Qual será o futuro do vinil? (2023)

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mário pazcheco

No momento, estou ocupado colecionando capas de discos que refletem preocupações e liberdades religiosas, como ABRAXAS de Carlos Santana e ALL 'N ALL do Earth, Wind and Fire. Também consegui alguns maxi-singles raros, como um de Eric Clapton de 1989, que apresenta um especial para rádio no lado B.

Recentemente, comentei sobre um lote de LPs na Filial do Rock e manifestei interesse em todos eles, afirmando que eram todos bons discos. O vendedor me chamou de viciado. Esse lote continha vários LPs da invasão britânica dos anos 60, todos em edição nacional proveniente do acervo de uma rádio. Eram discos excelentes da Jovem Guarda, verdadeiras raridades jamais vistas. Também havia bootlegs triplos dos Stones e dos Beatles, e muitos discos da Tropicália. Eu comprei uma edição canadense do "Otis Redding Live in Europe" e uma prensagem inglesa do "Abraxas". Infelizmente, não pude adquirir alguns LPs do Queen, que hoje em dia são raros e estavam fora do meu orçamento. Também perdi uma edição do "Two Virgins" de John Lennon & Yoko Ono, e eles não tinham meu número de telefone.

Quando perguntaram por que me venderam os discos a preços tão baixos, o fundador da Filial do Rock respondeu que eu faço parte da história da loja. Minha coleção está em constante movimento, explorando direções nunca antes vistas ou ouvidas.

Ainda falando sobre o vício em LPs, em 2016, as lojas de discos ganharam destaque na indústria cinematográfica. Na segunda temporada de um dos últimos episódios da série "Powers", um investigador vai atrás do vilão conhecido como O Fantasma, que é um colecionador e possui uma loja de discos de vinil. Ao entrar na loja e se deparar com várias primeiras edições, o policial vasculha e encontra uma edição mono do álbum "Sticky Fingers". O vilão responde que, como o policial não perguntou pelo preço, ele deve estar procurando por outra missão. Curiosamente, li algumas informações sobre a versão mono de STICKY FINGERS:

Qual é o problema com a questão do mono?... Parece que tudo estava sendo gravado em estéreo completo naquele momento, em 1971. Portanto, estou pensando se a versão mono foi convertida a partir do estéreo, assim como ocorreu com a prensagem tardia de SATANIC MAJESTIES em 1969. Alguém tem alguma ideia sobre isso?...

A conversão para mono para rádio AM era relativamente comum até o INÍCIO DOS ANOS 70, quando versões mono eram lançadas com esse propósito nos Estados Unidos. No entanto, casos em que uma verdadeira mixagem mono discreta foi feita após 1968, como no caso do álbum RAM de McCartney, são raros e ocorreram apenas por necessidade devido a resultados insatisfatórios da conversão. Um exemplo disso é o álbum "Beggars Banquet", onde a música "Sympathy for the Devil" possui uma mixagem mono verdadeira separada devido a um piano fora de fase, mas o restante do álbum é convertido. Não há mixagens exclusivas neste álbum, porém.

Sim, concordo. Essa é uma versão mono convertida, mas foi feita para atender a várias estações de rádio AM nos Estados Unidos que ainda existiam naquela época.

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A palavra "Abraxas" é um termo com origem na antiguidade e possui múltiplos significados e interpretações em diferentes contextos.

Na tradição gnóstica, que era uma corrente de pensamento filosófico-religioso do século II, "Abraxas" era considerado um ser divino supremo, muitas vezes retratado como uma figura híbrida com corpo humano e cabeça de galo. Ele era visto como um deus que incorporava tanto o bem quanto o mal, representando a totalidade do universo e transcendendo as dualidades.

Além disso, a palavra "Abraxas" também possui associações com a tradição hermética e com a prática mágica. Em alguns sistemas de magia e ocultismo, "Abraxas" é considerado um nome ou um símbolo de poder, representando forças ocultas e espirituais.

No contexto do álbum "Abraxas" de Carlos Santana, o termo pode ter sido escolhido por sua carga simbólica e mística, relacionando-se com as influências espirituais e filosóficas presentes na música do artista.

Em resumo, a palavra "Abraxas" possui um significado multifacetado e pode ser interpretada de diferentes maneiras, incluindo como um ser divino que incorpora dualidades, um símbolo de poder mágico ou uma representação da totalidade do universo.
A capa do álbum "Abraxas" do guitarrista Carlos Santana é icônica e possui diversos significados. A arte da capa foi criada pelo artista matemático alemão Mati Klarwein e reflete as influências espirituais e culturais presentes na música de Santana. Aqui estão alguns dos possíveis significados associados à capa do disco:

Sincretismo espiritual: A capa retrata uma combinação de elementos de diferentes tradições espirituais, como cristianismo, hinduísmo, xamanismo e culturas africanas. Isso reflete a abordagem de Santana de misturar várias influências musicais e espirituais em sua música.

Misticismo: A figura central da capa é um ser andrógino com quatro braços, que pode ser interpretado como uma representação de uma divindade mística ou uma figura transcendental. Essa imagem evoca um senso de mistério e busca espiritual.

Natureza e espiritualidade: A presença de elementos naturais, como flores, animais e paisagens, sugere uma conexão profunda com a natureza e uma apreciação espiritual do mundo natural.

Dualidade: A capa mostra a coexistência de elementos opostos, como luz e escuridão, bem e mal, masculino e feminino. Essa dualidade pode representar a busca do equilíbrio e da harmonia em meio às polaridades da vida.

Expressão artística: A capa de "Abraxas" também é uma manifestação artística única, combinando cores vibrantes, detalhes intricados e símbolos enigmáticos. Ela captura a energia criativa e expressiva que está presente na música de Santana.

É importante ressaltar que essas interpretações são subjetivas e podem variar de acordo com a perspectiva de cada pessoa. A capa do álbum "Abraxas" é uma obra de arte aberta a diferentes interpretações, permitindo que os ouvintes e fãs de Santana encontrem seus próprios significados dentro dela.
Na capa do álbum "Abraxas" de Carlos Santana, a pomba é um símbolo cristão que representa o Espírito Santo. A imagem da pomba está associada ao episódio bíblico do batismo de Jesus, onde o Espírito Santo desceu sobre ele em forma de pomba. Essa representação simboliza a presença divina, a paz, a pureza e a iluminação espiritual.

A inclusão da pomba na capa do álbum pode ser interpretada como uma referência à espiritualidade e à conexão com o divino presentes na música de Santana. Além disso, a pomba também pode ser vista como um símbolo de harmonia, unidade e transcendência, elementos que estão presentes na música de Santana.

É importante mencionar que a capa do álbum "Abraxas" combina vários elementos simbólicos de diferentes tradições espirituais, incluindo o cristianismo, o hinduísmo e outras crenças. Portanto, a presença da pomba na capa pode ser interpretada dentro do contexto geral de sincretismo espiritual e busca de conexão divina presentes na obra de Santana.

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ALL 'N ALL é uma expressão em inglês que pode ser traduzida como "tudo e todos" ou "todos e tudo". Ela é usada para indicar a totalidade de algo ou quando se quer mencionar todas as partes ou elementos de um conjunto. É uma expressão bastante flexível e pode ser aplicada em diferentes contextos.

ALL 'N ALL é um álbum do grupo Earth, Wind & Fire lançado em 1977. A capa do álbum apresenta uma imagem icônica de uma pirâmide com uma esfera brilhante no topo, cercada por nuvens e raios de luz. A imagem é bastante simbólica e representa o estilo característico do Earth, Wind & Fire, que combinava elementos de música soul, funk, R&B e jazz com uma abordagem lírica espiritual e mística.

Em relação ao sentimento religioso afro-egípcio presente no álbum, o Earth, Wind & Fire foi conhecido por incorporar temas espirituais e influências de diferentes tradições religiosas em sua música. Maurice White, líder da banda, era fortemente influenciado pelas crenças e filosofias espirituais, especialmente pela tradição egípcia antiga e pela espiritualidade africana em geral.

No álbum ALL 'N ALL, a música e as letras transmitem uma sensação de conexão com o divino, combinando elementos de fé, amor, espiritualidade e transcendência. As letras abordam temas como união, harmonia, amor universal e a busca por uma maior compreensão e iluminação espiritual. A música "Fantasy", por exemplo, é uma das faixas mais populares do álbum e incorpora esses temas em sua mensagem lírica.

No geral, o álbum "All 'n All" do Earth, Wind & Fire é considerado uma obra-prima da música soul e R&B dos anos 70, e sua abordagem lírica espiritual e afro-egípcia contribui para a sua singularidade e apelo duradouro.

A capa do álbum "All 'n All" foi projetada pelo renomado e falecido artista gráfico japonês Shusei Nagaoka. Nagaoka foi conhecido por seu trabalho em várias capas de álbuns famosos, incluindo muitos artistas da década de 1970 e 1980, como Earth, Wind & Fire, Electric Light Orchestra, Deep Purple e muitos outros.

Sua arte era frequentemente caracterizada por elementos futuristas, cósmicos e místicos, o que se alinhava perfeitamente com o estilo musical e lírico do Earth, Wind & Fire. A capa do álbum ALL 'N ALL é considerada uma das obras mais emblemáticas de Shusei Nagaoka.

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