquanto o material desencavado por Jackson (uma peneira de 60 horas de filmagens inéditas e 150 horas de áudio) faz um relato com muito mais nuances do que aconteceu naquelas semanas de gravação – culminando com a última vez em que os Beatles se apresentaram em público, tocando no terraço do prédio de sua empresa, a Apple Corps, numa tarde fria de janeiro de 1969.

Um evento mundial, o novo documentário chega junto com com a versão deluxe de Let It Be (já comentada aqui) e com um livro de formato grande, com fotos raras ou inéditas de Linda Eastman e Ethan Russell e trechos das conversas travadas por John, Paul, George e Ringo durante o trabalho.

O jornalista que editou esse livro – John Harris, colunista do jornal britânico The Guardian – preparou, a pedido da Apple, uma video-reportagem inteligente e emocionante, que recria os passos dos Beatles no cavernoso estúdio em Twickenham, e no prédio em Saville Row que servia de QG da banda e de sua empresa.

Harris não apenas visita os lugares onde os Beatles trabalharam durante a feitura de Let It Be, fazendo um interessante contraste entre passado e presente – o escritório da Apple hoje é ocupado pela confecção Abercrombie & Fitch –, como também entrevista transeuntes na rua onde fica o prédio, ecoando momentos semelhantes nos filmes de Michael e Peter mas criando um ponto de vista atual, com a perspectiva de meio século, para aquele que foi o último concerto dos Beatles.

É delicioso ver as pessoas na calçada assistirem no celular de Harris ao concerto em curso lá em cima, 50 anos antes, e se surpreenderem ao lembrar ou ao saber pela primeira vez que vários locais e a polícia se incomodaram com o “barulho” e não sossegaram até dar um fim ao show histórico para os londrinos na hora do almoço.

A peregrinação do jornalista termina em Abbey Road, onde entrevista uma família inglesa que está ali para reproduzir a foto da capa do que seria, na verdade, o registro das últimas gravações dos Beatles.

O caçula chama-se Jude – e o pai admite não ser uma coincidência. A mais velha dos três filhos declara sua admiração pelos Beatles, um grupo que já deixara de existir décadas antes dela nascer.

Essa coda da vídeo-reportagem ajuda a sublinhar com vermelho a força, a abrangência e a qualidade do legado cultural dos Beatles, sólido e duradouro.

Veja abaixo a íntegra da vídeo-reportagem de John Harris para The Guardian.


O CINEASTA DOS BEATLES, PETER JACKSON, REVELA QUEM REALMENTE DESTRUIU A BANDA

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escrito por John Jamison em 22 de novembro de 2021

Ao longo dos anos, incontáveis ​​fãs dos Beatles culparam Yoko Ono, esposa do falecido John Lennon, por separar a banda. Mas de acordo com o cineasta Peter Jackson, que recentemente realizou um documentário de três partes e sete horas sobre os anos finais da icônica banda para a Disney +, não era Yoko. Era o empresário Allen Klein.

Apesar de todo o seu sucesso como uma das bandas mais populares que o mundo já viu, os Beatles tiveram um fim um tanto confuso e complicado. É fácil apontar o dedo para Yoko Ono ou Allen Klein como a única causa de seu rompimento, mas a realidade nem sempre é tão dura.

Peter Jackson tem estudado os Beatles durante a maior parte dos últimos quatro anos. Ele conclui que Allen Klein é a principal causa da divisão. E quem somos nós para discordar? O diretor dos Beatles: GET BACK falou com Deadline sobre o rompimento sentido em todo o mundo.

“A banda se separou por causa de desentendimentos, com Allen Klein entrando para cuidar de seus negócios”, disse Jackson. “Pela primeira vez na história dos Beatles, foram três votos a um. John, George e Ringo queriam trazer Allen Klein para administrar seus negócios, mas Paul não, e eles disseram, bem Paul, Allen Klein está entrando porque temos três votos e você é um voto. ”

Assim, um dos grupos musicais mais reconhecidos da história se separou depois de menos de 10 anos juntos. Ok, havia um pouco mais em jogo do que uma única votação dividida. De acordo com a Radio X, os membros estavam trabalhando em projetos solo, e o cronograma de lançamento do álbum da Apple Records se tornou um campo de batalha, separando ainda mais John, George e Ringo de Paul McCartney.

Ao contrário da crença popular, Peter Jackson acredita que Yoko Ono não era nada além de respeitar os Beatles e seu processo criativo

Após o fim da amada banda, os fãs devotos rapidamente atribuíram a culpa. Paul McCartney foi o primeiro a anunciar publicamente a separação, atraindo grande parte da pressão inicial por ser o culpado. Na verdade, John Lennon já estava com os pés no chão e ninguém pode ser responsabilizado. Essas coisas acontecem.

Se vamos reduzi-lo a uma única pessoa, Peter Jackson diz que deveria ser Allen Klein. O documentarista dos Beatles acrescentou que, de sua perspectiva, as críticas feitas a Yoko Ono são totalmente erradas. Sim, Lennon e Yoko estavam realmente começando uma vida juntos e explorando avenidas artísticas além dos Beatles. Mas ela estava longe de ser uma contribuidora ativa para o fim da banda.

“Yoko entra e não interfere. Ela não expressa opiniões. Ela está quieta. Ela está lá porque ela e John estão apaixonados. Não há nenhum outro fator complicador para isso ”, continuou Peter Jackson na entrevista do Deadline.

O próprio McCartney disse à BBC Radio 4 que Yoko não era responsável.

Você viu então?
por Renato Mello

Cara, apesar de me ligar mais ao George, de atribuir-lhe ser uma “esquina da música “ por onde todos viramos, eu admito que o protagonismo do Paul, como o organizador das ideias, quem apagava os becks na hora certa, quem mexia nas harmonias, quem trazia pro foco o John era ele.
Mas, ver as músicas na “manjedoura “ sendo paridas é uma chance única, acachapante ver a simplicidade com que os temas brotavam.
George tá bem arisco nesse episódio, alguma coisa o atormentava além do grupo.
A cena do Paul cantarolando "She Came in Thorough the bathroom window", dizendo…putz, aconteceu comigo recentemente… é realmente impressionante.
Eu nasci no mesmo 18 de Junho que ele, claro que tenho afinidade total.
Vi um show dele no Recife a 29 metros de distância e realmente não acreditei em como ele toca baixo e canta daquele modo.
Ou seja: "All Things Must Pass" foi oferecida ao grupo que a recusou, mas você vê a contribuição que foi dada por todos. Fácil não escalar um jogador bom quando se tem 10 Pelés pra por em campo.

A Camile Paglia acha que a Yoko transformou o John num artista coadjuvante…

Blog do acervo – O Globo
GEORGE HARRISON: A MORTE DO EX-BEATLE E AS TAXAS SOBRE A HERANÇA DO AUTOR DE 'TAXMAN', HÁ 20 ANOS

11012504 855393827888941 3945844190276846007 n Por: William Helal Filho

 29/11/2021 • 18:05

 George Harrison estava cuidando do jardim de sua mansão de 200 quartos em Henley, perto de Londres, no Reino Unido, quando, acidentalmente, percebeu um calombo no pecoço. Não demorou até o diagnóstico indicar que o ex-guitarrista dos Beatles, autor de clássicos como "Something" e "While my guitar gently weeps", tinha câncer na garganta. Ele foi operado em AGOSTO DE 1997 e se submeteu a tratamento com radioterapia. Quando falou sobre a doença publicamente pela primeira vez, em JUNHO DE 1998, o músico disse que estava curado. O tumor, porém, voltaria muito mais feroz, depois de um atentado que quase mataria o artista dentro sua própria casa.

 "Tenho muita sorte. Não vou deixar vocês ainda", disse Harrison, então com 54 anos, na reveladora entrevista ao hoje extinto jornal britânico News of the World: "Contraí esse câncer puramente por causa do cigarro. Pra minha sorte, descobriram que o nódulo era apenas mais um alerta do que qualqer outra coisa", explicou o guitarrista. Na ocasião, ele contou que temeu pela sua vida ao saber do tumor e refletiu sobre a fragilidade da existência humana. "Essas coisas nos lembram que tudo pode acontecer. Esta é a natureza da vida", disse o astro inglês.

 Harrison fazia poucas aparições públicas. Integrante "mais sério" da maior banda de todos os tempos, o guitarrista dizia que fama e dinheiro não eram importantes em sua vida. Era visto como um homem espiritualizado, idealizador da polêmica viagem dos Beatles para um curso de meditação no Norte da Índia. No mesmo ano de 1970 em que os Fabfour acabaram, ele lançou o LP ALL THINGS MUST PASS (todas as coisas devem passar). Em 1971, produziu e realizou, junto com Ravi Shankar, um grande concerto em Nova York que reuniu fundos para vítimas de uma guerra civil em Bangladesh. Dois anos depois, lançou o álbum "Living in the material world", repleto de mensagens baseadas em suas crenças hindu.

Esteve no Brasil em FEVEREIRO DE 1979, aos 36 anos, para acompanhar o GP de Fórmula 1 de Interlagos, em São Paulo. Durante a visita, Harrison deixou evidente a paixão por automobilismo, o que tornou o ex-beatle amigo de pilotos famosos como Jackie Stewart, James Hunt e Emerson Fittipaldi. Numa rápida passagem pelo Rio, o músico deu uma entrevista coletiva para falar de seu álbum "George Harrison", que estava em vias de sair do forno, e explicou por que o quarteto de Liverpool nunca se apresentara no Brasil. "Nós não conhecíamos o país de vocês".

'ELE ESTAVA EM CIMA DE MIM, ESFAQUEANDO MEU TRONCO'

A última aparição do músico inglês na TV aconteceu em MAIO DE 1997, para divulgar o álbum "Chants of India", gravado por Shankar com colaboração do ex-beatle, meses antes do diagnóstico de câncer. Segundo seu círculo mais próximo de amigos, Harrison parecia saudável no período depois do tratamento. Até que, na madrugada de 30 DE DEZEMBRO DE 1999, a suntuosa residência do astro foi invadida por um homem de 34 anos chamado Michael Abram. Sofrendo de um surto de esquizofrenia paranoide, Abram esfaqueou o britânico diversas vezes, quase o matando.

O relógio marcava 3h20m quando a mulher do músico, Olivia Harrison, acordou o marido dizendo que ouvira um barulho de vidro se estilhaçando. Enquanto ela ligava para a polícia, o guitarrista desceu as escadas para ver o que havia de errado. Ele estava no segundo andar quando, do alto, viu o intruso numa sala do piso térreo. Abram gritou para Harrison descer, mas o ex-beatle se recusou e, numa tentativa de distrair o invasor, berrou várias vezes "Hare Krishna!". Mas o desconhecido avançou sobre o artista, que, por sua vez, atracou-se com o criminoso. "Tentei pegar a faca dele. Nós caímos no chão. Eu estava tentando evitar os golpes com as minhas mãos. Ele estava em cima de mim, esfaqueando meu tronco", contou Harrison no depoimento à polícia.

O ataque foi interrompido por Olivia, que acertou Abram com um espalhador de brasas da lareira. O agressor correu atrás dela e a agarrou pela garganta. "Eu me sentia exausto e podia sentir a força se esvaindo de mim. Lembro-me vividamente de uma punção no meu peito. Eu podia ouvir meu pulmão expirando e tinha sangue na boca (...) Houve um momento em que percebi que estávamos sendo assassinados, que aquele homem estava nos vencendo", relatou Harrison, levado ao hospital com mais de 40 perfurações. Olivia sofreu ferimentos leves na cabeça.

Abram foi preso e, diagnosticado com distúrbios psicológicos, acabou setenciado a detenção numa casa de saúde mental. Para amigos do guitarrista, o episódio deve ter contribuído para o retorno do câncer porque, a partir de então, sua saúde piorou muito. Em MAIO DE 2001, foi revelado que Harrison tinha se submetido a uma cirurgia para a remoção de um tumor em um dos pulmões. Em julho, a imprensa noticiou que ele estava se tratando contra um câncer no cérebro em uma clínica na Suíça. A doença havia se espalhado pelo seu corpo. Entretanto, nenhum médico confirmou que o câncer voltara em função do ataque na mansão.

Quando tomou pé da situação, o ex-baterista dos Fabfour, Ringo Starr, foi ver o amigo no hospital. Os dois estavam há anos sem se encontrar. Durante a visita, Starr disse que precisava viajar a Boston, nos EUA, onde sua filha seria submetida a uma operação de emergência no cérebro. Segundo o baterista, Harrison respondeu bem-humorado, dizendo: "Você quer que eu vá com você?".

Starr ainda veria o amigo doente mais uma vez numa clínica em Nova York, em NOVEMBRO DE 2001, quando o guitarrista já havia sido avisado pelos médicos que não tinha mais como evitar a sua morte. O baterista foi visitá-lo de novo, daquela vez acompanhado de Paul McCartney. Harrison morreu em 29 de novembro de 2001, há 20 anos, numa propriedade de McCartney em Los Angeles, na Califórnia, ao lado de Olivia e do filho do casal, Dhani, além de Ravi Shankar. O ex-Beatle foi cremado e teve suas cinzas jogadas no Rio Ganges, na Índia, segundo a tradição hindu.

Sua última mensagem ao mundo foi: "Tudo o mais pode esperar, mas a busca por Deus não pode esperar, e amem-se uns aos outros".

george-harrison

Em 2002, a emissora britânica BBC informou que Harrison deixara uma fortuna de cem milhões de libras esterlinas (ou US$ 155 milhões) para ser distribuída entre familiares e uma lista de instituições de caridade. A rede de TV destacou a ironia no fato de que 40% do valor total deixado pelo autor do hit "Taxman" (cobrador de impostos) foi destinado ao pagamento de taxas sobre herança, segundo a lei no Reino Unido: "Meu conselho para aqueles que morrerem/Delcare os centavos em seus olhos/Sim, eu sou o cobrador de impostos/E você está trabalhando para ninguém mais além de mim", diz a canção lançada no álbum REVOLVER (1966).

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