2018

 10 DE ABRIL

 PINK FLOYD: O DIA EM QUE PETE TOWNSHEND FALTOU A SHOW DO THE WHO PARA JUNTO COM ERIC CLAPTON VEREM SYD BARRETT TOCAR

 Por Confraria Floydstock - https://confrariafloydstock.com/

 Em um trecho do livro PETE TOWNSHEND – A AUTOBIOGRAFIA o guitarrista do The Who discorre sobre quando “cabulou” um show de sua própria banda para assistir a uma apresentação do Pink Floyd no UFO Club em 1967, nos tempos áureos barrettianos.

 Leia abaixo:

 “Em 6 DE JANEIRO DE 1967, perdi um dos únicos shows de minha carreira na banda, por causa do abuso de drogas. Foi quando fiz minha terceira viagem de ácido e me dei conta de que talvez não conseguisse dirigir quase quinhentos quilômetros até morecambe, onde tínhamos de fazer um show.

 Em vez disso, fui ver o Pink Floyd tocar pela primeira vez no UFO Club. Syd Barrett estava maravilhoso, assim como os outros músicos. Apaixonei-me pela banda e pelo próprio clube, em especial por John Hopkins (“Hoppy”, como era conhecido), que administrava o clube e ficava na recepção.

 Fui de novo na noite seguinte. dessa vez não usei ácido e levei Eric Clapton para ver Syd, que caminhava pelo palco (a cabeça dele, sim, no ácido), tocava um único acorde e o fazia durar cerca de uma hora, usando uma câmara de eco eletrônica chamada Binson. Quando ele de fato começou a tocar novamente foi muito inspirador. Roger Waters tinha a presença mais incrível, era muito bonito e deixou Karen bastante atraída. Achei-o um pouco assustador. Era evidente que ele seria a principal força motriz do Pink Floyd. O que ninguém conseguiria saber, já que a banda ainda não tinha gravado nada, era o quão gloriosa se tornaria grande parte de sua música quando a influência mais experimental de Syd desaparecesse“.

 2023

 7 DE AGOSTO

 "SYD BARRETT ERA ABSOLUTAMENTE INCRÍVEL": JIMMY PAGE, DO LED ZEPPELIN, SOBRE OS PRIMEIROS ANOS "MUITO, MUITO LEGAIS" DO PINK FLOYD E A "VISÃO FUTURISTA" DE SYD BARRETT

 By Paul Brannigan (Classic Rock )

https://www.loudersound.com/

Jimmy Page, guitarrista do Led Zeppelin, ficou enormemente impressionado pela era Syd Barrett do Pink Floyd. Jimmy Page nunca teve a oportunidade de ver o Pink Floyd tocar com Syd Barrett - o quarteto de rock psicodélico/prog já havia decidido continuar sem seu carismático vocalista quando Page liderou o The Yardbirds em sua última turnê na primavera de 1968 - mas o guitarrista do Led Zeppelin ficou extremamente impressionado com as contribuições de Barrett ao empurrar audaciosamente a música rock para novas fronteiras sonoras.

Falando com o ex-editor da revista MOJO, Phil Alexander, em 2017, Page afirmou que, embora nunca tenha tido a oportunidade de ver a formação original do Pink Floyd, "eu bem que gostaria de ter tido!".

Embora os últimos shows do Yardbirds tenham levado a banda ao território do rock psicodélico - "para nós, havia muito mais do que apenas ficar drogado e tocar um acorde", lembrou Page - ele não ficou impressionado por muitos artistas que operavam sob o guarda-chuva do psicodelismo, mas no Pink Floyd ele ouviu uma banda que já estava mudando a conversa em termos de até onde a música rock poderia ser levada.

"Definitivamente os ouvi e no dia, vi algumas das filmagens que todos nós vimos agora", ele disse a Alexander. "Syd Barrett era absolutamente incrível em termos do que ele estava fazendo. Ele deu um passo lateral e canalizou todas essas coisas incríveis. Sua versão da psicodelia era muito, muito legal. Mas havia coisas rotuladas como psicodelia - e sem nomear nomes - que eram absolutamente ruins. Mas o que eles [Floyd] estavam fazendo era seriamente experimental e significava muito."

Em conversa com o editor-chefe da revista Guitar World, Brad Tolinski, conforme documentado no livro de 2012 LIGHT & SHADE: CONVERSATIONS WITH JIMMY PAGE, Page realmente colocou Barrett ao lado de Jimi Hendrix como um músico com uma "visão futurística" para a música de guitarra.

"A escrita de Syd Barrett com o Pink Floyd inicial foi inspiradora", disse ele. "Nada soava como Barrett antes do primeiro álbum do Pink Floyd. Havia tantas ideias e declarações positivas. Você realmente pode sentir o gênio ali, e foi trágico que ele tenha se desintegrado. Tanto ele quanto Jimi Hendrix tinham uma visão futurista em certo sentido".

A passagem de Barrett pelo Pink Floyd chegou ao fim em janeiro de 1968, depois que seus colegas de banda se cansaram de seu comportamento errático, causado pelo seu deteriorado estado mental: ele saiu definitivamente da indústria da música em 1972 e se aposentou da vida pública.

Em um documentário recentemente lançado sobre o músico falecido, intitulado Have You Got It Yet? The Story Of Syd Barrett And Pink Floyd, David Gilmour admite "alguns arrependimentos" sobre como sua relação com Barrett se desenrolou.