Palavras de Steve Lukather, compositor, cantor e guitarrista do Toto

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 Palavras de Steve Lukather, compositor, cantor e guitarrista do Toto


 "Eu só quero saber uma coisa. Toda aquela conversa sobre o Spotify ser a resposta e como os artistas são pagos etc. Quanto é? 
 A sério? ! Quem é que faz a contabilidade?
 Talvez eu não saiba. Não vejo dinheiro nenhum e tenho um monte de material lá em 35 anos a fazer discos. Alguém fez a discriminação de quanto um artista ganha no iTunes? Péssimo.
 Agora, se você estiver em um selo é ainda pior porque eles ficam com uma grande parte disso. Da quebra, afinal, restam centavos.   Demasiadas pessoas conseguem fazer discos. Ponto final. Não há artistas de catálogo nos dias de hoje. Estrelas abundam de um só sucesso. Triste, realmente.
Agora as editoras não têm orçamentos como antigamente quando se faziam grandes discos; porque fazer isso custa dinheiro. Eles querem ganhar dinheiro do nada e tomam conta da vida de tudo que o artista faz. Você pode vender um milhão e ainda ficar devendo a eles. Meu filho de 25 anos tem amigos com discos de platina que vivem em seu estúdio em um apartamento de um ambiente... falido.
 Claro que nessa época as empresas se interessavam por música e desenvolver artistas para uma carreira a longo prazo e dinheiro a longo prazo. Com certeza eles tinham a parte do leão, mas aí eles investiam, acreditavam e promoviam, então havia uma justificativa. Agora é sobre Beats e quantos hits no Facebook ou Youtube vocês conseguem. Tudo isso não faz dinheiro ou apenas migalhas de curto prazo sem forma real de contabilizar e que é uma porcaria na maior parte. Que merda! As pessoas querem ser famosas, não boas. É muito fácil jogar a estrelinha pop agora.   Com toda a falsificação, correção com auto-tune, copie e cole etc.  A maioria dos jovens não sabe tocar uma música do começo ao fim em um estúdio, afinados, a tempo e com sentimento. Estranho.
 Estou nos estúdios o tempo todo e ouço histórias de produtores e engenheiros, e mesmo assim ninguém se importa com quem vende um monte de discos (quanto é isso hoje em dia? ) não pode cantar nem tocar.
 Eles fazem "McDiscos" para pessoas que nem sequer ouvem. É música de fundo para pessoas que se juntam com amigos ou balançam a cabeça enquanto escreve mensagens de texto ou está no Skype ou fazendo outra coisa. Barulho ambiente para quem faz várias tarefas.
 Já passaram os dias de amar, dissecar, discutir o trabalho interno de "um álbum", sentado em silêncio enquanto tocava, olhando a ficha técnica e as fotos no estúdio, imaginando que lugar mágico terá sido para alcançar essa música. Ele foi embora. Precisa de vista de joalheiro para ler os créditos, se alguém se interessar. A maioria não.
 Então, se continuarem a culpar os "artistas antiquados", que são os únicos reais que restam, os que podem fazer um bom disco de vez em quando, mas são ignorados porque a mídia escolhe se ocupar mais por quem gruda carne no corpo e outras ridículas para gerar atenção ao invés de ouvir a música sendo feita, estaríamos em um lugar diferente.
 Quando éramos crianças (sim, vou fazer 64 este ano) havia apenas um punhado de artistas e eles eram bons porque tinham que ser. Algum de vocês pode não gostar, mas além disso a maioria merecia o sucesso e nenhum se parecia com o outro!   Nenhum!
 Vivemos num "McMundo" que se move rápido demais e agora até as drogas são uma merda. Quer dizer, quando eu era jovem eu usava drogas e nunca espumava pela boca nem tentei comer a cara de alguém.
 É hora de colocar "O lado escuro da Lua" e estremecer. Tenham um bom dia e talvez a música de verdade volte e encha seus ouvidos (há alguma coisa boa, mas vocês. você sabe o que eu quero dizer). Música de verdade tocada por músicos de verdade. Eles estão lá fora. Só que eles já não conseguem muita imprensa ou nenhuma. " 

Fonte: José Miletto

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